Capítulo 10

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-Walker, eu....(ele me cortou)

_Não precisa responder agora. (seus olhos marejaram)

Aquela cena quebrava o meu coração. Eu com certeza ia explodir. Eu nunca ouvi palavras tão belas sobre mim. 

Sem pensar duas vezes comecei a chorar. 

Minhas lágrimas escorriam sobre meu rosto, não sabia se eram lágrimas ou as gotas da chuva. Eu soluçava. Queria gritar de tanta dor. De tanto....amor.

Eu nunca havia sentido aquilo. Não sabia o que fazer. Eu tenho medo, medo é muito medo.

Walker parecia confuso. Ele tinha se levantado e ficado longe de mim para se confessar por mim. Ele estava se aproximando devagar. 

Eu corri para seus braços, segurei sua camiseta, a apertei e coloquei  meu rosto em seu peitoral em meio ao abraço. Ele envolveu seus braços em volta de mim. Ouvi seus soluços e seu choro. Ele estava chorando? Por quê?

Com ele eu nunca me senti...como me sentia. 

Em um ato eu quebro aquele silêncio choroso.

-Somos dois solitários que se encontraram. O universo queria isso. Você é o garoto que não consegue parar de chorar, aquele que se encontrava no chão, mas com um sorriso disfarçou tudo e escondeu seu verdadeiro eu. E eu sou a garota que...desistiu de tentar e sempre se perguntou onde estava todos que diziam a amar. Mesmo eu duvidando do amor de todos. O seu amor eu não consigo duvidar, você me traz conforto, me traz confiança, minha felicidade, por favor não quebre me coração, por favor. Só te peço isso. O que eu sinto por você é algo tão inacreditável e que eu nunca senti. Eu tenho medo Walker. Eu tenho medo (eu estava tremendo) Por favor me ame e me proteja. Senti uma dor insuportável a minha vida toda até aqui e me prometa que você não vai ser aquele que vai ser um deles(levantei minha cabeça e olhei em seus olhos)

_Eu prometo com todo o meu coração. Anna, eu nunca te machucaria, nunca faria o que fizeram com você. Eu ouviria você falando de tudo sobre você sem me cansar. Te protegeria até da morte. Pularia de um trem por você. (ele encostou sua testa na minha) Eu quero você comigo princesa.

Ficamos assim por um tempo até eu pegar em sua mão que estava em meu rosto. Olhei em seus belos olhos azuis como o mar que estavam cheios de lágrimas e ele olhou para mim, meus olhos escuros como o abismo marejados. 

Decidimos entrar. Quando estávamos nos secando, não trocamos uma palavra enquanto isso.

-Deixa eu secar seu cabelo, vem aqui (peguei a toalha e comecei a secar ele, sem ao menos ouvir sua resposta)

Sequei seu cabelo e sua pele que era tão macia. Eu cheguei perto demais de seu rosto, nossas respirações se cruzaram, e ele se inclinou com rapidez e me deu um beijo. O beijo mais sincero e doce que já vi e senti. Ele parou e me deu mais um selinho e outro e outro. Comecei a rir. 


Você não cala a boca?-Walker ScobellOnde histórias criam vida. Descubra agora