Olhar. - Capítulo 5.

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— Não machuque a Jerimum! — Alertou o alfa pedalando todo torto.

Não acredito que ele deu nome para a bikezinha dele, e muito menos consiga me carregar sem me deixar cair, porque ele é distraído e até mesmo atrapalhadinho.

— Como se eu fosse arrumar ideia de cair no chão. — Deitei minha cabeça nas costas dele dando um bocejo lento, sentia meus braços doer de segurar os catarrentos, principalmente o Theo que era um bebê grande.

— Agora que vai me ajudar, que horas vamos estudar? — Sinceramente, ele deve ser um porre em sala de aula, só fala sobre estudos, mas até que é sexy alfas inteligentes, em comparação aos que conheço.

— Pode ser quinta-feira de manhã e terça depois das quatro, se quiser ficar até a hora do curso eu topo. — Fechei lentamente meus olhos sentindo a brisa bater no meu rosto, minhas mãos estavam próximas do peito dele.

Estava batendo tão forte o coração, será que ele tá cansado de me carregar? 

— Vamos sim, é de suma importância uma revisão antes de ir, eu sempre estudo antes. — Engraçado que eu usava o tempo só para tomar banho e me arrumar.

— Terça eu saio quatro horas, se quiser me buscar amanhã. E, gatinho, tá cansadinho de me carregar? — Sussurrei para o alfa levantando meu rosto, no mesmo cacete de segundo ele virou, meu nariz bateu na bochecha do gostosão.

Pelas barbas do profeta! Ele ta olhando para mim e sorrindo? Quer me matar? Certeza disso, olha o carro vindo ali.

— Hyunjin! — Berrei jogando meu corpo para o lado, a bicicleta veio junto e quando vi, estava comendo poeira.

E não é uma forma de linguagem conotativa, na moral: estava sentindo uma puta dor no joelho, no meio da encruzilhada perto de casa, no chão de concreto cheio de areia de construção, pelo menos minha bunda caiu no fofinho.

Quando virei meu rosto, encontrei Hyunjin deitado de lado com a bicicleta entre as pernas, ele caiu na parte mais dura. Fechei os olhos imaginando a dor que ele devia está sentindo, e em meio aos pensamentos, veio um breve replay do momento em que caímos: depois de puxar a moto, senti apenas a bicicleta empinar me jogando ali na areia, depois disso escutei um barulho de freio.

Ele me jogou ali?

— Jisung? Você está bem? — Abri os olhos rapidamente sentindo uma mão chacoalhar meus ombros, encontrei ele com o joelho todo esfolado.

— Hyunjin! Cara, você tá só o pó! — Berrei já levando minhas mãos até o rosto do alfa, virei para o lado encontrando também um leve arranhão. 

— E-eu to legal. — A voz grave do alfa saiu doce, apenas desviei meu olhar do machucado para encarar o rosto dele, o alfa estava tão vermelho que chegava a testa ficar molhada.

E puta que merda. O cheiro de alfa ficou muito forte, mas ao mesmo tempo era gostosinho. 

Diria que parece um fini, até que combina com o jeito metido mimadinho dele.

— Mentiroso do caralho! — Resmunguei já me levantando, estendi a mão para o alfa, a bicicletinha estava ali do lado no chão, talvez ele tenha arrastado e tenha jogado ali. — Anda, fofo.

— Calma! — Agora entendo o porquê de pai Jackson odiar quando falo "calma", eu to calmo, porra!

Segurei os ombros dele e puxei com força fazendo o alfa levantar em um segundo, e assim, eu não tinha vergonha na fuça. Não mesmo! E talvez por isso eu sempre entro em situações vergonhosas, como sempre, e principalmente agora com a senhora careira olhando o alfa. Careira de roubadeira, onde já se viu cobrar tão caro por um papel crepom? Sinceramente, essa vida de normalista não dá!

Amar Você Riscar. (HYUNSUNG)Onde histórias criam vida. Descubra agora