Persephone - 𝒆𝒎. 𝒄𝒖𝒍𝒍𝒆𝒏

|𝚝𝚠𝚎𝚗𝚝𝚢 𝚝𝚑𝚛𝚎𝚎|

Quando me atrevo a ser poderosa, a usar minha força ao serviço da minha visão, o medo que sinto se torna cada vez menos importante.

— Audre Lorde

A próxima coisa que meu cérebro registrou, foram mãos grandes e frias me tirando de cima do nazista ensanguentado.

Eu havia feito um belo trabalho.
Olhei para minhas mãos, os nós dos dedos roxos e sujos de sangue. Meus punhos latejavam de dor.

Meu coração estava acelerado e minha respiração rasa, eu me sentia como um touro no meio da arena. Meu cérebro só voltou a funcionar quando o rosto de Benny entrou em minha linha de visão.

— Persephone? — Disse ele, cautelosamente.

Tentei erguer os braços, mas alguém ainda me segurava. Olhei por cima do meu ombro, encontrando o tronco firme e gelado de Emmett. Me recostei contra o mesmo, tentando normalizar meus pensamentos.

Ao notar meu ato, Emmett soltou meus braços, passando suas mãos por meus ombros, em um pequeno gesto de carinho.

— Quinn, você fez uma obra de arte na cara do homem. — Brincou o Cullen, falando baixo em meu ouvido.

Minha respiração era profunda, meus fios castanhos grudavam pelo meu rosto, enquanto eu via Bennedict ao telefone.

— Para quem está ligando? — Eu questionei, minha voz soava rouca e raivosa, e o mais alto me encarou com olhos arregalados.

— Sephy, calma, eu chamei a ambulância. — Disse ele, encarando o corpo do Nazista no chão — Fiz isso por você, não quero que digam que você matou alguém. — Esclareceu ele.

Quando as sirenes foram ouvidas no final da rua, eu me afastei de Emmett, puxando meu cabelo para trás. Ao olhar para a porta da lanchonete, uma das garçonetes nos encarava, as mãos tremendo enquanto segurava o telefone, amedrontada.

— Vai se foder! — Gritei para ela, que entrou correndo.

Senti a mão do Cullen em meu braço, me puxando para si. Me vi tão desnorteada que fui incapaz de recuar quando seus bíceps enormes circularam meu corpo em um abraço.