13. Menos a Você

4.2K 395 1K
                                    

Já sabem: Quando a música for citada, podem dar play e deixar no repeat. Vocês vão gostar 💙

Recostada numa cerca de madeira, apoiada em um pé só enquanto o outro descansava em uma das barras da cerca, Simone provava ser uma das mulheres mais lindas que eu já vi na vida

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Recostada numa cerca de madeira, apoiada em um pé só enquanto o outro descansava em uma das barras da cerca, Simone provava ser uma das mulheres mais lindas que eu já vi na vida. Ela conversava animadamente com Luís sobre o redondel que ele havia construído, e sobre possíveis melhorias para o lugar – já que ele agora queria investir em animais melhores.

Senti que fui excluída da conversa, mas nem me importava – me importava mesmo em ver que duas pessoas que eu gostava muito estavam se dando bem. Eles falavam sobre cavalos velozes, vaquejadas e tudo o mais – assunto que eu entendia, obviamente, mas não dominava e não queria passar vergonha.

Por vezes, Simone olhava para mim sorrindo e perguntava "não é, Baronesinha?", e eu apenas assentia. Não havia muito espaço para discordar dela, afinal, quando se tratava de Fazenda, quando é que Simone havia errado? A sua inteligência era algo a se admirar, o tanto que ela entendia sobre o agronegócio chegava a ser assustador.

Ela havia nascido pra viver aquilo.

Quando um dos empregados de Luís veio nos avisar que o almoço estava pronto, eu percebi que estava com fome. Levamos os cavalos de volta à sede, Simone tomando sempre o cuidado de se manter atrás de mim para me proteger – sabe Deus do quê.

A equipe de Luís era realmente muito boa, pois, assim que chegamos na casa, não somente a grande mesa de madeira estava recheada com os mais variados tipos de comida, como também três peões nos aguardavam para ajudar a descermos e levar os cavalos para a sombra.

Minha diaba interior apareceu e gargalhou quando Simone parou o cavalo ao lado do meu e dispensou a ajuda do peão, tanto para si quanto para mim.

- Eu ajudo ela, rapaz. – Avisou. – Mas, obrigada.

Fora educada, porém incisiva. Precisava tratar o ciúme.

- Ninguém pode me ajudar mais? – Resmunguei. – Na verdade, nem de ajuda eu preciso, né, Simone.

Ela já estava ao meu lado e segurava o cabresto do cavalo.

- Tem duas opções: ou eu te ajudo, ou você desce sozinha. – Deu um leve carinho em meu joelho. – Qual das duas será?

Escrota.

Também não deixaria que ela afetasse o meu orgulho e amor próprio.

- Vou descer sozinha, então. – Desafiei.

Assisti Simone respirar fundo e tirar a mão do meu joelho. Ela passou a língua pelos dentes, no típico ato de quem estava extremamente contrariada. Não me importava, Simone precisava entender que eu não era sua propriedade e que não havia problema em outras pessoas me ajudarem.

- Você que sabe, Soraya. – Seu tom de voz era duro. Virou-se de costas para mim e anunciou para os peões de Luís, antes de entregar o cabresto em minhas mãos: - A baronesinha vai descer sozinha. Ninguém, eu repito ninguém, ajuda.

FAZENDA OLIMPO [Simone | Soraya]Onde histórias criam vida. Descubra agora