Não quero criar problemas

50 6 0
                                    






Após várias horas nas salas de cirurgias, amanhece em NY e Callie resolve passar no quarto de Arizona. Ela ainda dormia quando a latina abrira a porta. Algumas mechas de seu cabelo que estava presa em um coque escaparam e caíram em seu rosto, seu peito subia e descia calmamente. Os médicos logo viriam acordá-la então Callie se senta e vela alguns minutos de seu sono. A loira sente sua presença e desperta do sono.

-Ei! Um sorriso brotava de seu rosto expondo suas covinhas. -Disse para não se preocupar. Arizona falava enquanto terminava de abrir os olhos acreditando que ela passara a noite lá.

-Até parece que eu ficaria aqui a noite toda. A morena brincava.

-Teve uma emergência. Me chamaram, e cá estou eu esperando você acordar, os residentes já vão chegar para as visitas. Meu plantão terminou a 1 hora atrás, vai dar tempo de tomar um café antes de passar nos quartos.

-Como está Sofia? Arizona perguntava pegando seu telefone conferindo seus e-mails e mensagens.

-Estava meio preocupada, mas já a tranquilizei. Callie respondia olhando seu rosto concentrado.

-Seja sincera é grave? A loira encarava sua mão marcada com o curativo tapando o acesso a sua veia.

-Ainda não sei vou buscar as atualizações do seu caso. Levantava da poltrona e seguia com seu jaleco.
Logo em seguida ela volta com o grupo de residentes e eles apresentam o caso.

-Arizona Robbins, 41 anos, admitida aqui ontem a tarde com uma infecção e excesso de cartilagem no joelho.

-Estamos cuidando da infecção e daqui 10 dias poderemos fazer a cirurgia.

-Dez dias? Ela perguntava olhando para Callie com uma expressão preocupada.

-Sim. Esse e o tempo estimado para que ela desapareça e possamos prosseguir. Dr Torres responde calmamente.

-Não teria como fazer isso de outra forma? Continuava seus questionamentos. -Tenho pacientes em Seattle.

-Infelizmente não a outra maneira de seguir com seu tratamento. Um residente nervoso respondia.

-Arizona por favor não dificulte as coisas. Hoje você é liberada do hospital para continuar com a medicação via oral mais daqui a 8 dias terá que voltar para fazer novos exames e se tudo correr bem a cirurgia.

-E também vamos fazer uma biópsia para descobrir a causa da infecção. Finalizava Callie conferindo a perna da loira que ainda continha algumas manchas roxas e uma cor rubra.
Arizona olhava para cima e suspirava de dor.

-A tarde venho te buscar. Tudo bem ? Terminava o exame.

-Vou para um hotel. Não quero ficar encostada na sua casa durante 8 dias.

-Sabe que Sofia não te perdoaria se não ficasse lá em casa. Os residentes boiavam na conversa das duas.

O entrosamento delas era visto de longe. Callie analisava todas as partes do corpo de Arizona procurando manchas ou algum rastro de machucados causados pelos efeitos dos remédios. Em seus braços haviam algumas marcas avermelhadas fazendo a morena respirar fundo.

-Calliope não quero problemas. Vou ficar ótima em um hotel.

-Você não vai querer problemas comigo. Se continuar desse jeito. Vai ficar hospedada no quarto de hóspedes durante 8 dias sim gostando ou não. Não posso te deixar sozinha sem cuidados.

Arizona apenas olhava em seus olhos querendo dizer não para a oferta. Ela assina alguns papéis de formalidade e recebe outra dose dos remédios. Em um dos corredores do hospital, Callie esbarra com Penny que andava com a cara enterrada em seu tablet.

-Uou! Meu amor, cuidado. A ruiva levantava os olhos vendo uma latina com a expressão preocupada.

-Não se importaria se Arizona ficasse lá em casa até a cirurgia? Falava rápido sem respirar entre as palavras.

-Não! Vou estar na maioria do tempo em casa essa semana. Minha pesquisa finalmente acabou. Ela irá me fazer companhia.

-Jura que não ficaria chateada?

-Não. Afinal ela é a mãe de Sofia e sua amiga. Acha que devo me preocupar? A ruiva encarava os olhos castanhos que mal piscavam de nervoso.

-Não não. Que bom que você está bem com isso. Não poderia deixar ela sozinha em um quarto de hotel . A latina sorria e respirava aliviada.

-Essa sua preocupação realmente é fascinante. Penny levantava uma sobrancelha com uma cara desconfortável.

-Tenho que ir.Dava um selinho nos lábios com traços fortemente marcados.

A última fala de Penny deixava Callie pensativa. Será mesmo que seria um problema Arizona transitando no seu apartamento? Será que ela conseguiria se concentrar com a loira a poucos passos seus, com seu cheiro doce invadindo cada espaço de sua casa. Mas isso ela descobriria a noite que havia caído rápido demais na opinião da morena. Finalizando alguns pós operatórios ela segue para o quarto de Arizona,quase na porta ela ouvia algumas risadas de uma voz familiar. Sofia e ela brincavam e riam terminado de arrumar as coisas da loira.

A menina não podia estar mais empolgada, sua mãe estava indo para casa, queria passar o maior tempo possível com ela. Ela havia penteado seus cabelos em um rabo de cavalo, estava usando um regata branca pouco decotada que ficava por cima de um moletom cinza, uma calça preta e sapatilhas confortáveis da mesma cor. A morena chega no quarto ganhando um abraço de sua filha e um sorriso da loira.

-Prontas para ir? Pegava a bolsa de Arizona e a ajudava a se levantar.
No caminho até o carro Sofia era só sorrisos e pulinhos. As duas se entreolham e Callie entrelaça a mão com a da loira dando apoio para entrar no carro.

-Vocês vão me acostumar mal, sabia? Arizona colocava o cinto e Callie dava partida em seu carro prata.

-Por oito dias será tratada desse jeito a não ser que queira ficar mais tempo dentro do hospital. A morena falava prestando atenção no trânsito movimentado das ruas.

-Sem chance.
Depois de alguns minutos ouvindo músicas dentro do engarrafamento das seis horas elas chegam na casa de Callie. Um prédio comum do centro de NY Seu apartamento era grande e decorado com tons fortes. Como sempre, seu conceito de decoração ousado era claramente visto nas paredes do lugar. Elas passam pelo corredor e param na porta do quarto de hóspedes.

-Se sinta em casa por favor. A morena falava abrindo e entrando no quarto.
Ele destoava um pouco do resto da casa. Suas paredes eram de um azul claro e a cama acompanhava os tons delicados.
Arizona se acomodava na cama retirando tirando seu casaco. Callie deixava ela à vontade indo para a cozinha fazer algo leve para todas. Penny cumpria plantão em sua escala naquela noite só iria voltar no raiar do sol.
Arizona organizava suas coisas e pegava sua toalha para tomar um banho. Seu quarto era uma suíte, o que facilitava para que ela não se preocupasse com a forma que transitava pela casa. Com a água caindo em seus ombros, ela tenta relaxar demorando mais do que o normal dentro do banheiro. Seus dedos já estavam enrugados quando ela se enrola na toalha e sai para o quarto. Callie terminava o jantar e seguia para o quarto que agora pertencia a Arizona para chamá-la.

-Ari o jantar está pronto. Ela entrou no quarto sem bater esperando encontrar a loira dormindo. Porém o que seus olhos veem é totalmente ao contrário. Ela estava vestindo seus pijamas de bolinhas pretas por cima de um conjunto de lingerie preta que destacava sua pele clara.

-Ehh. O o jantar es-está pron-pronto. Você tem que tomar remédios, não deixe de comer.
A loira estava com a blusa ainda em sua cabeça.

-Já estou indo, obrigada por ter avisado, só terminar de me arrumar.
Callie fechava a porta com a boca aberta.

-Não preciso de mais nada para melhorar meu dia. A morena caminhava até a cozinha desenhando o corpo de Arizona com sua mente.


um breve instante Onde histórias criam vida. Descubra agora