|𝚝𝚠𝚎𝚗𝚝𝚢-𝚜𝚎𝚟𝚎𝚗|

7.1K 898 203
                                    

Eu não sou livre enquanto alguma mulher não o for, mesmo quando as correntes dela forem muito diferentes das minhas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu não sou livre enquanto alguma mulher não o for, mesmo quando as correntes dela forem muito diferentes das minhas.

— Audre Lorde

Ele ainda estava lá quando eu acordei, ficou até que eu fosse tomar um banho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ele ainda estava lá quando eu acordei, ficou até que eu fosse tomar um banho.

Não trocamos sequer um bom dia, eu mal sabia como encará-lo depois da minha crise de choro.

Hoje era sábado, dia de lidar com Gregory.

Apesar da melhor noite de sono que eu tive em meses, ao descer as escadas naquela manhã, minha energia foi completamente sugada — apenas pensar em Gregory me causava vertigem.

Definitivamente não seria um bom dia.

Ao chegar no último degrau, torci os dedos das mãos, me sentindo uma criança que aprontou e estava prestes a ficar no cantinho, pensando no que fez. Mas eu nunca havia recebido um castigo tão leve.

— Persephone. — Disse o Tenente-Coronel, ouvindo quando eu entrei cozinha.

O homem estava sentado de costas para a entrada, e eu só pude ver seu rosto quando me sentei ao seu lado. Os olhos afiados do funcionário do governo focaram em mim antes mesmo que eu pegasse uma torrada.

— Você acha coerente uma Quinn parar na delegacia? — Respirei fundo, eu sabia que os sapatos de Margot não seriam minha única punição — Eu te fiz uma pergunta!

— Não, senhor. — Sussurrei, e vi pelo canto do olho a mão de Gregory se fechando sobre a mesa.

— Fale direito! — Berrou ele, com seu rosto ganhando um tom avermelhado.

— Não, senhor. — Respondi mais alto, encarando meu prato vazio.

— Você é uma vergonha, Persephone! — Olhei para Margot, que comia tranquilamente, ignorando a cena que se desenrolava — Acho que o cinto não doeu o suficiente para que você se tornasse alguém!

Um calafrio subiu por minha espinha quando Gregory bateu seu punho na mesa, balançando os talheres e copos.

— Um deslize, Persephone, — Agora, a voz do Tenente-Coronel era assustadoramente baixa — apenas mais um, e você vai direto para o colégio militar em Washington, e não estou nem aí se falta pouco para terminar a porcaria de ensino médio, — Ele apontou seu dedo para mim — e de lá direto para o alistamento, está me ouvindo?

Persephone - 𝒆𝒎. 𝒄𝒖𝒍𝒍𝒆𝒏 Onde histórias criam vida. Descubra agora