Capítulo 13

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Notas iniciais:

Boa leitura! 🍃







.

— Eu te amo desde a primeira vez que te vi naquele palco. Mesmo com os olhos marejados, mesmo contra a sua vontade de estar lá... Eu te amo desde aquele dia! – o alfa sussurrou, segurando o rosto do ômega com ambas as mãos enquanto o encarava com um olhar apaixonado. — Eu nunca soube lidar com sentimentos muito bem, mas tenho a certeza de que posso cuidar de você como não cuidaram nesses sete anos da sua vida!

Deidara repuxou os lábios, mordiscando-os. Olhava nos olhos do Uchiha até aquele momento, mas abaixou a cabeça antes de se pronunciar.

— Só... Só prometa ter paciência comigo. Eu ainda estou inseguro com tudo isso e... Não quero me machucar. – admitiu baixinho.

— Eu entendo. Prometo a você o que me pediu! — Obito voltou a acariciar o rosto dele com o polegar e sorriu ao vê-lo sorrir pequeno.

A ideia de amor que os pais de Deidara haviam o ensinado lá atrás, era totalmente o oposto da realidade atual. Mas ele nunca havia se imaginado em tal situação, a que passou por sete anos, tendo sua liberdade tomada e consequentemente perdendo a chance de conhecer alguém de forma normal e espontânea.

Porém, o garoto estava disposto a dar uma chance para Obito.

Ele passou os braços pelos ombros largos do Uchiha e o mesmo puxou-lhe pela cintura, ficando assim mais próximos do que já estavam. Eles se encararam durante um minuto antes de selarem seus lábios em outro beijo.

Os dedos do loiro agarraram com carinho os fios de cabelo da nuca de Obito, fazendo-o inconscientemente arfar em meio ao beijo. Ele afastou ofegante, lançando um olhar intenso ao ômega.

Nunca havia sentido nada parecido por alguém antes. Era como se Deidara tivesse a capacidade de atraí-lo como o canto de uma seria em alto mar.

— Vamos parar, ou vou acabar te levando para meu quarto e fazendo coisas indecentes com você.

O ômega corou violentamente e desviou rápido o olhar do alfa. Ele pigarreou baixinho, recompondo-se.

— Posso... Te pedir uma outra coisa?

— Peça.

Deidara engoliu o seco, não sabia como seria a reação alheia com o pedido.

— Queria pedir que... Que tratasse melhor as meninas. Como eu disse mais cedo, elas fazem praticamente tudo por aqui. H-hun.

Ele abaixou a cabeça, pensando que não deveria ter pedido aquilo. O alfa, porém, pegou em sua mandíbula com leveza e ergueu sua cabeça de volta.

— Eu vou tentar. Por você.

Ele aproximou o rosto e deixou um breve selar nos lábios rosados do menor. Nunca que ele iria admitir em voz alta, nem para o próprio subconsciente talvez, mas estava de quatro pelo ômega. Cederia facilmente a qualquer pedido que ele o fizesse naquele instante.

Obito, porém, não pôde aproveitar mais do momento de aproximação com o loiro. Seu celular tocou dentro do bolso e ele acabou se vendo obrigado a atender, já que se tratava de um contato importante.

Ele atendeu ali mesmo, na frente do loiro, mas não falou nada que fosse de relevante ou comprometedor de sua vida criminosa. Ao encerrar a chamada, o mesmo respirou fundo antes de voltar a encarar Deidara, com o corpo ainda recostado sobre a bancada.

— Eu preciso sair agora. É urgente.

O menor assentiu em silêncio, mas antes que o alfa o deixasse sozinho ali, o mesmo se virou, encarando seu belo par de olhos azuis que pareciam brilhar naquela noite.

— Quero passar um tempo com você amanhã. Tudo bem por você?

O loiro demorou a raciocinar a proposta, sua mente estava muito ocupada no momento, tendo um mini pânico. Ele abriu a boca várias vezes até sair algum som dali.

— S-sim. Tudo bem! – e repreendeu-se mentalmente por ter gaguejado.

O alfa sorriu pequeno e virou-se para frente de novo. Ele saiu, mas a memória do que haviam acabado de viver, não.

O dia seguinte começou com Deidara recebendo um carinho logo pela manhã, do alfa, quando chegou à cozinha para o café da manhã.

Obito queria ter feito mais, agarrado-o e o tomado para si em um beijo sem fim, mas ele prometeu ir com calma.

Eles tomaram café juntos e dialogaram um pouco. Não tinham muito assunto já que Deidara passava o dia em casa fazendo praticamente a mesma coisa todos os dias, e Obito não podia comentar sobre o seu trabalho na máfia. Mas eles se arranjaram como puderam para ter assunto.

Mais tarde, Obito admitiu "fugir" de uma reunião para almoçar com o ômega. E isso fez o coração do loiro palpitar, fazendo com que também não conseguisse mais desfazer o sorrisinho bobo durante a refeição.

Os dias se seguiram daquela forma. Uma aproximação lenta, mas necessária para quebrar a insegurança que Deidara sentia em relação a Obito. Ele, por sua vez, se mostrou muito paciente por todos os dias, e isso só o ajudou a conquistar a confiança do menor.

Aos poucos eles foram quebrando aquela distância que há muito existia entre os dois. Deidara passou a enxergar e sentir segurança nos abraços do Uchiha, sentir amor nos beijos e selares dele, ternura em suas palavras...

Estava tudo perfeitamente perfeito!

Obito também passou a ser mais liberal com seu ômega, levando-o à rua de vez em quando. E também havia passado a tratar melhor suas empregadas, o que fez o humor delas melhorar bastante e não terem mais tanto medo do Uchiha. Afinal, sempre que ele estava estressado por algum motivo, agora, Deidara conseguia acalmá-lo apenas estando por perto.

A "única" coisa da qual eles ainda não faziam juntos, no momento, era dormir no mesmo quarto e na mesma cama. Mas tudo seria feito em seu devido tempo!








Notas finais:

Um passarinho me contou que vocês querem ver pegação, é verdade? 🤔🌝

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