Capítulo 4

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Notas iniciais:

Boa leitura, xuxuzinho!! 🥺







Uma semana se passou desde o ocorrido com Danzou. Desde então, Obito tem passado dia e noite no escritório, segundo Rin. Durante o café da manhã, onde o ômega acostumou tomar sozinho, a garota lhe disse o quão irritado o alfa havia ficado após aquela noite, era quase como voltar no tempo, nos cinco dias que antecederam o leilão. A Nohara também informou que ele havia estado em reunião com o primo, Sasuke Uchiha, e que o garoto não significava boa coisa quando pisava naquela casa.

Um sentimento de culpa atingiu Deidara em cheio. Se não tivesse acontecido nada daquilo, seu alfa não estaria de mau humor e agindo estranho. Rin tentou tranquilizá-lo, dizendo que o Uchiha não estava irritado com ele, e sim com o alfa nojento que tentou tocá-lo. A garota chegou a ressaltar que o chefe odiava que mexessem no que era seu. Ainda assim Deidara ficou com um pé atrás sobre não ter mesmo culpa do que aconteceu.

— Se quer saber o que eu acho, acho que o sr. Obito e o primo estão planejando alguma coisa contra o alfa que mexeu com você.

— Como assim?

— Olha… Eu sei que é errado ouvir atrás da porta, mas… Ok, eu ouvi um pouco da conversa deles dois! Parece que o Danzou já mexeu com o ômega do sr. Sasuke. E sabe, Obito não se dá muito com a família. Para ter entrado em contato com o primo é bem provável que estejam unindo forças para atacar o alfa.

— Eu não sou tão importante assim para ele se empenhar em revidar…

— Deidara, o Obito não enxerga você como um objeto, como ele faz a todos nós que trabalhamos para ele. Você ainda não percebeu que é o único nesta casa a quem ele não descarregou sua raiva essa semana?

— Do que tá falando?

A mulher hesitou por um instante.

— Ele já gritou com todo mundo da casa, inclusive eu. E não, não é porque você passa a maior parte do tempo no quarto que ele ainda não tenha tido oportunidade de gritar com você. – acrescentou ao ver que o garoto iria argumentar. — Ele já teve oportunidade naquele dia e não fez, teve também na quarta de manhã, quando saiu do escritório e viu você na sala. Você não reparou quando ele passou, mas eu vi.

— Eu não entendo… Por que ele…

A Nohara soprou o ar como se estivesse cansada, mas a expressão acolhedora permanecia em seu rosto, junto do mesmo sorriso doce de sempre.

— Aquele homem, Deidara, ele quer você como nunca quis alguém na vida. Não é fácil para ele lidar com os sentimentos, por isso é difícil perceber, e por isso também que ele não sabe demonstrar.

— Como pode ter certeza disso?

— Não precisa ir muito longe nas nossas conversas para lembrar o que eu lhe disse, sobre ele não ser o tipo que ilude para depois ferir.

— Ainda é confuso…

Ao terminar a frase, Deidara encarou pensativo o balcão da cozinha. No entanto, alguma coisa o fez fechar os olhos com força e fazer uma careta de dor, levando as mãos à barriga.

— Dei? O que foi?!

— Hn, eu não sei… – suas mãos apertaram forte o tecido da blusa. — Tá doendo!

— Ah, meu Deus… Vem! Eu te ajudo a ir para o quarto.

Ela auxiliou-o a andar devagar até seu aposento, entretanto, a dor pareceu piorar ao se deitar.

— Espera aqui! Eu vou chamar o senhor.

— Não precisa… Ele… Deve estar ocupado! – apesar da forte dor que sentia, Deidara não queria ver o alfa. Não quando ele estava de péssimo humor.

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