025. thanks for being here

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Any Gabrielly

Sabe aquele momento, que você queria que fosse para sempre?! Aquela sensação horrível de não saber, se vou ter a chance de abraçá-lo outra vez está me matando por dentro. Eu não tinha mais lágrimas para chorar, eu não sabia mais o que sentir, era como se parte de mim realmente estivesse morrendo junto com ele.

Eu estava sentada na poltrona ao lado da sua cama, com minha cabeça deitada sobre o colchão, enquanto eu sentia seus dedos fazerem carinho entre meus cachos. Meus olhos estavam fechados, e de vez em quando eu deixava alguns soluços escaparem sem que eu percebesse. Já estávamos há horas assim, naquele silêncio amedrontador, e torturante, era como se meu choro falasse tudo que eu queria falar. Parecia que ele estava me passando forças, quando na verdade era para mim estar fazendo isso.

—Fernando: Pode entrar. — Sua voz rouca, e arrastada entregava que ele também estava chorando.

Ouvi a porta se abrir devagar, depois de tio Fernando liberar a entrada, mas eu nem me mexi.

—Ale: Oi amor. — Ouvi passos, e depois um estralo, que presumi que fosse um beijo. —Como se sente?

—Fernando: Bem, não se preocupe. — Ouvi ele rir, mais em momento algum seu carrinho em meu cabelo parou. —O que faz aqui Priscila?

—Priscila: Não gosta mais de receber a visita de uma velha amiga? Uau! Sua careca está mais brilhante, do que da última vez que nos vimos.

Acabei rindo baixinho, quando ouvi o que minha mãe disse. Era exatamente a mesma coisa que eu sempre falava para ele, quando o via.

—Fernando: Tenho escutado muito isso. — Ouvi as risadas, e levantei a cabeça sentindo a luz do ambiente incomodar meus olhos.

Sabina estava lá. Foi inevitável não olhar diretamente para ela, que ainda estava parada na porta logo atrás da minha mãe. Seu cabelo estava preso em um coque frouxo e mau feito, suas olheiras estavam bem amostra, e seu moletom largo do cnco, mostravam a sua pressa de chegar aqui. Ela me olhava de uma maneira indescritível, não expressava emoção alguma, e aquilo me atingiu em cheio, porque foi impossível não lembrar do meu pesadelo.

—Oi mãe. — Quebrei nossa troca de olhares, e me levantei para poder abraçar dona Priscila. Minha mãe me abraçou apertado, e deixou um beijo calmo em minha bochecha.

—Priscila: Oi, querida. — Ela sorriu docemente.

Ouvi uma tosse falsa vindo de tio Fernando, e me virei para olhá-lo. Ele encarava Sabina de maneira séria, enquanto ela parecia estática também olhando para ele. Ela não se mexeu, e não falou nada, seus pensamentos pareciam estar longe.

—Fernando: Sabina? — Ele a chamou. —Venha até aqui.

Ela continuou parada por alguns minutos olhando para ele, e piscando devagar mais depois caminhou na direção do seu pai até se aproximar o suficiente da cama. Sabina segurou a mão do dele, e beijou antes de deixar um longo suspiro escapar e seus olhos se encherem de lágrimas.

—Sabina: Oi pai. — Foi a única coisa que ela falou, quase sem voz.

—Fernando: Oi, nada! Eu não te ensinei a ser uma namorada tão mau educada. — O quarto inteiro ficou em silêncio. —Fale com Any, e a lembre que você a ama todos os dias.

𝗱𝗼 𝗻𝗼𝘁 𝗹𝗲𝗮𝘃𝗲 𝗺𝗲 - 𝘀𝗮𝗯𝗶𝗮𝗻𝘆 Onde histórias criam vida. Descubra agora