Sargento Robbins

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Nos quatro dias seguintes a convivência no apartamento se parecia mais com uma guerra fria. Penny volta e meia lhe dava encaradas profundas quando estava em casa,pois já fazia algumas noites que a loira não via sua presença na hora do jantar. Callie tentava fingir que nada estava acontecendo. Os remédios de Arizona estavam fazendo efeito e a suposta infecção havia praticamente sumido. No final daquele dia Callie e ela chegam do hospital após mais um dos inúmeros checkups da loira, seu braço já estampava marcas roxas por conta dos vários exames de sangue. A morena segurava sua bolsa enquanto abria a porta do apartamento, ainda era tarde e Sofia estava em seu treino de futebol. A luz do sol que quase estava se pondo iluminava o chão da sala que estava mergulhada no silêncio.
Callie entra e se joga no sofá se espreguiçando.

-Estou tão feliz que a pior parte já está acabando. A loira se estica para pegar o puff preto que ficava perto da poltrona.

-Agora, nós vamos fazer a cirurgia e logo poderá voltar ao normal. O sorriso da morena se iluminava enquanto olhava ela correndo a mão pelo pescoço, seus movimentos eram tão delicados e tão sensuais ao mesmo tempo que Callie se perdia facilmente dentro deles.

-Pois bem Dr Torres, daqui alguns dias estará livre de mim. Ainda com a mão sobre o pescoço volta seus olhos aos castanhos que a fitavam.

Ela não fala nada fazendo bico para a loira.
-Sei que queria que eu ficasse mas tenho coisas para resolver e você também. Do outro lado da sala Arizona se ajeitava no sofá virando de bruços com o rosto na direção de Callie. -Por falar nisso chegou a conversar com Penny?

-Se ela parasse por pelo menos um minuto, está acampando no hospital e toda vez que vou falar com ela, desvia o assunto e inventa uma desculpa para sair correndo. Acho que está tentando evitar essa conversa com todas as suas forças.

-Ela continua me odiando, não é? Eu me sinto horrível por estar fazendo essa tempestade na sua vida. O observava os dedos que entravam nos cabelos castanhos os tirando do rosto.

-Ainda não entendo, se ela me odeia tanto porque concordar com isso? Ela não espera callie responder.

-Me faço essa pergunta todo dia acredite em mim. Não sei oque se passa na cabeça dela. A morena respirava fundo.

- Sei que é cedo para perguntar… Mas voltaria para Seattle? A loira se levantava e caminhava até o sofá onde estava callie sentando ao seu lado.

-tenho muita vontade, e Sofia também…. Ela para sua frase no meio sentindo o toque da mão de Arizona em sua pele.

-Sou sua amiga e quero o melhor para você, ainda mais depois de tudo o que está fazendo por mim. Fazia carinho na morena a vendo fechar os olhos com a atitude.

-Não estou fazendo nada de mais, você é especial para mim, gosto de cuidar de você. A latina pegava sua mão que estava pousada no seu rosto e entrelaça os dedos.

-Voltaria por mim? Encarava os castanhos escurecidos.

-Ficaria por mim? Devolvia a pergunta no mesmo tom, fitando o mar azul a sua frente.

As duas se olham e sorriem da situação. Arizona passa seu braço em torno do corpo de Callie a envolvendo em um abraço. A latina retribui entrelaçando seus braços na cintura a sua frente, com o peso da loira em suas costas ela deita no sofá trazendo a boca delicada de Arizona para perto demais. Trocam olhares e a loira acaba mais com o espaço entre as duas. Sentia vontade de beijar aquela boca carnuda, só que desde a última vez que fez isso no japão, só ficou com mais dúvidas pairando em sua cabeça.
Quando a morena tem o impulso de tomar os lábios para si  escuta a porta se abrindo. Já sabia o que viria agora.

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