000. the last bye

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Any Gabrielly
LOS ANGELES, 2016.

—Saby: Vamos cair desse jeito Any! — Ela grita um pouco desesperada me fazendo rir.

—Fica quieta então. — Me agarro mais em seu corpo, enquanto ela tenta se equilibrar com os patins nos pés.

—Saby: Eu acho que estou conseguindo. — Ela diz animada me fazendo sorrir, mais acaba se desequilibrando de vez, nós fazendo cair no chão uma por cima da outra. — Mierda — Ela resmungou frustrada.

Estávamos parecendo duas crianças, de sete anos tentando aprender a andar de patins. Eu só sabia rir, enquanto Sabina brigava com ela mesma por não conseguir ficar em pé, comigo agarrada nela. Ela sem dúvidas tem as melhores escolhas de divertimento, e não importa quanto tempo passe, quantos anos ela tenha, eu sempre vou me divertir enquanto estiver com ela

Sabina é a melhor parte de mim, ela é a minha melhor amiga. E sem dúvida alguma, a minha pessoa preferida.

Nas últimas semana, eu descobri que vou voltar para o Brasil. Meus pais já estão preparando tudo, e é bem provável que no fim de semana já vamos. Ainda não falei nada pra Sabina, a única coisa que eu sei fazer nós últimos dias desde que recebi a notícia, é aproveitar cada segundo ao lado dela. Eu sei que a reação dela não vai ser a melhor, até por que nós nunca cogitamos a ideia de deixar uma a outra.

—Pronta para cair outra vez? — Debocho da sua cara, e ela sorri sacana.

—Saby: Estou pronta pra próxima carinõ. —Reviro os olhos por causa do apelido, Mais acabo rindo.

—Eu te amo idiota. — Abraço seu pescoço, e ela me apertou em seus braços ainda em baixo de mim, já que ainda não tínhamos levantado do chão.

—Saby: O problema é todo seu. — Dou um tapa em seu ombro, e ela dá uma risadinha. — Au, você sabe que é brincadeirinha.

—Como eu te suportei por 17 anos da minha vida? — Me soltei dela, e me sentei no chão ao seu lado.

—Saby: Você deveria me agradecer. Imagina só, uma Any sem a sua Sabina. — Sorri enquanto tirava os patins do pé, e depois voltei a olhar para ela.—O mundo certamente seria uma chatice.

—Vamos fazer uma coisa.

—Saby: Depende. — Ela sorri. — Se for roubar o banco, eu tô dentro.

—Enquanto você tiver dinheiro para pagar o sorvete, não precisamos disso. — Ela abre a boca indignada, mais não fala nada. —Prometa que nada vai estragar nossa amizade, e que independentemente do nosso futuro, sempre vai ser a gente contra o mundo.

—Saby: Isso é patético Any. — Ela estralou a língua dando pouco caso, e eu a encarei seria. —Tá, tá! Eu prometo.

Sorri outra vez para ela, e me joguei em seu colo abraçando seu pescoço, nós fazendo cair outra vez. Sabina e eu rimos, e eu a aperto mais contra mim.

Se você viver do jeito certo, um dia é o suficiente.

—Vamos para casa, minha mãe já deve está esperando a gente.

—Saby: Vamos comer o bolo de chocolate da tia pri. — Ela disse animada como uma criança, e começou a tirar os patins do pé.

𝗱𝗼 𝗻𝗼𝘁 𝗹𝗲𝗮𝘃𝗲 𝗺𝗲 - 𝘀𝗮𝗯𝗶𝗮𝗻𝘆 Onde histórias criam vida. Descubra agora