8. A Melhor e Mais Linda Parte

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1) Coloca o capacete, que lá vem pedrada.
2) ja sabem, né? Citei a música, podem dar play: roça em mim, a pedidos.

Achei estranho quando desci e não encontrei Soraya esperando para o café da manhã

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Achei estranho quando desci e não encontrei Soraya esperando para o café da manhã.

Pensei que seria uma boa ideia adentrar seu quarto e tomá-la em beijos – como havia feito no dia anterior -, mas depois reconsiderei a ideia e me resumi a comer um delicioso bolinho feito por Fairth. Provavelmente eu voltaria para Minas Gerais uns cinco quilos acima do meu peso normal, mas quem se importava?

Iria aproveitar enquanto pudesse.

Usei aquele tempo sozinha com minha mãe para perguntar sobre sua saúde, sobre a saúde do papai e garantir que eu voltaria lá no sítio em breve. Primeiro, eu precisava muito passar vinte minutos que fossem com Soraya – sem sentir vontade de arrancar suas roupas – e ter uma conversa franca sobre os rumos da Fazenda.

Já era Segunda-Feira, afinal, e eu estava completando a minha primeira semana ali.

Conseguimos 230 mil reais com a venda dos cavalos, o que era ótimo, mas nem chegava perto do que precisávamos conseguir. Somados aos 30 mil da corrida de cavalos, nosso caixa era de 260 mil reais. Ok, Simone. 4 milhões e setecentos mil em três semanas.

Eu sentia que deveria largar aquela vida do agronegócio. Quer dizer, largar duas vidas: a vida do agro e a vida de gostar de mulher. Todo o castigo que havia nessa vida era destinado a aqueles que, por ventura, ousaram gostar de alguma mulher no mundo.

Não que eu estivesse gostando. Eu não gostava de mulher nenhuma em específico, mas havia aquela que fazia com que meu coração batesse no meio das pernas, e a convivência com ela estava a dois passos de me levar à loucura. Conviver com Soraya Thronicke era morrer todo dia e, ainda assim, continuar vivendo.

No dia anterior, eu requeri todo o meu auto-controle para não tirar a sua roupa e dar o que ela tanto estava me pedindo ali mesmo, no estábulo. Em respeito aos cavalos, não o fiz.

Por Deus, a quem eu quero enganar?

Eu não fiz por medo. Pela primeira vez na vida, eu tive medo do que poderia acontecer se eu resolvesse me entregar ao desejo que eu sentia por alguém. Soraya nunca fora alguém qualquer em minha vida, e isso se refletia em tudo – desde o modo como eu amava tirá-la do sério só para vê-la bravinha, até o modo como eu sentia a necessidade de cuidá-la e protegê-la de todo e qualquer mal que esse mundo tinha para oferecer.

Até de mim mesma.

Além do medo por ela, havia o medo de que minha família descobrisse sobre o nosso envolvimento e, porra! Eu sabia que eles não aceitariam. Embora eu conseguisse sobreviver sem a minha família, não tinha certeza se Soraya seria capaz de continuar existindo num mundo onde não houvesse Dona Fairth e Seu Ramez. Às vezes parecia que Soraya era mais da família do que eu, e isso me acalentava e assustava na mesma intensidade.

FAZENDA OLIMPO [Simone | Soraya]Onde histórias criam vida. Descubra agora