Amor Proibido • Minsung

Meus pais são difíceis

– Lee Minho

Meu nome é Lee Minho, tenho dezessete anos e estudo num colégio particular próximo à minha casa.

Minha família é muito rígida e infelizmente muito machista e homofóbica, mal sabem eles que convivem com um garoto gay que é obrigado a aguentar eles falando tamanhos absurdos.

Eu namoro com um garoto às escondidas, e ninguém sabe; ninguém mesmo, sem quaisquer excessões.

Me é engraçado como maior parte das garotas fica dando em cima de mim, mesmo eu deixando claro que não quero nada com elas.

Meus pais, além de rígidos, machistas, homofóbicos e mais uns problemas não citados, também não se cansam de falar do meu futuro. Eles dizem que eu vou ser advogado, vou me casar com uma mulher rica e bela, e que eu terei um futuro maravilhoso. A pergunta é: eles vieram até mim questionar o que eu quero fazer da vida? E a resposta é simples, de apenas três simples letras: não.

Na verdade, eu quero ser feliz ao lado de meu namorado, quero ser dançarino e ter vários gatos pela casa, mas meus pais não estão nem aí para o que eu quero ou deixo de querer.

Bem, essa é minha vida. Sofro pressão psicológica dos meus pais controladores, tenho medo de me assumir gay e ser expulso de casa com dezessete anos, tenho medo de um dia ouvir que vou me casar com uma mulher, tenho medo de meu pai me bater por eu descumprir alguma das regras absurdas impostas a mim... Entre outras.

Sempre que estou triste me dizem que estou chorando de barriga cheia, e que sou assim por ser mimado, mas a realidade, no final, é bem diferente, e nem chorar eu posso sem ser julgado.

Mas enfim, hoje é mais um dia normal na escola, e a aula está quase acabando. Já terminei a atividade e, no momento, estou debruçado na carteira sem fazer absolutamente nada.

O sinal toca, e todos guardamos o material, descendo até o pátio.

Me despeço de alguns amigos e vou até a praça para passar um tempo com a única pessoa que se importa com meu psicológico: Jisung, meu namorado.

Chegando na praça, aguardo por algum tempo, e ele chega.

— Oi, hyung! — diz Jisung se aproximando.

— Oi, meu amor!

Segurei Jisung pela cintura e o beijei, ele continuou e colocou as mãos atrás de minha cabeça.

Separamos o beijo pela falta de ar e encostamos em uma parede.

— Como foi seu dia? — perguntei.

— Ah, normal, fiz a tonelada de lições que a professora passou e fiquei lendo meu livro; nada de novo... E o seu?

— O meu foi normal também. Logo de manhã meus pais me lembrando o quanto eu sou inútil e repetindo o mesmo blá-blá-blá de sempre: que eu tenho de estudar, para ter um futuro "porque senão, vai virar caixa de supermercado". Qual é o problema de ser caixa de supermercado? Não é um trabalho digno como todos os outros? Mas o importante é que continuamos vivos — ri.

— Pois é, meus pais são a mesma coisa, eu não entendo: qual é o problema de eu não ser médico? E se eu não quiser? Meus pais acham que vão controlar minha vida para sempre, mas espera eu crescer mais um pouquinho que eles vão ver se eu vou deixar eles me controlarem.

— Eu também. Eu quero me tornar dançarino e não quero me casar com uma mulher que não amo. Quero viver ao seu lado, se você também quiser, claro.

— Vamos viver juntos ainda, prometo — disse Jisung e estendeu o mindinho.

Juntei meu mindinho ao dele e, ao soltarmos, me aproximei e dei um selinho no mais novo.

— Te amo, hyung — disse Jisung e sorriu.

— Também te amo.

Nos sentamos em um banco da praça e ficamos conversando e trocando carícias, como sempre, até que deu minha hora, e eu tive de voltar para casa.

— Já são seis e meia. É melhor eu voltar, senão vou ser obrigado a ficar ouvindo desaforo da minha mãe — disse e me levantei.

— Tudo bem. Nos vemos amanhã, então?

— Sim, até amanhã! — disse e dei um selinho demorado em Jisung.

— Até amanhã, então — se levantou e nos despedimos.

Voltei para casa e continuei vivendo minha vida normalmente.

~ NOTAS DA AUTORA ~

Nova fic, espero que gostem! 🥰

Nota de reescrita: meu Pai, quanto erro de concordância tinha aqui! De pontuação e ortografia em geral também. Só levemos em consideração que essa fanfic foi escrita pelo eu de 2022; eu evolui muito desde lá!