Notas iniciais:
2023 mal começou e eu já estou cansada, com sono, com fome, abalada, emocionada, na merda, etc. 🫠
Boa leitura! ❤️🩹
Após tomar o seu comprimido matinal para dor, Deidara levantou da cama e foi direto ao banheiro fazer suas higienes. Ao voltar, despiu o pijama e procurou por uma roupa confortável para passar o dia. Seu armário tinha inúmeras opções de peças, que iam desde roupas de frio até as de calor, de roupas casuais até as mais chiques e mais opções variadas para outros tipos de ocasiões.
Mas Deidara era muito simples na hora de se vestir. Sempre optava por uma camisa e uma bermuda, e dessa vez não foi diferente. Com uma camisa branca e uma bermuda vermelha, ele saiu do quarto. – Ah, claro. Não precisou fazer a cama antes de sair. As empregadas faziam isso sempre, mesmo ele insistindo que não havia necessidade.
"— São ordens do senhor Uchiha, então mesmo que você me peça para não fazer, eu farei."
— Bom dia! – desejou Rin com um sorriso largo no rosto.
— Bom dia, Rin! – Deidara sorriu pequeno para ela e se sentou à mesa.
Ele já estava acostumado a tomar café sozinho desde que chegou ali. Na verdade, estava acostumado a fazer todas as refeições sozinho. Obito não era muito de sentar à mesa para comer, quase sempre pedia que levassem sua comida no escritório ou comia muito antes do ômega chegar. Mas isso não o incomodava, era até melhor assim. Deidara tinha certeza de que se comesse na frente do Uchiha iria fazer besteira, como se confundir com os talheres ou deixar a comida cair para fora do prato.
Fazia apenas dois dias desde que Obito viajou. Para o loiro não fez muita diferença, mas para as empregadas parecia ser a melhor coisa que acontecia em anos. Elas estavam mais calmas e até arranjavam tempo para jogar conversa fora. Ou talvez fosse a ausência do alfa que as fizesse ficar à vontade para fazer uma fofoca durante o expediente.
Consequentemente, Deidara se sentiu mais à vontade para andar pela casa, sem medo de topar com Obito pelo caminho. Não havia feito muita coisa do tipo: "estou sozinho em casa, então tenho liberdade para o que for". Ele não sentia necessidade de fazer de tudo um pouco para aproveitar essas duas semanas.
— Tenho uma coisa para você!
Ele olhou curioso para a Nohara.
— Isso vai ajudar você com a sua leitura. – Ela formou uma pequena pilha de três livros em cima da mesa e o encarou sorridente.
Deidara terminou de engolir o pedaço de maçã e então agradeceu com um sorrisinho tímido.
— Obrigado, Rin!
— Tem também um caderno com o qual você pode treinar a sua escrita. Eu só esqueci de pegar… – ela riu. — Eu vou lá buscar!
Ele assentiu e terminou de comer a fruta. Suas mãos tocaram o primeiro livro, que na verdade se tratava de um dicionário bem completo. Os outros dois ele não soube decifrar sobre o que eram, só lendo para saber.
[…]
Virou um passatempo rápido para Deidara, ler e escrever palavras novas que havia aprendido. Era divertido se comparado a ficar vagando pela casa sem coisa melhor para fazer. Não podia sair, então tinha que se ocupar de alguma forma. E, no entanto, descobriu algo ainda melhor enquanto escrevia em seu caderninho. Ele sabia desenhar!
Foi meio inconsciente quando começou a rabiscar no caderno, pensando em quais palavras poderia adicionar, quando se deparou com um desenho do chaveiro de cachorrinho que Rin tinha em sua porta. Deidara o via quase todos os dias quando passava pelo corredor, então já tinha decorado a aparência do objeto.
Admirado com o que tinha feito, ele tentou desenhar outra coisa, o relógio que ficava na mesinha de cabeceira. E assim Deidara passou o dia desenhando todos os objetos possíveis que encontrou pela casa, desvendando o seu dom para arte.
Obito não sabia bem o motivo de olhar tanto para aquelas fotos, nem o porquê havia se imaginado em algumas delas. Como a de Deidara dormindo no sofá com a cabeça apoiada nas almofadas.
"— Poderia ser meu ombro ali."
Ou a dele sentado no jardim muito concentrado em um arbusto com flores, segurando um caderno no colo. Não poderia estar planejando uma rota de fuga, poderia? Não… Não tinha como.
Segundo o segurança que mandava as fotos diariamente para Obito, era a primeira vez na semana que Deidara saia do lado de fora. E ele não estava interessado nos portões ou na segurança exagerada ao redor da casa, estava mesmo era interessado nas flores do jardim. Havia passado horas rabiscando em seu caderno enquanto olhava para elas.
— O que você anda fazendo, meu docinho? – o moreno murmurou para a foto do garoto, como se ele pudesse ouvi-lo e finalmente escureceu a tela do celular, encarando a pilha de papel que fora o motivo da sua viagem.
Faltava menos de uma semana agora para retornar a Konoha, mas ele se via muito mais ansioso do que esperava, e nem sabia exatamente o porquê. Ou talvez soubesse, mas preferia manter em oculto.
Lidar com seus sentimentos era difícil, mas havia trago aquele ômega para sua vida e não podia ignorá-lo para sempre. Afinal, não foi apenas compaixão que sentiu por ele naquela noite que quis protegê-lo de cair nas mãos de outro alfa. Se fosse o caso, teria sentido o mesmo pelos outros ômegas que apareceram antes dele no leilão.
Obito escondia muito bem o fato de estar atraído pelo garoto. Mas sozinho, a necessidade de tê-lo lhe consumia feito uma droga viciante. Todas as vezes que sentiu vontade de beijá-lo e sentir seu gosto doce, que com certeza ele tinha… Às vezes que se pegava imaginando aquele corpinho delicado sentado sobre seu colo, abraçando-o e exibindo um sorriso nunca visto pelo Uchiha… Se continuasse dessa forma ele ia delirar!
Obito respirou fundo e levantou da cadeira.
— Preciso fazer uma pausa.
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50 milhões
FanfictionCom dez anos de idade Deidara foi sequestrado por uma organização mafiosa, a casa Senju. Sete anos depois foi realizado um leilão ao qual o ômega foi vendido para Obito, um mafioso conhecido e popular por toda Konoha. Agora o garoto terá que viver c...