Capítulo 19

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Notas do autor:

Boa leitura! ⚡










O coração acelerado, quase saltando pela boca, não era nem por estar correndo rápido. Era por medo e ansiedade do que iria encontrar ao entrar em casa. A consciência pesada por não fazer as pazes com o namorado, não contar-lhe sobre a gravidez...

Deidara passou pelo portão menor, que ficava localizado quase nos fundos da casa, num dos jardins, e que curiosamente já estava aberto.

Ele entrou pelos fundos pois teve a certeza de ouvir pessoas na parte da frente. Não havia sinal de nenhum dos seguranças que rondavam o externo e aquilo estava preocupando o ômega, que apressou-se a entrar em casa pela porta que dava acesso à cozinha.

No local, não havia nenhuma das empregadas como de costume e nem qualquer ruído que indicasse alguém nos cômodos próximos. Deidara andou devagar até o corredor e espiou com cautela antes de começar a andar por ele.

Não sabia o que estava acontecendo, mas teve um palpite. No entanto, ele não queria pensar nisso agora. Estava ocupado demais tentando manter o coração calmo dentro do peito, mas isso estava lhe saindo uma tarefa muito mais difícil que andar nos corredores da casa como se fosse um ninja espião ou coisa do tipo.

O último lugar que viu Obito antes de sair, foi no escritório. Algo lhe dizia que ele ainda estava lá, mas algo também lhe dizia que não seria nada bom ir até lá.

Mas ele foi!

Precisava encontrar seu alfa independente das circunstâncias e falar tudo o que não falou nas últimas semanas.

Deidara chegou cauteloso na frente do escritório, e como se estivesse num dejavu, encontrou a porta entreaberta e ouviu uma voz. Não era de seu alfa, no entanto, tampouco o desconhecido que estava com ele mais cedo.

Aquela voz... Deidara a conhecia. Não só conhecia, como há muitos anos não a ouvia.

— Diga, Uchiha. É a sua última chance de dizer... Onde está o meu filho?

Era Minato.

Deidara recostou-se sobre a parede, sentindo-se fraco de repente. Talvez toda aquela situação o tenha baixado a pressão, mas não podia ser fraco agora. Não quando seu pai estava prestes a matar seu alfa por achar que ele o tinha lhe tirado de si.

— Você teve a sua chance, Uchiha.

As palavras do Namikaze foram suficientes para subir o nível de adrenalina no corpo do ômega. Ele entrou no escritório e correu até seu alfa, que encontrava-se ferido no peito e sentado com as costas apoiadas na parede. Ajoelhou-se na frente do mesmo e o abraçou pelo pescoço, ouvindo-o gemer baixinho de dor.

— Desculpa te fazer passar por isso sozinho! – sussurrou no ouvido dele antes de se afastar e encará-lo com os olhos marejados.

Deidara acariciou o rosto do namorado com o polegar de ambas as mãos e sorriu fraco para ele. Minato, que até então olhava a cena totalmente perplexo, chamou pelo filho.

O ômega se empertigou do chão, virando-se de frente para o policial.

— Por que está protegendo ele?

Deidara respirou fundo. Lidar com tantas emoções de uma só vez era difícil.

— Não quero que o machuque! Obito não é quem você pensa que é.

O ômega se pôs na frente do alfa, deixando claro para o Namikaze que iria protegê-lo a todo o custo.

— Não foi ele quem me tirou de você há nove anos atrás. Obito cuidou de mim! Tá que eu não confiava nele no início... Mas agora eu confio! – respirou fundo, umedecendo os lábios. — Não pode matar o homem que eu amo e que será pai da criança que eu carrego aqui. – pôs a mão sobre a barriga.

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