𝐗𝐗𝐈𝐈 - 𝐕𝐈𝐒𝐈𝐓𝐀

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Victoria AlmeidaPoint of Viewmaratona 3/3

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Victoria Almeida
Point of View
maratona 3/3

Escuto os barulhos da porta sendo liberada, acompanhada de um policial me levando para a área de visita.

Me sento em sua frente, sendo separada dele apenas por um vidro que acredito (e espero) ser impossível de quebrar.

Com as mãos tremendo, pego o telefone para me comunicar com o mesmo.

- Você veio
a voz rouca de Eduardo entra pelos ouvidos, com um sorriso maldoso estampado em seu rosto

- Você me ameaçou
respondo, seca
- Eu te chamo de Eduardo, ou quer que eu use seu codinome Samuel?

- Parece que errou em uma coisinha ai
ele ri, irônico
- Meu codinome é Eduardo, então me chame de Samuel

- Qual é seu sobrenome?
mantenho olho a olho com ele, segurando o telefone com força

- Vamos com calma, por favor
ele diz, se ajeitando na cadeira

- Quem é sua informante?
vou direto ao ponto

- Você está apressada, né?
ele responde, com outra pergunta

- Por que você é tão obcecado por mim?!
pergunto, pressionando mais ainda o telefone para não elevar a voz

- Não sou eu, rosinha
ele ri
- Eu sou só um peão no jogo dele

- No jogo de quem?
franzo o cenho

- Do seu pai, Victoria
ele sorri ao ver minha reação
- Você nunca ligou os pontos?
ele continua rindo
- Ok, ok. Eu te explico...
ele puxa ar
- Eu dei acesso livre para o seu pai, acha que ele foi para seu natal em família como?

- Achei que ele tivesse convencido minha mãe
respondo, tremendo com a continuação

- Ah, claro
ele ri
- Eu convenci sua família a deixá-lo ir, falei que você ficaria chateada se ele não fosse, todas essas coisas mesquinhas. E não era mentira, era?
fico quieta, logo ele continua
- Começamos a namorar em 2015, certo? Te fiz achar que eu estava apaixonado por você, você começou a se apaixonar por mim, e boom! Um relacionamento. Os planos iniciais era apenas sermos melhores amigos, sabia? Mas foi muito além disso

- Do que você ta falando?
pergunto, sem entender o rumo da conversa

- Sou como um ator na sua vida, Victoria. Nada era real.
ele sorri sem mostrar os dentes
- Eu te trato mal, e depois me humilho por você, você cria uma dependência emocional em mim e eu consigo te manter na minha vida até quando eu quiser. Isso é incrível, não é?
o mesmo ri
- Eu te manteria por perto até seu pai conseguir tocar em você, foram 3, quase 4 anos tentando, mas eu finalmente consegui naquele Natal

𝐅𝐋𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒 || 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐋𝐈𝐒𝐎𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora