Capítulo 11

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Notas iniciais:

Boa leitura! 🍂







Rin não estava em casa naquele dia, o que era raro de acontecer. Mas quando acontecia, Deidara sentia-se um pouco solitário. Tinha muitas outras empregadas com quem poderia conversar, porém ele não tinha a mesma intimidade que possuía com a Nohara. Era diferente.

Então, quando essas raras ocasiões onde Rin estava ausente acontecia, Deidara ficava em seu quarto, esperando o tempo passar.

Vidrado em um passarinho que havia acabado de pousar no peitoril da janela, sentiu o estômago roncar de fome.

— Hum, já fazem algumas horas.

Ele levantou-se da cadeira e sem querer assustou a pequena ave, que levantou voo e sumiu no ar. Deidara saiu do quarto e foi direto à cozinha preparar algo para comer. Ainda não tinha adquirido o hábito de pedir às empregadas que fizessem isso por ele.

Ao terminar, estava pronto para voltar ao quarto. Mas a chegada abrupta e exasperada de Clarisse o fez observá-la confuso.

— Aconteceu alguma coisa? – perguntou.

Ela parecia não tê-lo percebido ali, pois seu corpo sobressaltou-se de susto e ela levou a mão ao peito.

— Deidara! Que bom que está aqui! Eu precisava mesmo falar com você. Na verdade, eu precisava de um favor…

— Um favor? – ele franziu o cenho. — Meu?

— S-sim. Hã… o senhor não está muito bem da noite passada, então eu o disse que faria um chá para melhorar, mas… Ele está bem estressado. – ela começou a enrolar os dedos na própria roupa em nervosismo. — Eu não sei se consigo entrar lá de novo, e você… Bom… Rin me contou que o senhor não desconta raiva em você. Então eu achei que…

— Você quer que eu leve o chá para ele?

— I-isso! – ela sorriu nervosa. — Eu sei que é serviço meu, mas…

— Tudo bem, eu levo.

Deidara não soube dizer quantas vezes exatamente Clarisse o agradeceu por isso, só soube que foram muitas.

Ela preparou o chá e pôs a xícara numa pequena bandeja, entregando-a ao ômega e desejando-lhe boa sorte.

Mesmo sabendo que Obito jamais aumentou o tom de voz consigo, Deidara sentiu um friozinho na barriga ao parar em frente a porta do escritório dele e ouvi-lo autorizar a entrada com uma voz pouco pacífica.

Ele abriu a porta devagar e encarou o alfa antes de dar o primeiro passo. O semblante do moreno mudou da água para o vinho ao ver que era ele.

— Eu trouxe isso para você. – apontou a xícara no centro da bandeja.

Obito encarou o conteúdo da xícara com uma expressão de quem estava prestes a vomitar. Mas ele se recompôs e olhou para o ômega, ainda em sua sala.

— Por que você veio servir? Eu não o mandei fazer isso.

— Eu sei, é que… – não posso dizer a ele que metade da casa está com medo de lidar com o seu humor instável. — Clarisse teve um pequeno acidente, então eu me ofereci para trazer.

— Entendi. – ele respondeu calmo, olhando mais uma vez para a xícara como se fosse uma substância tóxica.

— Você não gosta?

— Hã?

— De chá.

Ele negou com um gesto.

— Há muitas outras bebidas de que eu gosto, chá simplesmente não dá.

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