Capítulo 8

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N/A: Me perdoem pelo capítulo pequeno.

🕷🖤🐺💖

Wandinha Addams. Pov

Com toda certeza Enid Sinclair é um mistério eminente, Lucille comentou algo sobre se conectar com sua loba e isso pode ter algum sentido, pois o que vi essa manhã foi uma luta da loba vs Enid, certamente a lobisomem estava enfrentando alguns problemas, definitivamente a loira precisava de ajuda, espero que encontre alguém disposta a ajudá-la.

  E de novo me pergunto, porque isso é problema meu? Por que estou me importando tanto com ela ao ponto de levar uma roupa minha para que ela vestisse? Eram tantas questões que invadiam a minha mente, tantos problemas sem soluções, tudo na minha vida estava bem, eu torturava o Feioso e ele me torturava, mas tudo isso mudou com sua chegada, agora era só preocupações que eu não desejava ter.

-Querida, acho que já está melhor, consigo ver sua palidez comum.- Vovó estava me examinando no meu quarto, mal sabe ela que já sai da cama e fui até o lago. -Sente dor?

-Sim.

-Perfeito, então esqueça o chá e ervas, já está completamente normal.

-Posso sair da cama?- Como se já não tivesse saído.

-Claro, mas antes de sair, sua mãe está te esperando na estufa, ela gostaria de conversar um pouco.- Engoli em seco.

-Sabe do que se trata?

-Querida, se fazer de sonsa nunca foi do seu feitio, óbvio que sabe o motivo.- Quis rir, mas me segurei e ajudei minha avó levando suas coisas até seu quarto.

Fui até a estufa e encontrei mamãe cuidando de Cleópatra, sua planta carnívora de estimação, mamãe passava metade do dia cuidando dela e a outra metade torturando meu pai.

-Queria me interrogar mamãe?

-Bem, interrogar não é a palavra que eu usaria, mas poderia. Gostaria de saber o que foi fazer na floresta hoje pela manhã?- Engoli em seco, como ela sabia? Tinha certeza absoluta de que ninguém me vigiava quando sai. Mamãe e suas visões estúpidas!

-Você está me espionando?

-Wednesday você levou uma muda de roupa e voltou sem ela, então por favor seja sincera comigo.

-Por que eu deveria?

-Eu não entendo porque é tão rígida comigo.

-Você não tem nada a ver com isso, porque gostaria de se intrometer?

-Você saiu logo no raiar do sol para ver aquele lobisomem imenso que quase quebrou a parede do seu quarto não é? O que você quer com ele? Desde quando começou bancar a detetive?

-Está tão preocupada assim comigo?- Ela gargalhou.

-Óbvio que não, me preocupo com ele, o coitado obviamente estava desorientado, precisa de ajuda dos membros da alcateia dele, não sua, não sabemos nada sobre eles.

-Exatamente! Não sabemos nada sobre eles, gostaria de saber.

-Wandinha eles nos odeiam.

-Não me importo.

-Bom, tome cuidado para não machucar muito o lobisomem, pois caso a alcateia dele descobrir será o nosso fim.

-Mamãe, não confia em nossas habilidades? Que vergonha.- Ela não disse nada, apenas estava se retirando da estufa quando a questionei. -O que te faz pensar que o lobisomem era macho?

-Você sabe de alguma coisa?

-Não, apenas achei desnecessário seu machismo.- Assim permaneci sozinha na estufa, estava apreciando o silencio e a solidão quando ouvi um barulho de música, era uma música alegre demais para os meus ouvidos que estava fazendo ele sangrar quando eu percebi de onde ele vinha, por mais torturante que fosse eu poderia me acostumar com essa tortura diária.

Eu não sabia quase nada sobre lobisomens e muito menos entendia o que estava começando a sentir por Enid Sinclair, essa sensação de proteção e preocupação com ela deveria significar alguma coisa ou eu estava inclinada a sofrer de loucura pela eternidade.

Papai foi sincero comigo antes de todo esse caos na noite passada com sua transformação, ele ensinou meu irmão e eu a sermos gentil com nossos futuros parceiros, deveríamos ser respeitosos e os fazer sofrer ao nosso lado para sempre, sempre achei esse tipo de demonstração de emoções ridícula, não combinava comigo vamos ser sinceros, mas eu teria que estar aberta a pelo menos tentar aceitar esse novo fato em minha vida.

O Mãozinha entrou na estufa cansado, provavelmente me procurou pela mansão inteira, ele se aproximou de mim e disse que eu deveria ir vê-la.

-Não temos nada para que eu vá até lá vê-la.- Ele disse que se eu não fosse lá ela não viria aqui. -Ótimo, não aprecio a presença dela mesmo.- Então ele disse que se não fosse ficaria sem meu conjunto de moletom. -Ok eu vou ir lá, mas deixando claro que é pelo meu moletom.- Ele quis debochar, mas o olhei e ele parou imediatamente com a zombaria.

Eu esperei o anoitecer e fui sorrateiramente até a casa dos meus vizinhos, provavelmente uma hora dessas todos estavam jantando juntos em um único cômodo, facilitaria a minha entrada sem ser vista, invadi a sala e vi que todos estavam na cozinha.

"Sentem esse cheiro de cemitério?"

"Que estranho, estou com uma sensação de morte esquisita, vou fechar a janela da sala para ver se melhora"

A casa deles era imensa como a minha, mas tinha uma decoração péssima, usavam bastante o marrom e o branco, apesar de ser grande era bem fácil de se locomover, os corredores não eram tipo um labirinto como o nosso, uma pena.

Mãozinha me mostrou onde ficava o quarto de Enid, conferi se a porta estava aberta e infelizmente estava trancada, mas eu abri com facilidade, aquele trinco comum era tão amador, assim que entrei senti meu corpo todo se coçar seu quarto possuía vários bichinhos de pelúcia, tinha muitas cores, nada de cadeiras elétricas, mas sim poster de bandas pop, esmaltes coloridos, tudo parecia ser feito por uma criança birrenta.

Eu já estava ficando enjoada, minha visão estava ficando turva, senti minha respiração ir falhando e foi assim que vi Enid encolhida em um canto, parecia triste. Mas meu corpo já não estava muito em ser juízo perfeito para que eu pudesse falar alguma coisa, senti meu corpo ir ficando cada vez mais leve e minha consciência já estava se ruindo.

-Wandinha?- Foi a última coisa que ouvi antes de desmaiar.

Vizinhos |Wenclair + Concluída|Onde histórias criam vida. Descubra agora