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Rain on.

Eu estava com meu coração apertado por ver o Sodo naquela situação, ele estava muito machucado, mas tentava ao máximo disfarçar que estava bem, mesmo eu sabendo bem que não estava. Ao mesmo tempo em que ele tentava bancar o fortão, eu conhecia toda a sua fragilidade, ele era sim um cara sensível, e precisava de cuidados.

Eu fui cedo para o hospital, ele teria alta no primeiro horário. Quando entrei no quarto dele, ele estava guardando alguns pertences, já tinha trocado suas roupas. O abracei por trás, com muito cuidado para não o machucar, e falei em seu ouvido:

-Bom dia, pequeno! Advinha quem é...

Beijei seu rosto. Ele sorriu.

-Se não é o amor da minha vida, eu não sei quem é!

Ri, e ele continuou:

-E não me chame de pequeno.

-Bem, tenho uma péssima notícia: você é... meu pequeno! Dewdrop.

-Sim! Só seu.

-Acho bom mesmo hem.

-uuuiii que possessivo você.

-Talvez um pouco. Aprendi com você.

-Não, baby! Você ainda tem muito mais para aprender sobre isso.

-Temos todo o tempo do mundo... exceto hoje, que precisamos ir logo para a delegacia, pois estão nos esperando.

-Essa vai ser a pior parte de todas.

-É... eu sei. Mas precisamos fazer isso, não tem como escapar... e você, senhor, tente não se envolver mais com mulheres lunáticas que queiram nos matar, por favor.

-Você é um lunático?

-Eu? Não.

-Então está tudo resolvido.

Fiquei um tempo processando, até entender. Que absurdo.

-Heeeey, explica isso direito. Eu não sou mulher...

Ele ria.

-Como você é lerdo, Rain! Pelos deuses.

-Fica rindo de mim que eu não vou cuidar de você. –mostrei a língua.

-Primeiro: eu posso me cuidar sozinho. Segundo: quem mostra a língua quer beijo.

-Quer mesmo!

-Então vem cá!

Ele se virou de frente para mim, e levou as mãos até meu rosto, me beijando em seguida.

Foi apenas uma noite, mas eu estava com muita saudade de seu beijo, de seu toque... o efeito que o Sodo causava em mim era como uma dependência química. Seus beijos me deixavam todo besta.

Quando terminamos, pegamos as coisas dele para irmos até a delegacia.

Ver a cara da Melanie novamente quase me fez vomitar, e a Cloe quase voou na cara dela de novo. Tivemos que conter a garota, caso contrário, ficava todo mundo preso lá. Levamos a manhã inteira naquela enrolação, mas no fim, deu tudo certo e fomos liberados para seguir viagem. Nos encontramos com o restante da banda para almoçar. Aether estava preocupado com o fato de como seriam as nossas reações ao encontrar com a Melanie novamente, mas foi tudo bem tranquilo.

~FLASHBACK~

Entramos na de delegacia, aquela víbora estava lá sentada, com a maior cara de paisagem, e quando nos viu, começou a rir. Credo, acho que essa mulher é psicopata.

-Tá rindo do quê, filhote de cruz credoo? –Falou Cloe, impaciente.

-Calma, Cloe! –falei cauteloso.

Darkness at the heart of my love - Dewdrop e RainOnde histórias criam vida. Descubra agora