10 | castelo de cartas.

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Quando eu sai do banheiro, tentei não demonstrar o quão decepcionado me sentia. A ideia de que eu teria confundido as suas intenções me aterrorizava dentro da mente. Talvez enquanto ele estivesse querendo apenas um novo amigo, eu o quisesse como um amante.

Céus, ele nunca mais iria querer falar comigo.

Respirei fundo, arrumando os meus cabelos com a ponta dos dedos.

De vez em quando, na caminhada até o estacionamento, Jimin comentava algumas coisas sobre a sua cidade natal, Busan. Coisas essas que entravam pelo meu ouvido e saiam pelo outro lado, por mais que eu quisesse saber sobre ele. E como queria!

Mas ele também queria saber sobre mim? Não era o que aparentava.

Nós finalmente estramos em seu carro, e o caminho até a minha casa foi silencioso.

Ao chegarmos, ele saiu do carro e abriu a porta para mim, e eu a fechei, assim como fiz horas antes. Parados, nos encaramos por segundos que se passaram rápido, e então eu me aproximei dele e o abracei forte.

Park me abraçou de volta, mas não na mesma intensidade.

Isso fez com que eu o soltasse logo, por mais que gostasse da sensação dele tão perto.

ㅡ Bom... Tchau, Park. Chegue bem em casa. 

ㅡ Obrigada, Jungkook. Se cuide. ㅡ Pediu. O de cabelos escuros sorriu, acenou e voltou para dentro do carro.

Observei ele ir embora com a sua Buick Electra velha. Esperei que ele voltasse e dissesse algo a mais para mim, mas isso não aconteceu. 

Simplesmente entrei em casa, a decepção e sensação de insuficiência tomando conta de mim.

O castelo de cartas que eu havia construído naqueles últimos meses estava desmoronando sozinho.

1954 | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora