𝑪𝒉𝒂𝒑𝒕𝒆𝒓 𝑻𝒉𝒊𝒓𝒕𝒚 𝑭𝒐𝒖𝒓

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Demorei mas cheguei







Os dias estavam sendo complicados, e com tudo isso que acontecia envolvendo a minha família, não era mais tão fácil ter uma noite de sono tranquilo, o silêncio da madrugada ultimamente estava sendo meu amigo, mas dessa vez era diferente, porque ter Aemond deitado na minha cama ao meu lado enquanto eu encarava o teto do quarto e tentava reaver o meu sono, me fazia questionar muitas coisas.

Talvez eu estivesse pensando demais, mas eu tinha certeza que se alguém pudesse ler a minha mente agora, provavelmente me acharia louca por lutar com dias opiniões diferentes sobre a mesma pessoa, lutava com o pensamento de dever expulsa-lo da minha cama a ponta pés, joga-lo para o chão e manda-lo embora permanentemente depois de tudo que havia feito ou então deixá-lo aqui, ao meu lado, para sentir o calor de seu corpo enquanto ele dorme sem nem imaginar o que se passa na minha mente.

— Não! — Ouvi ele falar e o encarei, de olhos fechados e uma expressão assustada em seu rosto.

— Aemond? Está sonhando! — Falei me aproximando dele ainda mais e tocando seu rosto.

— Não pule... não os deixe... Helaena! — Falou desesperado e sua face se enrugou numa expressão chorosa. — Por favor, não... — eu poderia contar nos dedos de uma mão quantas vezes eu vi Aemond chorando e ainda me sobrariam alguns. Certamente estava sendo aterrorizado pela memória da irmã se jogando da janela bem na sua frente.

— Aemond, acorde! — Chamei novamente e ele suspirou profundamente, antes de abrir o olho no susto e me encarar apavorado.

— Daena? — Falou perturbado. — Eu estava sonhando, com Helaena, ela...

— Shiiii, eu sei, não precisa falar... não tem nada que eu possa fazer acerca disso mas estou aqui com você. — me aconcheguei nele, deitando sobre seu peito e abraçando sua barriga, alisando o tecido da blusa que ele usava.

Ele beijou minha cabeça e acariciou meu ombro, em completo silêncio, me fazendo questionar o porquê de eu ficar me julgando por tê-lo de volta, sendo que eu nunca quis perde-lo, minha consciência é uma filha da puta, essa é a verdade.

— Não quero perder mais ninguém importante pra mim! — Ele falou em valiriano. — Você é a pessoa mais importante na minha vida e também os meus sobrinhos, eu não quero que eles percam mais ninguém, já perderam a mãe, o pai é um merda, só tem a mim.

— Não vamos perder mais ninguém, você não vai me perder de novo. — respondi em valiriano também e ele me alisou o cabelo.

— Você não parece estar muito certa sobre sua decisão de me ter de novo na sua vida. — Disse com pesar.

— Aemond, você eu e nascemos para ficar juntos, nascemos pra queimar juntos, pra morrer juntos. — Falei e me apoiei em meu cotovelo, vi seu rosto iluminado pelas velas e o alisei. — Você é meu.

— Vem cá! — Ele me puxou com calma e colou nossas bocas. — Eu amo você, estou com você em qualquer decisão que tomar, vamos atrás de quem fodeu nossa vida.

— Vamos queimar todos eles. — disse com convicção e me sentei sobre ele. — Senti sua mão em minha cintura, apertando minha pele, seus lábios tomavam o meu com vontade e desejo, Aemond se empolgou e virou-se na cama me colocando por baixo dele, senti suas mãos dentro de meus vestido, apertando minhas coxas enquanto seus lábios pressionavam os meus. Mas meu curto momento de prazer se tornou em agonia quando ar começou a ficar difícil de passar pela minha garganta. — Para, para!

— Parei, desculpa. — Falou se afastando e eu o encarei.

— Não precisa se desculpar, é uma coisa...minha! — Falei baixo.

𝑶𝒇 𝑻𝒉𝒆 𝑫𝒓𝒂𝒈𝒐𝒏'𝒔 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅 -  𝐴𝑒𝑚𝑜𝑛𝑑 𝑇𝑎𝑟𝑔𝑎𝑟𝑦𝑒𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora