Capítulo 12

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Notas iniciais:

Boa leitura! 🌹









Já passava das onze da manhã quando Deidara acordou naquele dia. A noite anterior havia sido divertida graças a Rin, que ficou até tarde jogando conversa fora com ele.

Rin era a pessoa de quem Deidara mais nutria confiança naquela casa. Portanto, se algo acontecesse com a mesma, ele ficaria arrasado.

Foi como aconteceu ainda naquela manhã, quando ele foi à cozinha encontrar justamente com ela. Rin estava sentada em uma das cadeiras, os ombros caídos, e de costas parecia chorar.

— Rin? – ele a chamou da porta.

Ela enxugou o rosto com as mãos e sem se virar, respondeu:

— Oi, Dei. Bom dia!

— Por que você tá chorando?

— Eu não...

— Você está! – cortou-a com a voz rígida.

Deidara nunca se ouviu falar daquela forma com ninguém, por isso ficou um pouco assustado e se desculpou várias vezes com a Nohara. Ela, no entanto, disse que estava tudo bem.

— Eu estou bem, Dei. Obrigada por se preocupar! – ela deu um sorriso, porém era um sorriso triste.

— O que aconteceu? Você estava bem ontem à noite, quando nos despedimos.

Rin parecia hesitante quanto a contar a ele o motivo de estar chorando. Mas o ômega insistiu para que ela dissesse, pois quem sabe assim ele poderia ajudá-la.

— Eu vou contar só porque nos tornamos bons amigos e sei que posso confiar em você tanto quanto pode confiar em mim. Mas não quero que fique bravo com ninguém por minha causa, está bem?

Ele assentiu em silêncio.

— O senhor ficou aborrecido por eu ter levantado tarde e me esquecido de algumas coisas que ele pediu... Eu estou acostumada com as broncas dele, mas hoje eu me senti mal por recebê-la.

Deidara foi muito bom ator ao manter a expressão neutra e a voz calma. Rin havia lhe pedido para não tomar suas dores, mas foi impossível não fazer.

— Se quiser, eu te ajudo com as coisas, Rin.

Ela sorriu um pouco melhor.

— Não precisa, meu bem! Se o senhor ver você me ajudando, ele é capaz de surtar uma segunda vez hoje.

O garoto suspirou, quase revelando sua raiva e indignação do Uchiha.

— Ok, mas se você realmente precisar, eu não vou me importar em vir te ajudar!

Ambos sorriram um para o outro, Deidara apertando os nós dos dedos atrás do corpo enquanto mantinha uma expressão calma e reconfortante.

Ele deu a desculpa de que iria no quarto trocar de roupa, mas virou o corredor em direção ao escritório de Obito. Bateu na porta duas vezes e logo ouviu-o autorizar a entrada.

— Docinho? – Ele franziu o cenho ao ver quem era. — O que faz aqui?

Deidara comprimiu o lábio inferior e o mordeu fraco. Era a primeira vez que o apelido do alfa não lhe surtia qualquer efeito. Ele estava bravo, chateado e só queria gritar com Obito até que ele deixasse de ser um babaca com as suas empregadas, mas se contentou em dizer calmamente:

— Por que tratou a Rin mal? Ela não teve culpa de perder o horário.

Acho que Obito esperava por outra coisa, pois sua expressão logo se tornou tediosa, como se não quisesse falar sobre aquilo. E ele realmente não queria.

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