015. I hate you

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Any Gabrielly

Eu estava sentada na mesa junto com todos tomando café, enquanto brincava com a torrada inteira que estava no meu prato. O suco que estava no copo eu ainda nem tinha bebido, e a fome outra vez parecia ter sumido. Meu pai e o resto da sua família estavam conversavam sobre alguma coisa que eu não sei, riam de qualquer coisa, e eu apenas observava tudo em silêncio. Porque na verdade, eu estava ocupada demais pensando nela outra vez, para falar alguma coisa.

Eu tinha milhares, e milhares de problemas para resolver, mais o única coisa que realmente me importava era Sabina.

Eu nunca pensei que poderia amar tanto uma pessoa assim. Cada segundo sem ela, se torna uma eternidade, e eu não consigo mudar isso. Porque enquanto todos me mostraram quanto amar pode machucar, Sabina cuidou de mim, me fez sorrir quando na verdade tudo que eu mais queria era chorar. Ela me mostrou que o amor pode ser a coisa mais linda, e tocável no mundo.

Eu só não sei devo esperar, ou desistir disso tudo.

Não quero machucá-la, e nem acabar me machucando outra vez.

Ela se encaixa tão perfeitamente na história de amor que eu sonhei para mim, que tenho medo de confundir minha melhor amiga, com o amor da minha vida.

—Melissa: Empregada! — Ela gritou, me fazendo olhar para ela. —Que inferno. O telefone tá tocando.

—Não a chame assim. — Falei seria, é um pouco rude.

Clara passou por nós correndo até a sala, e logo o barulho do telefone parou.

—Melissa: Quer que eu a chame como?! Porque é isso que ela é, nossa empregada.

—Você teria o direito de chamá-la como quisesse, se seu pai pagasse o salário dela. — Melissa ficou confusa. —E todos os atrasados que está devendo também. Enquanto isso não acontece, eu exijo que respeite ela.

—Silvio: E quem é você para exigir respeito?

—Quem eu sou?! — Acabei rindo. —Me lembro de ser sua filha, quando você precisa da minha ajuda. — Fui irônica, e ele se levantou batendo as mãos sobre a mesa. As duas mulheres ao seu lado se assustaram, enquanto eu, nem ao menos me mexi ainda o encarnado.

—Silvio: Cala a boca.

—Você não é ninguém para me mandar calar a boca, se quer tanto ter silêncio em casa, cale você a sua boca.

—Clara: Any, é o senhor Noah. — Ela chegou interrompendo meu pai. —Ele quer falar com você, e parece ser importante.

Me levantei limpando a boca com guardanapo, e senti o olhar de raiva do meu pai sobre mim. Eu o encarei por breves segundos do mesmo jeito, o vendo sentar outra vez, antes de pegar o telefone da mão de Clara, e sorrir para ela em forma de agradecimento antes de sai dali.

—O que você quer Noah?

—Noah: Oi para você também.

—Meu humor está péssimo, então fala logo o que você quer. — Falei seria, e ouvi ele suspirar.

—Noah: Preciso que você venha até a empresa, é importante.

𝗱𝗼 𝗻𝗼𝘁 𝗹𝗲𝗮𝘃𝗲 𝗺𝗲 - 𝘀𝗮𝗯𝗶𝗮𝗻𝘆 Onde histórias criam vida. Descubra agora