Dúvidas
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Após o beijo a razão de Jungkook pareceu atacar, após se beijarem até perder o ar Jungkook saiu da sala de treinamento sumindo tempo suficiente para Jimin começar a enlouquecer. Ao voltar para seu quarto Jimin sentou-se em sua cama e tentou entender o que deu em Jungkook, mas mesmo que pensasse durante dias ele não teria a resposta já que nem mesmo Jungkook tinha e por isso decidiu passar algumas horas na cidade.
Um tempo sem Park Jimin, era isso que Jungkook precisava para colocar seus pensamentos em ordem, o que ele sentia por Jimin parecia ser óbvio, a mesma sensação que sentiu quando o conheceu pela primeira vez, vestido de mulher, o calor que sentiu, o coração que palpitou mais forte e o tesão enorme que surgiu, mas o único problema disso tudo é que Jimin era homem, isso fazia de Jungkook gay? Uma abominação como Park Jimin? Apesar que talvez não seja tão abominável assim fazer o que quer, quando bem entender, sem pensar muito, ser livre, por que ser livre seria algo abominável? Por que beijar caras é tão proibido assim?
Jeon tinha diversas dúvidas, dúvidas essas que ele precisava de respostas ou ficaria louco. Então ele pensou no que Jimin faria, o que Jimin fez quando passou por isso? Com toda certeza ele não passou da mesma forma, mas ele precisava de um ponto de partida, e então uma ideia surgiu, deu para ver a lâmpada acender acima de sua cabeça.
Um bar LGBT+
Ele lembrou sobre Jimin comentar sobre isso, o fato dele tentar se provar o tempo todo no exército e o bar gay ser a forma que ele conseguiu mostrar quem realmente era.
[...]
Com um certo receio ele entrou na boate, o som da música eletrônica estava estridente, havia pessoas se beijando para todo lado, outras dançando como se não houvesse amanhã, pessoas de todos os tipos, diferentes umas das outras, mas unidas por uma só vontade, poder ser quem é sem ser julgado.
Caminhando pelo local, ele se sentou no bar, receoso com o ambiente, mas se sentindo um pouco mais à vontade.
- A bebida mais forte que você tem. - pediu a garçonete, que olhou para ele estranho e concordou. Depois que sua bebida o chegou, sentiu alguém se sentar ao seu lado.
- Para pedir um desses a pessoa precisa no mínimo estar na merda mesmo. - comentou uma voz masculina, bem na hora que a música foi desligada e alguém estava falando no microfone.
- Quase isso, minha cabeça está me matando. - Bebeu metade do copo notando que sim, era muito forte.
- Então não deveria estar bebendo, e sim em um hospital. - respondeu o homem e então a música voltou a tocar.
- Não nesse sentido, tenho pensado em muitas coisas, cogitado outras, muitas dúvidas e isso está acabando comigo porque agora eu não sei se devo ficar arrependido ou não de beijá-lo. - ele nem mesmo percebeu que estava desabafando com um desconhecido, muito menos que estava sendo tão sincero quanto a isso.
- Ok, eu vim buscar um gato para cuidar de mim, mas pelo jeito eu que vou ter que cuidar dele. - o homem falou e arrastou sua cadeira para mais perto de Jungkook.
- Vai, desabafe, quais são suas dúvidas? - o menino parecia muito com Jimin, não fisicamente, mas seu estilo, a maquiagem marcada, o delineado com pedrinhas nos olhos.
- Eu beijei um homem hoje, eu queria beijá-lo e eu gostei, gostei muito mas...
- Não tem mas, gatinho. É assustador no início, eu te entendo, a maioria das pessoas aqui já passaram por isso, é difícil e nossa cabeça parece que vai explodir, porque surge uma divergência com a nossa criação, nossos costumes e nosso coração e querer. - explicou.
- Mas o que eu faço sobre isso? Em minha vida toda eu nunca me senti diferente das outras pessoas, eu sempre abominei relações como essa, mas ele... ele me deixa maluco de todas as formas. - Puxou os cabelos.
- Bom isso é uma decisão sua, aqui é um lugar aonde ninguém vai te julgar, é um lugar onde o amor ganha sempre. Você pode escolher entre viver do jeito que quer ou do jeito que você foi criado para ser. O que lhe der mais felicidade. - O homem sorriu compreensivo, Jungkook se sentiu mais em casa ao ver o quão empático ele era.
- Pagarei uma bebida para você pelo conselho. - Sorriu. As dúvidas de Jungkook pareciam ter sido cessadas, mas ele ainda tinha um caminho a seguir.
[...]
Ele não se deu conta de que havia bebido tanto, apenas quando acordou em um apartamento desconhecido, deitado em um sofá desconhecido, pelo menos não havia sido roubado. Procurou rapidamente seu celular, vendo que já estava quase na hora do almoço.
"Precisamos viajar para a França hoje, temos negócios do Vincenzo"
A mensagem do Jimin estava ali, ele não sabia se Park estava com raiva de si ou não, mas parecia estar.
- Bom dia. - Era o mesmo homem que estava consigo. Ele estava vestido um pijama rosa, os cabelos presos e sem maquiagem, revelando seus pequenos olhos azuis. - Você esqueceu onde morava, tive que te trazer para cá. - explicou.
- Oh certo, me desculpa o incômodo, eu realmente estou morando por aqui, eu me perco às vezes, é muito recente. - Se levantou calçando o sapato. - Será que eu poderia ter seu número? Eu gostei muito de conversar com você. - Riu.
- Você já tem, está salvo como Pietro.
- Certo, obrigada Pietro, agora eu tenho que ir, preciso pegar um trem. - Pegou suas coisas e saiu desesperado respondendo à mensagem de Jimin no táxi.
" Lhe encontro lá, vou de trem, pode pegar algumas roupas para mim? Se não for incômodo"
"Está vivo! Certo, vá para Paris, lhe encontro no bar da cosa nostra."
O trem era um pouco mais demorado do que o avião, mas Jimin ainda iria demorar um pouco mais para pegar o jato de Vincenzo, Jungkook aproveitou para carregar seu celular usando o carregador de uma mulher que estava na mesma cabine que ele, tomou seu café e aguardou enquanto observava todo o trajeto pela janela.
Em teoria ele estava bem decidido, talvez ele pudesse deixar seu preconceito de lado e tentar viver de uma forma diferente da que lhe foi proposta.
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Missão Fantasma - Jjk + pjm = jikook
FanfictionMissão Phanton, para um, pode ser a prova que precisava para ser o primeiro e único, para outro, uma forma de mostrar que um erro não o define. Duas motivações diferentes que combinadas devem eliminar o dispositivo mais perigoso do mundo, mas conseg...