O primeiro round de sexo, como Simone havia chamado, fora maravilhoso. Rebolei para ela e percebi, em seu olhar, o quão envolvida ela estava em tudo que fazíamos. Simone talvez fosse a prova viva de que quanto mais a gente provoca alguém, melhor é o resultado no final.
E que resultado. Agora ela achava que precisava provar algo para mim, coitada.
Não sabia que provava toda vez que me agarrava pela cintura e enfiava a cabeça na curva de meu pescoço.
Hoje ela havia me dito que era minha Simone. Eu quis agarrar em seu pescoço, beijar sua boca e não soltar nunca mais. Eu morreria e renasceria em seu lábios quantas vezes fossem precisas só para ter novamente a sensação que era ser vivida por Simone Tebet.
Sim, vivida.
Simone parecia viver cada pedaço de mim, parecia querer me desbravar e descobrir os meus pedaços mais obscuros. Às vezes eu sentia como se ela fosse capaz de desvendar qualquer coisa sobre mim só de pousar o seu olhar no meu – E Deus sabia o quanto isso me assustava diariamente.
Simone me fizera sentar em sua boca, e eu rebolei como se o mundo dependesse disso para continuar existindo. Sua língua era habilidosa, sabia exatamente a velocidade e os movimentos que precisava fazer para que o meu gozo viesse com a força que eu precisava – Era como se ela tivesse mapeado cada parte de mim, criado um manual de instruções e, pronto: sabia exatamente o que fazer, quando fazer e como fazer para me deixar à beira da loucura.
Eu sairia daquele quarto direito para um hospício, pois eu estava louca. Estava louca por uma mulher nove anos mais velha, doce como suco de limão e fodidamente deliciosa. Simone nua era uma imagem que eu torcia para nunca esquecer, pois eu não queria que s urvas de sua cintura, o vale dos seus seios e o volume de sua bunda caíssem no meu esquecimento.
Isso sem contar nos detalhes que a compunham.
A pequena cicatriz no lado direito do pé de sua barriga.
A cor rosada de seu mamilo.
Os pequenos e ralos pelos que nasciam numa linha abaixo de seu umbigo.
Detalhes imperceptíveis que compunham o conjunto da obra que formava a primazia chamada Simone Tebet. Ela era linda e eu precisava fazer uma nota mental de contar isso para ela na primeira oportunidade que tivesse.
Eu nem sabia se ela tinha noção do quão maravilhosa era em tudo que se propunha a fazer. Seus dedos eram habilidosos e precisos, sabiam os locais exatos de meu corpo onde pressionar para causar as mais diversas sensações prazeirosas em mim. Sua boca era quente, úmida, macia. A língua corria por minha pele deixando um rastro de saliva só seu, a prova de um crime perfeito que estávamos cometendo naquela noite.
E que eu gostaria de cometer por todas as noites em que ela ainda estivesse ali na Fazenda. Não era o momento de pensar nisso, mas talvez fosse ser mais difícil do que eu imaginava o dia em que Simone iria embora e tudo o que vivemos não passasse de uma lembrança distante e saudosa.
Agora, Simone havia se movimentado e prendido meu corpo sob o seu, as pernas encaixadas entre as minha.
- Então, So-ray-a. – Soletrou meu nome, as curvas de sua boca se movimentando lentamente. Apoiou sua coxa contra meu clítoris, iniciando um pequeno incêndio ali, e logo voltou a falar. – Sabe, eu fiquei muito chateada quando você falou aquilo sobre eu ter medo de mulher gostosa.
Ela enfiou o rosto no vão de meu pescoço e começou a distribuir chupões barulhentos por ali.
- Eu menti? – Provoquei.
A quem eu queria enganar? Simone me mataria naquela cama só para me ressuscitar e matar novamente.
- Eu juro, Soraya... Você não tem ideia do quanto eu quis fazer isso. – Usou seu tom de voz mais grave, aquele que ela reservava para quando queria fazer ameaças nada veladas. – Você é tão... gostosa.
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FAZENDA OLIMPO [Simone | Soraya]
FanfictionSoraya Thronicke queria tudo, menos a responsabilidade de administrar uma Fazenda falida. Localizada no coração do Mato Grosso do Sul, a Fazenda Olimpo outrora se destacou por sua extensiva criação de Gado e por possuir um Haras capaz de exportar...