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-X- Primeiramente, eu não entendo nada de termos, procedimentos, e ocorrências médicas e clínicas. Está bem raso pela minha falta de conhecimento.

Segundamente: não vou pagar a terapia de ninguém, porque essa fic já é a terapia de vocês <3  Podemos criar um grupo de auto ajuda -X-



Sodo on.

Passaram dois dias, e o Rain não reagia. Eu ia lá todos os dias, passava horas conversando com ele, e contando sobre as coisas do dia a dia. Os meninos também faziam visitas, e sempre perguntavam sobre ele. Minhas esperanças nunca enfraqueceram, eu tinha certeza que ele iria lutar pela vida dele.

Nossa produtora sugeriu darmos continuidade aos shows com um baixista substituto, mas eu não aceitei, e falei que se fosse assim, poderiam arrumar alguém para entrar no meu lugar também. Os meninos também acharam essa ideia absurda, então, tivemos as datas adiadas por tempo indefinido.

No terceiro dia em que o Rain estava internado, eu estava sentado ao lado dele, acariciando sua mão quando o aparelho VM começou a apitar com uma frequência maior, e mais alta.

Eu olhei para ele, um pouco assustado.

-Rain? Você está bem?

O médico e as enfermeiras entraram correndo no quarto, me expulsando de lá, logo em seguida.

-O que ele tem? –falei com a voz trêmula.

-Você precisa sair. É uma emergência.

-M-mas...

Eles me colocaram para fora e fecharam a porta.

Fiquei caminhando naquele corredor, de um lado pro outro, totalmente apreensivo. Eu não conseguia ouvir nada que vinha de lá de dentro, e não sei se isso era bom ou ruim.

Eu tentava controlar minha respiração e não entrar em pânico, mas não conseguia tirar da mente que a situação era de emergência.

Se passaram 5; 10; 15 minutos quando finalmente aquela porta abriu, e uma das enfermeiras me encarou. Corri até ela.

-COMO ELE ESTÁ?

Ela sorriu, e abriu espaço para que eu passasse.

-Eu acho que tem alguém querendo te ver.

NÃO ACREDITO.

Fui praticamente correndo até o leito, Rain estava acordado, finalmente. Estava com os olhos abertos, encarando o teto.

-Raaaaain!

Senti lágrimas de alegria invadirem meus olhos.

-Ele ainda está se localizando, mas está estável. Mas ainda precisará ficar em observação por um bom tempo. Precisamos acompanhar o progresso dele de perto, por conta da lesão na cabeça. Ele não pode se estressar, nem se cansar muito, então, tentem não conversar assuntos muito delicados.

Eu estava tão aliviado, tão feliz, que a minha vontade era de abraçar aquela equipe inteira, por terem trazido o Rain de volta.

Eu precisei sair novamente para que eles pudessem livrá-lo de todas aquelas coisas, e enquanto eu esperava, avisei o restante da banda, sobre essa notícia maravilhosa.

Rain on.

Eu sentia todo o meu corpo pesar, doía para respirar, e por mais que eu tentasse, não conseguia abrir os olhos. Estava em uma escuridão total, como se estivesse perdido em um abismo. Tentava gritar, mas qualquer esforço que eu fazia trazia consigo um arrependimento gigantesco. Essas eram as lembranças que eu tinha antes de ouvir um barulho ensurdecedor, e uma luz muito forte enquanto parecia que meus pulmões iriam implodir.

Darkness at the heart of my love - Dewdrop e RainOnde histórias criam vida. Descubra agora