Capítulo 1

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N/A: Então gente é o seguinte, eu criei essa fic pra mim, mas eu demorei muito tempo fazendo essa capa, sério foram horas e usando 2 app de edição ao mesmo tempo um inferno, então achei justo compartilhar.

🕷🖤🐺💖

Enid Sinclair - 9 anos

Era um dia completamente comum, meus irmãos estavam brincando no jardim de algo que eu não entendia muito bem os mesmos gostavam de brigar de mentira e rolar na grama/lama, eles eram todos meninos mais velhos e eu a única menina, sempre fui a esquisita do bando, a abandonada, excluída. Minha mãe sempre quis uma filha menina, mas quando eu nasci ela se decepcionou logo de cara, pois eu era muito pequena e frágil demais.

Estava no meu quarto pintando minhas unhas, era um dos meus passatempos preferidos. De repente ouvi a voz da minha mãe alterada e decidi ouvir através da porta.

"Isso é terrível! Nossa família repousa nessas terras a milhares de gerações e esses forasteiros acham que podem chegar e roubar assim!?" -Era definitivamente a voz da minha mãe e a mesma parecia muito irritada.

"Talvez só queiram um refúgio dos outros normies assim como nós." -Era a voz do meu pai Murray.

"Precisamos convocar uma reunião com o alfa, é inadmissível essa o invasão!" -Seja lá quem for, espero que tenha ouvidos bons e muita paciência para aguentar a minha mãe.

Esther/minha mãe entrou no meu quarto e não deu 1 segundo e ela já começou:

-Enid! Que unhas são essas querida? Você está tão... Colorida, vamos tirar e ficar mais apresentáveis, faremos uma visita ao clã.

-Mamãe, eu tenho que ir? Queria ficar em casa.

-Óbvio que você precisa ir, é minha filha e precisa ser vista com seus irmãos. Vamos te arrumar para que pareça um filhote normal.- Eu ia pegar meu vestido colorido, mas mamãe repreendeu. -Vamos a uma reunião e não a um circo, deixe a roupa espalhafatosa para você querida, ninguém é obrigado a ver seu péssimo senso de moda. Quando estiver lá faça tudo o que eu mandar, não queremos envergonhar nossos anciões.

Já estávamos saindo de casa e entrando na mine van quando notei que o castelo abandonado a anos que ficava ao lado de nossa casa foi finalmente ocupado.

-Mamãe, quem são aqueles?- Perguntei assim que vi um menino com um arco e flecha acertando a xícara de um homem que lia o jornal.

-São inquilinos que já vão se mudar, fique tranquila querida que logo eles vão embora.

E eles nunca mais foram embora, mamãe irritou os anciões com suas reclamações, mas eles nada podiam fazer já que o terreno estava à venda a anos e ninguém gostaria de comprar uma casa ao lado de uma matilha de lobisomens, mas aquelas pessoas quiseram.

Meus novos vizinhos eram pessoas distintas, a dona da casa vivia indo ao jardim toda manhã cortar as rosas e deixava os espinhos, a vovó parecia uma bruxa de contos de fadas, o pai era loucamente apaixonado pela mãe, o tio deles... bem era estranho demais para a minha compreensão e as crianças brincavam com facas e objetos perigosos, por mais estranho que eles fossem pareciam se amar bastante, eu conseguia ver da minha janela, observá-los se tornou um hobby.

Era raro eu sair do quarto, agora nas férias ficava pintando as unhas, lendo revistas de fofoca e brincava com meus ursinhos de pelúcia, ao contrário dos meus irmãos.

Eu estava lendo uma revista quando ouvi um barulho na minha janela, achei estranho e ignorei, ouvi de novo e fui até a mesma e observei duas flechas caídas na minha varanda, de onde isso tinha vindo eu sabia, mas porque jogaram aqui? Será que não tenho sido uma boa vizinha? Esse pensamento me deixou um pouco triste, então resolvi ir até a casa ao lado e perguntar o por quê.

Eu estava na frente da casa e apertei a campainha, um mordomo que parecia um morto vivo atendeu a porta.

-Olá bom dia, eu vim conversar com a pessoa que atirou isso em minha janela.- Eu mostrei as duas flechas e o mesmo me guiou até um escritório, entendo lá eu vi um homem fumando um charuto.

-Oh uma menina! Que gracinha filhotinha, o que quer aqui criaturinha?

-Bom dia, meu nome é Enid e sou sua vizinha, vim devolver as duas flechas e gostaria de saber quem as jogou na minha janela e o por quê.

-Bom Enid, sou o Gomez, seja bem vinda a minha casa, provavelmente meus filhos estavam brincando e sem querer essas flechas caíram em sua janela, está com fome? -Assenti e o mesmo me levou pelos corredores até a cozinha, chegando lá eu vi a vovó preparando o almoço.

-Oh uma garotinha loba, que prazer em vê-la.

-O prazer é meu senhora. Não querendo ser invasiva, mas posso ir ao banheiro?

-Claro, segue reto até o corredor, vira a esquerda, anda até o final de volta, chega nas escadas e sobe na direita, a segunda porta na esquerda querida.- A vovó disse enquanto cozinhava em um caldeirão. -Lave-se bem para o almoço.

Sorri antes de sair do corredor, eu estava um pouco nervosa e acabei me perdendo, cheguei em um corredor onde tinha várias portas e eu não sabia qual abrir, era para abrir uma porta que daria até um corredor?

Respirei fundo e abri uma porta, logo vi que estava enganada, pois aquele certamente era um quarto de tortura, tinha guilhotina, facas, uma cadeira elétrica, bonecas decapitadas.

-Posso ajudá-la?- Uma menina em preto e branco levantou da cama, descruzou os braços ela usava um vestido preto e seus cabelos tinham trancinhas.

-Eu gostaria de achar o banheiro, mas me perdi.

-Venha eu posso te acompanhar.- A garota me levou até um corredor estreito, escuro e cheio de teias de aranhas. -A última porta.

-Obrigada, me chamo Enid Sinclair. -Sorri estendendo a mão, a garota olhou a mesma e respondeu:

-Wednesday Addams.

-Por acaso sabe de onde veio essas flechas?- Mostrei as duas que eu segurava.

-Feioso estava treinando hoje de manhã, ele não tem uma pontaria muito boa.

-Entendo.- Deixei as flechas com ela enquanto usava o banheiro, assim que sai não vi a mesma lá, engoli em seco, pois não sabia o caminho, continuei andando até que vi a mesma menina segurando uma faca de açougue.

-Oh você ainda está aqui, por acaso viu meu irmão? Gostaria de brincar com ele.

-Bom, não vi e por acaso me perdi de novo, pede desculpa a sua vó, não vou conseguir almoçar com ela a minha mãe não sabe que eu vim e preciso voltar pra casa.

-Eu posso te levar até a saída.- O caminho foi silencioso, a menina parecia bem concentrada no jogo do não pisque, já que ela não piscava em momento algum.

-Obrigada pela ajuda, até mais.- Fui dar um abraço na mesma e ela se afastou. -Até mais Wandinha.

-Adeus Enid.- E foi ali o meu último contato com Wednesday, pois minha mãe surtou quando eu disse onde estava, ela simplesmente me mandou para um colégio interno, pois eu não era uma loba boa o bastante para conviver com minha matilha e estava interagindo com uma má influência, palavras dela.

Vizinhos |Wenclair + Concluída|Onde histórias criam vida. Descubra agora