Sextou
Dorne não era perto, mas também não ficava tão longe, passamos pelo menos duas noite no navio, de manhã cedo já era possível sentir o calor e ver de longe as areias vermelhas que a circulavam. Apesar de não querer ter ido, eu já começava a me encantar com o lugar que eu diria facilmente ser um dos mais bonitos que eu já tinha visto, mas eu não tinha visto muitos.
— Já vieram antes? — Maris perguntou enquanto tomávamos café.
— Não, é nossa primeira vez também. — Falei e ela sorriu meiga.
— Creio que chegariam mais rápido se viessem em dragões. — Ela disse, continuando a conversa.
— Sim, mas acho que não nos receberiam bem se chegássemos com dois dragões enormes aqui. — Respondi novamente.
— Dorne não tem uma boa história para contar sobre dragões, nos acham arrogantes e se queremos selar a paz, devemos mantê-los longe, pelo menos por enquanto. — Aemond a explicou e eu percebi que ela ficou vermelha, mas ele se levantou em seguida e eu quis ser simpática.
— Quando chegarmos, poderemos visitar a cidade juntas, somos duas estranhas por lá, podemos fazer companhia uma a outra. — falei e ela sorriu.
— Ouvi dizer que sua mãe não manteve a honestidade em seu casamento, no caso, sobre você e seus irmãos. Dize que é por isso a família do meu noivo não gosta da sua, e eu devo considerar seguir a mesma direção que eles, então não! Não quero sua companhia, princesa... — ela disse ácida. — Posso passar mais do meu tempo com ele, já que sou eu quem irá parir seus filhos.
— Nossa, seu irmão morreu e você parece não se importar. — falei incomodada, mas ainda sim, dando corda para ver até onde ela iria.
— Royce era um imbecil. — ela sorriu. — Foi tarde.
— E eu achando que você era uma boa moça. — disse rindo e ela me devolveu o riso, com deboche. — Sabia que há escorpiões em Dorne? Muitos que podem aparecer na sua cama, eles usam veneno de manticoras em lâminas que podem mata-la apenas com um arranhão e as víboras mais venenosas que você pode encontrar, apenas ao levantar uma almofada na cidade quente e propícia para elas, mas nenhuma delas se compara com o perigo que alguém com o sangue do dragão oferece. — peguei minha faca e enfiei na mão dela, girei e tirei, a fazendo gritar. — Permitirei que fique com a sua língua, mas não ouse falar de minha mãe ou minha família novamente.
— Princesa? — Sir Peeter me chamou e olhou para a mão de Maris sangrando, eu havia limpado a faca e a usava para cortar o queijo de cabra que estava posto à mesa, ela me encarava chorando horrorizada enquanto eu colocava o alimento sobre um pedaço de pão torrado e o comia sorrindo.
— O que aconteceu? — Aemond apareceu. — Ouvi um grito.
— Diga ao príncipe Aemond o que aconteceu, Lady Maris! — Falei a desafiando e ela me encarou e depois ao meu tio.
— Eu me cortei, meu príncipe. — Falou e meu guarda a deu um pano para que enrolasse a mão.
— Ah, pobre Lady Maris, se cortou com a faca! — Falei e encarei Sir Peeter que me entendeu. — Sir, leve-a até o meistre do navio para que ele possa olha-la. — Falei e ele assim fez, me deixando com Aemond.
— Ela se cortou com a faca? — Aemond perguntou me olhando desconfiado.
— Foi o que ela disse, não é? — Respondi e comi mais uma fatia do queijo. — Quer? Está delicioso, tio.
— Você transforma o modo de me chamar de tio em algo tão errado. — Aemond disse baixo.
— Eu não deveria chamá-lo de tio, então? — Perguntei e ele me olhou, mordeu o lábio inferior virou o rosto. — Do que eu o chamarei? Você é meu tio.
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𝑶𝒇 𝑻𝒉𝒆 𝑫𝒓𝒂𝒈𝒐𝒏'𝒔 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅 - 𝐴𝑒𝑚𝑜𝑛𝑑 𝑇𝑎𝑟𝑔𝑎𝑟𝑦𝑒𝑛
FanfictionAemond Targaryen odiaria todos os filhos de sua irmã mais velha, Rhaenyra, se não fosse por ela, Daena Velaryon, aquela por quem ele insistia em alimentar um ódio sem fundamento e os mais profundos pensamentos profanos acerca da garota. O sombrio co...