Capítulo 17

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Notas do autor:

Boa leitura! 🤰









Deidara ficou extremamente chateado com as palavras de Obito, mais cedo. Seu primeiro refúgio ao sair correndo daquele jeito foi Rin. A garota o acolheu em seu quarto e o ouviu desabafar sobre tudo o que havia acontecido.

A Nohara aconselhou-o a voltar até o alfa e tentar entender o porquê dele ter agido de tal forma, já que conhecendo o chefe do jeito que conhecia, ele jamais iria destratar Deidara sem um motivo forte. No entanto, o loiro não quis procurar por ele e Rin acabou não insistindo no assunto.

O ômega evitou Obito o dia inteiro, sempre mudando de cômodo quando o mesmo vinha lhe procurar. Já estava cansado daquele jogo de esconde-esconde, mas não queria contato com o alfa ainda.

Na hora de dormir, ele se deitou mais cedo, tudo para evitar uma possível conversa sobre o assunto. E mesmo não conseguindo pegar no sono por estar com a cabeça cheia de pensamentos, ele permaneceu deitado, tentando enganar a si mesmo de que estava acordado.

Não demorou para Obito entrar no quarto e se deitar ao seu lado, respirando fundo antes de chamá-lo baixinho.

— Amor. Você tá acordado?

Ele não respondeu. Outro suspiro do alfa.

— Queria que me desculpasse pelo jeito babaca que te tratei hoje. – disse ainda baixinho, levando a mão até os fios dourados e acariciando-os. — Mas você não pode voltar a ver os seus pais...

Deidara sentiu vontade de chorar ouvindo aquilo, mas teve que engolir essa vontade porque não queria revelar sua farsa. Obito chegou mais perto e depositou um beijo delicado em seu ombro, acariciando-o em seguida. O mesmo se afastou depois, e a julgar pela movimentação no colchão, estava se ajeitando para dormir.

O ômega demorou a pegar no sono, mesmo depois de Obito já ter apagado a luz e o mesmo estar ressonando ao seu lado. Não sabia se era egoísta por estar tendo esse tipo de pensamento, mas como Obito poderia – aparentemente – estar dormindo tranquilo depois de magoar a pessoa que ama?

Uma semana se passou e Deidara continuava inflexível às tentativas de Obito de se desculpar. Ele ainda estava muito chateado pelas palavras ditas sobre si, porém mais ainda com o fato de não poder ver ou falar com seus pais. Ele descobriria o motivo se conversasse com o namorado, mas ainda não sentia vontade de ouvi-lo.

Evitá-lo também não estava sendo uma tarefa nada fácil, pois depois daquele dia, o alfa parecia empenhado a sair de seu escritório a cada minuto para procurá-lo.

— Onde está Deidara? – perguntou à Rin.

— Ele ainda não levantou, senhor.

— Não? – Obito franziu o cenho. Seu namorado nunca foi de dormir até tarde.

— Não. E, olha... Eu não acho que ele tenha estado bem essa semana. Quase não tem comido direito, o que come parece vomitar depois e... Ele anda bem cansado.

Obito engoliu o seco. Não fazia ideia jamais que seu ômega estava mal àquele ponto.

— Rin, eu vou pedir esse favor a você. Deidara ainda não quer falar comigo e eu não quero forçá-lo de maneira que o deixe mais chateado. – ele umedeceu os lábios, engolindo o seco outra vez. — Descubra se o mal estar dele tem a ver com o que aconteceu ou se é apenas uma virose.

A mulher assentiu.

— Sim, senhor. Farei isto!

O moreno suspirou.

— Obrigado!

Rin adentrou no quarto segurando uma bandeja com alguns alimentos. Deidara não havia ido tomar café, tampouco se levantou para almoçar.

— Eu trouxe comida, Dei. E não adianta me pedir para levar de volta, você tem que comer!

Ele apenas se sentou no colchão, ecostando as costas sobre a cabeceira.

Rin serviu-lhe a comida e ficou ali, sentada ao seu lado.

— Ainda se sente enjoado quando come? – perguntou ela.

O loiro assentiu enquanto dava um gole no suco de laranja.

— É por causa do Obito ou você realmente está se sentindo mal?

— Não é por ele, eu... – suspirou. — É por isso que tenho evitado comer, para não precisar colocar tudo pra fora depois. Não sei o que tá acontecendo!

Rin segurou sua mão, que repousava livre sobre a coberta.

— Eu acho que sei o que está acontecendo.

O loiro olhou-a confuso.

— Você e ele tiveram relação antes de brigarem?

— Sim, foi... Foi na noite passada. – respondeu com um pouco de vergonha, as bochechas corando minimamente.

— E vocês usaram preservativo?

Deidara buscou na memória se haviam ou não usado.

— Eu... Tenho quase certeza de que não. Começamos no banheiro e... Só depois que, você sabe, é que fomos para a cama.

A Nohara respirou fundo antes de olhar em seus olhos.

— Você precisa fazer um teste, Deidara.








Notas finais:

Deixo os comentários por conta de vocês hoje! 🫢

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