10.1 Bisceglie

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Assim que entrei em meu quarto de hotel fui direto tomar um banho, eu estava pensativa, não era difícil juntar um mais um e chegar a uma conclusão sobre Hanna e minha intuição gritava me dizendo que havia algo de errado, eu só precisava organizar as idéias. Saio do banho e fico de roupão, considero por um ou dois minutos se devo usar minha conta no twitter para investigar, me sinto péssima, mas eu precisava de minha consciência limpa.

Pego meu celular e vou direto no app do passarinho, digito na barra de pesquisa: Joseph Quinn and Hanna e me preparo para o pior.

...

-Caramba que negócio difícil de entender, puta que pariu parece alemão - Giulia está brigando com o GPS acoplado ao barco enquanto Ollo segura no leme e se concentra em guiar a lancha.

-Dá isso aqui - digo estendendo a mão pedindo para me passar o dispositivo. Ela me entrega e eu solto um suspiro.

-É porque é alemão ô anta, deixa que eu ajudo a loira do tchan aqui, vai lá com o Wesley - digo meio mal humorada e ele me encara meio ressabiada estranhando meu comportamento.

-Você sabe das paradas do nível da água né? - Ollo pergunta pra mim eu balanço a cabeça afirmando.

Estamos em alto mar, ok isso é um exagero, mas estamos longe da costa já que não é mais possível avistá-la, vamos passar o dia indo de praia em praia e em algumas pequenas ilhas próximas a Bari, era um passeio dos meninos e estávamos ali de intrometidas. O dia estava com uma temperatura agradável até e pouco vento, o que contribui para o barco não balançar tanto e as ondas estarem suaves. Ollo tinha licença para pilotar barcos e era o nosso comandante do dia, mas precisava de alguém o auxiliando, Giulia se prontificou na hora para ficar longe de Wesley que estranhamente a estava seguindo igual um cachorrinho. Rafael e Grover decidiram ir a uma praia em uma cidade ao lado que era voltada para o público LGBTQIA+, Quinn resolveu se juntar a nós após o almoço já que tinha um compromisso.

-Você pilota desde quando? - pergunto a Ollo puxando papo já que estávamos sentados um ao lado do outro e eu odiava ficar em silêncio.

-Ah desde criança, meu pai tem alguns barcos e sempre me levava no verão para velejar - ele responde e eu olho para ele impressionada.

-Então vocês são um bando de mauricinhos - eu respondo o provocando e ele ri.

-Um pouco, Wesley é o pior, você devia ver como que ele é tratado pela família dele, é um mimado - ele responde zuando o amigo que escuta seu nome e nos olha irritado presumindo que estamos fofocando dele.

-Que coincidência, a Giulia também, ela é filha única - eu respondo em tom alto para provocar minha amiga e ela mostra a língua para mim.

-E você não é? - Ollo pergunta curioso.

-Não, eu tenho uma irmã mais nova - eu respondo olhando para o GPS sonar em minhas mão e indicando para Ollo desviar que havia alguma rocha submersa logo a frente.

-E você? Sabe pilotar barcos?

-Aprendi algumas coisas básicas sobre com um cara que costumava ficar, mas não tenho licença - eu respondo e ele balança a cabeça absorvendo a informação. Ficamos um tempo em silêncio observando o horizonte à nossa frente até que Ollo não se aguenta.

-Olha, sobre o Joseph, ele está numa situação complicada - ele começa a querer se justificar pelo novo sumiço do amigo e eu o corto.

-Realmente não é da minha conta Ollo, não preciso que vocês fiquem justificando o amigo de vocês. - eu digo no melhor tom neutro que consigo passar e ele me encara pelo canto dos olhos. Eu sei que eu estou com um comportamento estranho, mas eu só preciso seguir com o dia sem parar pra pensar em Joseph ou qualquer coisa relacionada a ele.

Summer Lovin' - Joseph QuinnOnde histórias criam vida. Descubra agora