15. Amigo estou aqui

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Joseph tinha amigos um tanto... peculiares. Ollo e Wesley eram apenas a pontinha do iceberg desse seu círculo social, e após encontrarmos Marcus e Anne o resto de sua gangue foi aparecendo aos poucos. Primeiro veio Callum no dia seguinte com sua namorada, e de acordo com o que fiquei sabendo eles eram amigos dos tempos de estudo na London Academy of Music and Dramatic Arts aka LAMDA. Depois vieram Milo e Cam, mais um loiro oxigenado e um moreno encrenca, se conheciam desde o colégio e eu não consegui entender uma brincadeira deles. Era um grupo bem dinâmico e diferente e eu pude ver outro lado de Joe, um mais relaxado, casual e britânico.

Wesley estava totalmente mudado após a chegada dos novos agregados, o loiro estava metendo o louco, fumando a beça e tendo alguns comportamentos idiotas como encher a cara, chorar por causa de Emily e apagar no sofá fedendo à maconha e cerveja. Era patético. Joe e Oliver estavam preocupados com o loiro barbie Malibu e eu sentia a tensão emanar deles toda vez que o amigo pegava uma latinha de cerveja e começava o ciclo de sofrência.

And IIIIIIIIIIIIIII will looooooove you baaaaabeeeeee aaaaaaaaaaaaaaaaaaalwaaaaaaysssssssss – Wes cantava Bon Jovi a plenos pulmões na cobertura alugada por Milo e sua namorada onde estávamos fazendo um churrasco para o almoço, já era o terceiro dia daquela palhaçada e eu estava ficando um tanto irritada.

– Será que ele nunca vai parar com isso? – Rafa questiona em portugues irritado e eu esfrego a minha testa. Giulia tinha simplesmente dado as costas para toda a situação e se recusava a dar qualquer rolê com os meninos e eu entendia o lado dela. Ela simplesmente resolveu voltar para a Toscana e disse que ia me aguardar chegar lá em dois dias.

– Não era assim que eu imaginava passar meus últimos dias de férias – eu suspiro e tomo um gole do dry martini de Joe que estava ajudando Callum na churrasqueira. Ele olha para mim brevemente e dá um sorriso que eu retribuo, estávamos tendo poucos momentos a sós e eu não sabia se agradecia pelo bem da minha saúde mental e emocional ou se eu ficava triste pra caralho.

– Nossa Viviane você tá tão fodida – Rafa diz e eu tenho vontade de chorar, era meu último dia ali, no dia seguinte eu ia pegar meu avião para Milão e Joseph iria para Gênova encontrar sua família.

– E é tudo culpa sua – eu digo meio puta – tinha que ter me arranjado com ele.

– Achei que ia fazer bem você quebrar essa sua regrinha, aliás todas as suas regras e apenas, sabe, curtir sem neura, mas você tinha que ficar emocionada – ele diz e dá um suspiro e eu o acompanho.

– No fim valeu a pena, foi muito divertido, obrigada migo – eu digo e troco um olhar com ele e brindamos, tentando aproveitar nossos últimos momentos ali.

Percebo um olhar sob mim e viro minha cabeça para o lado me deparando com Anne, ela me observava muito e eu via a curiosidade em seus olhos, ela era muito simpática e amigável mas ainda não tinha tido a coragem de vir até mim indagar. Eu estava tentando manter um relacionamento amistoso e amigável com todos os amigos de Joe, mas distante, a última coisa que eu precisava era me apegar a mais pessoas.

Ollo, que estava tentando fazer Wesley parar de cantar e tomar controle da playlist, vem até nós e se senta ao meu lado pega a bebida da minha mão e toma em uma golada só. Eu olho para ele meio surpresa e meio preocupada enquanto o loirinho passa a mão nos cabelos e solta uma bufada bravo.

– Oliver desse jeito você vai enfartar antes dos quarenta – eu digo e ele me olha mais irritado por eu o estar chamando pelo seu nome.

– Desculpa, o dia era pra ser seu sabe, aproveitarmos pra caramba e também chorar um pouco, mas o Wes, ele- eu acho que finalmente caiu a ficha dele sabe? – ele diz meio derrotado e eu o olho com dó, os três tinham uma conexão incrível e realmente estavam preocupados com o amigo.

Summer Lovin' - Joseph QuinnOnde histórias criam vida. Descubra agora