Capítulo 6

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Não importava o castigo. Na verdade, não importava nada naquele momento. Deidara estava disposto a sair dali o mais rápido que conseguisse...

Mas não foi preciso empurrar o alfa no chão para sair de seu caminho. Clarisse, uma das empregadas da casa, entrou na sala feito uma bomba.

— C-com licença, senhor. É... O senhor Kakuzu está aqui e quer falar com o senhor! D-desculpe interrompê-los. É urgente!

Obito se afastou do ômega e juntou toda a calma que não tinha em uma contagem mental até dez. Só então virou-se para o garoto.

— Liberado.

Antes que Deidara pudesse sair feito um relâmpago dali, o alfa já tinha saído na frente, atropelando quem quer que estivesse em seu caminho. Nesse caso, Clarisse.

— É, ele está realmente bravo com você agora! – alguém falou à porta com Clarisse.

Deidara se virou para olhar e encontrou um ômega de cabelos grisalhos parado na porta, de braços cruzados, enquanto Clarisse saia correndo em pânico. Talvez pelo fato de ter entrado sem permissão na sala de seu chefe e tê-lo irritado com isso.

— Garotas são tão sensíveis, não é? – o ômega perguntou, apontando na direção onde Clarisse acabara de sumir.

— Quem é...

— Hidan. E você é o Deidara! – ele sorriu como se tivesse acabado de dar um simples bom dia a alguém. — Antes que você também pergunte, porque eu sei que vai perguntar, eu te conheço do leilão. Vi você sendo comprado por Obito Uchiha.

O ômega de cabelos grisalhos entrou na sala e sentou folgadamente no sofá.

— Eles vão demorar, acredite! – informou.

Deidara agradeceu mentalmente por isso, aliviado, e se perguntou que castigo teria recebido caso Clarisse não os interrompesse e ele tivesse empurrado seu alfa para fugir.

— Você não é de falar muito, não é? Eu já sou o contrário. Falo tanto que o Kakuzu fica uma pilha de nervos comigo. – ele soltou uma gargalhada sincera, como se lembrasse de algo cômico.

Hidan parecia o total oposto de Deidara. Ao que o loiro reparou, ele também usava uma coleira, mas não era como a sua, que só abria ao toque de Obito, a dele era mais um acessório – posto por espontânea vontade –, e não um objeto para monitoramento.

— Você e ele... Se dão bem? – Deidara perguntou baixinho, tomado pela curiosidade.

— Sim. Só talvez eu teste um pouquinho o juízo do Kakuzu, mas ele gosta, que eu sei! – o ômega sorriu fechado. — Você e o Obito já... Você sabe!

— Huh? –

Hidan fez um gesto obsceno usando o dedo médio de uma das mãos, e com a outra fez um sinal de "ok". Ainda assim, o loiro pareceu não entender.

— Sexo, Deidara. Ele dentro de você e a posição não importa. – Hidan disparou impaciente e viu as bochechas do garoto se tornarem mais vermelhas que um tomate.

— N-não.

— Já falaram sobre isso?

— Hum-Hum. – negou.

— O que vocês fazem então? Conversam, se beijam, ficam de carícias igual um casal brega...?

— Nós não fazemos nada, na verdade. Eu... Não sei se quero isso.

— Você diz isso agora. – o garoto lançou-lhe um confuso. — Os desejos de um ômega são mais fortes que os de um alfa, se quer saber. Uma hora você vai desejar isso como nunca desejou nada na vida! Talvez deseje filhos também. Bom, eu não sei. Eu não gosto de crianças então nunca desejei isso. – Hidan deu de ombros como um "tanto faz".

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