Trabalho Em... Grupo!?

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~ POV Han ~

Me chamo Han Jisung e tenho dezesseis anos, moro com minha mãe e com meu pai e estudo num colégio particular que infelizmente é meio longe de casa, mas consigo ir e voltar andando.

Meus pais querem que eu seja médico, dizem que algum dia, vou me casar com uma mulher e ter um filho, mas a verdade é que eu não quero nada disso.

Na realidade, eu e Minho, meu namorado (secreto), queremos viver juntos, independente do que vão falar. Minho diz que quer ser dançarino, já eu, não tenho muita ideia da minha vontade, mas quero trabalhar em casa, já que tenho fobia social e chego ao ponto de não conseguir dizer ao menos um "oi" para alguém que não conheço muito.

Meu pai não se cansa de falar do meu futuro, mas algum dia quero me livrar disso.

Eu não sei porque eles gostam tanto de falar e pensar em meu futuro. Quem decide meu futuro sou eu, não eles.

Eu e Minho começamos a namorar há pouco tempo, mas nós temos uma conexão incomum, acredito que sejamos algo como almas gêmeas.

Bem, eu estava na escola, faltavam uns dez minutos para acabar a aula, quando a professora se levantou e anunciou um trabalho. O problema em si, não era o trabalho, era que teria de ser feito em grupo, e meu grupo seria formado por pessoas praticamente estranhas, já que não falo com literalmente ninguém da sala.

- Quem vai formar os grupos sou eu! - a professora anunciou, me deixando um pouquinho mais calmo. - Grupo um: Changbin, Felix, Hyunjin e Jisung...

Hyunjin... Quer dizer então que ele está em meu grupo? Era só o que me faltava.

Eu e Hyunjin sempre tivemos uma certa rivalidade, nunca nos demos bem, desde a sexta série brigamos como cão e gato, já chegamos a sair no tapa, sem falar das inúmeras vezes que fomos parar na diretoria por brigar.

Com o tempo, fomos obrigados a aprender a nos aturar, mas continuamos sem ter amizade.

Olhei à minha volta, Vi que Hyunjin me olhava como se fosse sugar minha alma, peguei a garrafa d'água e bebi quase toda como indireta. Parece que Hyunjin entendeu o recado, já que desviou o olhar rapidamente.

Fui até a carteira de Hyunjin e parei em sua frente, como quem não quer nada.

- Pelo visto seremos obrigados a lidar com nossas diferenças... - comentei num tom sarcástico.

- Realmente, a vida prega peças.

Voltei à minha carteira e me sentei novamente.

O sinal bateu, todos os grupos haviam se formado, mas eu nem ouvi nada.

Bem, quanto aos outros integrantes do grupo... Não os conheço muito bem. Changbin só fala com os alunos do segundo ano, e já que somos do primeiro... É, não tem como saber muito sobre ele.

Já Felix, a única coisa que reparo sobre ele é que tem muita amizade com Hyunjin, até demais. Desconfio que eles tenham uma amizade... Colorida...

Mas quem sou eu para julgar, não é?

Guardei meu material e desci para o pátio, vi Minho saindo pelo portão e trocamos olhares por alguns segundos, mas na escola, combinamos de nos tratar como estranhos, para que ninguém perceba nada.

Saí da escola e fui até a praça, como de costume, e Minho estava lá.

- Oi, meu pequeno! - disse Minho se aproximando.

- Oi, hyung!

O mais velho me segurou pela cintura e eu entrelacei meus dedos atrás de seu pescoço, juntando nossos lábios em um beijo calmo e cheio de sentimento, até que bateu a falta de ar e separamos.

- Como foi o dia do meu príncipe? - perguntei me sentando no banco da praça.

- O mesmo de ontem, e o seu? - respondeu sentando-se ao meu lado.

- Posso dizer o mesmo, a manhã e a noite são as piores horas...

- Concordo, ouvir meus pais enchendo minha cabeça de minhocas achando que estão me convencendo é bem pior que fazer uma tonelada de lições na escola.

- Pois é...

- Mas algum dia isso vai ter fim. Ninguém vai nos controlar mais daqui um tempo, nós vamos ser livres, juntos.

- Com certeza, vamos sair dessa bolha e descobrir o mundo lá fora, quero descobrir tudo que foi escondido de mim até hoje.

- Quero ser feliz, conhecer o mundo, fazer algo que amo sem me preocupar se serei rico ou não. A vida é curta e ao invés de me preocupar com o material, quero buscar a felicidade...

- Somos dois...

- Mas... Sabe, sem você, eu não consigo ser feliz... Você promete não me deixar?

- Prometo, você é a única pessoa que se importa comigo de verdade, o único que me entende... Como eu poderia te deixar?

- Você sempre será meu esquilinho.

- E você, meu gatinho.

Segurei as mãos do mais alto sem deixar de olhar em seus olhos.

- Nosso amor é maior que qualquer problema, nada vai nos impedir de sermos felizes - disse.

- Com certeza.

- Eu estive pensando e... O que você acha de deixarmos de nos tratar como se não nos conhecêssemos na escola?

- É... Podemos, mas eu tenho um certo receio de não conseguirmos esconder nosso namoro... Já vi pessoas de nossa escola chegando a sofrer bullying por ser homossexual e isso me assustou bastante... Mas podemos tentar...

- Não vai acontecer nada, vai dar tudo certo. Tem dois meninos na minha sala que faltam escrever na testa que são namorados e nada acontece.

- Realmente, é uma boa ideia, mas não vamos deixar tão explícito.

- Okay.

- Bom, deu meu horário. Infelizmente, o tempo voa e nunca conseguimos ficar muito tempo juntos... Mas enfim, vamos deixar de nos tratar como estranhos, então - riu e se levantou.

Me levantei também, o abracei e ele me abraçou de volta.

- Tchau, te amo, hyung.

- Também te amo, pequenino.

Separamos o abraço e seguimos cada um seu rumo, voltando para casa.

~ NOTAS DA AUTORA ~

Eu tô começando a achar que a história vai ser bem curtinha, mas ainda não tenho certeza.

Estão gostando? Espero que sim, até o próximo capítulo!

Amor Proibido • MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora