Começar. - Capítulo 6

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Terça-feira. Prova oral.

Não era nem seis e meia da manhã, mas eu já estava arrumado e bebendo um copo cheio de café, não acredito que vou ter que falar em inglês na frente da professora Jihyo. Não é por ela, na real, ela é a melhor professora de inglês de todo curso, mas o problema está em mim.

Joguei minha cabeça para trás encostando na geladeira, estava tão focado na minha desgraça, que levei um baita ataque cardíaco, meu coração acelerou e me afastei tão rápido que algumas gotas de café caíram no chão. 

— Calma, Jisung, sou eu! Tá devendo, é? — Encarei pai Mark, que estava até que bem humorado para limpar a casa e me levar para escola. — E passa pano aí, só tem gente para sujar, agora limpar? Cadê?

Suspirei lento, nem tinha comentado nada, e nem iria. Eu era o primeiro filho, não podia errar porque sempre estavam me observando, e agora que eu descobri meu fracasso em inglês? Nunca! 

— E já tá na hora de ir, hoje vou direto para o curso. — Resmunguei pegando a mochila, joguei nos ombros e passei água no copo. 

Assim que fui para o portão, depois de quase cair com o carro de pai Jackson no meio do quintal, vi ele descendo as escadas já resmungando. Ele insistia em trabalhar de manhã sendo que odeia, engraçado de ver, mas lidar não, ainda bem que eu já estava de saída. 

— Porra, Mark, você deixa a merda do sapato na passagem. — Segurei uma risada já vendo que eles iam brigar, depois da separação deles as brigas pareciam mais engraçadas.

Ainda mais porque enquanto pai Jackson brigava, Mark sorria se aproximando com um sorrisinho.

Eu parecia com ele, talvez por isso eu dê mais trabalho.

[...]

— Isso são horas, Jiripoca? — Assim que entrei na sala, encontrei Minho sentado na mesa com um sorrisinho. — Que exemplo!

— Vá catar teus perdido, Minho. — Empurrei ele da minha mesa jogando a mochila ali, puxei da calça o celular para colocar na mesa, mas então, enquanto abria a blusa branca para mostrar minha blusinha azul que mostra a barriga, vi um acessório ridículo no alfa. — E qual é a da bolsinha? 

— É estilo, tá? — Ele ainda teve a cara de pau de empinar aquele nariz fino, e como se aquilo não bastasse, sentou na cadeira na minha frente me encarando com tédio. 

— Hetero é uma graça. — Provoquei desbloqueando o celular.

— Se liga, Jiripoca, eu tenho estilo e você é invejoso porque não tem uma pochete de rolê… — Ele continuou, mas tudo parou, eu não ouvi mais nada quando vi pela barra de notificação. 

A primeira era do Hyunjin escrito: Bom dia, Jisung! Espero que tenha dormido bem, eu pensei bastante para te ajudar. 

Foi inevitável me lembrar do sorriso dele, os olhos sumiam e com certeza ele diria essa mensagem todo vermelho se fosse pessoalmente. 

A segunda foi a que me desestabilizou, e não era do kakao. Mas o problema foi o user que enviou e por isso, meu sorriso sumiu e deixei a mensagem de Hyunjin de lado.

"Oi, eu te vi pelos corredores e parece legal, meu nome é Yuta e sei que vive me olhando." User: YuNakamoto.

— Lee Minho! Minho, Lino do cano da moto do paraíso! — Falei lento segurando o ombro dele, sentado atrás dei um pulo ainda sentado, ele me encarou como se eu fosse um imbecil. — Adivinha quem me mandou mensagem? 

— O teu leite ninho? — Ergeu o canto dos lábios me encarando de cima a baixo. — Nada novo, certeza que ele deve ter um crush em você. 

— Crush, Minho? Quem diz isso hoje em dia? É paquera! — Corrigi apertando na mesma hora na mensagem do Yuta, logo indo para a conversa. 

Amar Você Riscar. (HYUNSUNG)Onde histórias criam vida. Descubra agora