Capítulo 25 - Te vivo

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"Eu gosto dele, mas assim como aprendi a gostar, eu apreendo a esquecer."

Rafael.

– Ele vai tentar sequestrar ela.– Constato.
– Então é melhor avisar ela, não? – Pergunta Scarlett, pego o celular tentando ligar para Karina mas a chamada não era atendida, olho para a almofada vibrando sobre o sofá que fizemos amor mais cedo, o celular dela estava ali, ela o esqueceu.
– Porra! – Xingo.
Então ligo para Elliot, o segurança dela.
– Pois não, senhor? – Diz ao atender.
– Você está com a minha mulher nesse momento? – Pergunto.
– Sim e não, ela entrou na frente na faculdade para ir até a diretoria e eu estou estacionando o carro. – Afirma.
– Vai atrás dela e não desgruda nem um segundo, quando alcança-lá pede a ela que me ligue pelo seu celular.– Concluo.
– Sim, senhor.– Afirma, finaliza a ligação e eu então olho para Scarlett.
– Obrigado pela informação, sua recompensa será depositada na sua conta, pode ir e continue me mantendo informado.– Digo.
– Só serei recompensada com dinheiro? – Pergunta cruzando as pernas e deixando as coxas de fora por conta do vestido.
– "Só"? É muito dinheiro, mas se quer saber se terá algum contato físico comigo a resposta é não.– Afirmo.
Meu celular começa a tocar e o nome de Elliot aparece.
– Karina? – Indago achando que ela tinha pegado o celular dele e me retornado.
– Senhor, eu procurei na faculdade toda e não acho a Senhora Karina, ela sumiu! – Elliot diz desesperado.
– AS CÂMERAS! OLHA AS PORRAS DAS CÂMERAS! – Grito, me levanto do sofá com dificuldade por causa do tiro, devagar caminho para o meu carro, Scarlett me segue.
– Você.– Digo apontado para ela.– Vai até o Ed ou alguém da casa dele e tenta descobrir onde ele está.– Afirmo, três seguranças entram no carro comigo e um deles dirige para a faculdade.
Porra! Esse filho da puta não dá paz!

Karina.

– Elliot vou na frente porque tenho que passar na diretoria, ok? Me encontra na sala.– Afirmo soltando o cinto de segurança.
– Senhora por favor, espera eu estacionar e eu vou com a senhora.– Pede gentilmente
– São só 5 minutos, não vai acontecer nada, além disso eu estou dentro da faculdade, bem segura.– O acalmo, abro a porta do carro e desço, ele segue para o estacionamento e eu caminho para as escadas subindo até a diretoria, explico que nos dias seguintes eu não vou comparecer por motivos de saúde, na verdade eu queria cuidar do Rafael e daquela perna dele, ter certeza da troca de curativos, dos remédios e das refeições.
Quando saio da diretoria entro no banheiro e depois de usar lavo as mãos e saio, assim que passo pela porta alguém me puxa pela cintura e coloca algo nas minhas costas.
– Se gritar eu atiro em você e em todos esses alunos ao redor, quer realmente ver todos eles com uma vida inteira pela frente, mortos? – Indaga.
Ed. A voz dele, o cheiro, me enojam.
– Caminhe devagar sereia, sem chamar atenção caso contrário já sabe.– Ameaça.
Seguimos para fora da faculdade e ele me leva até a rua, entro em um carro preto com dois seguranças dentro, eles amarram minhas mãos, pés e me amordaçam.
– Vamos brincar muito, eu garanto.– Afirma ligando o carro.
As primeiras ruas eu conheço mas depois ele entra em uma estrada de terra e eu não sei mais onde estamos, só havia árvores e mato, não sei quanto tempo se passa até que ele para em uma cabana, era grande e luxuosa.
– Mandei construir pra gente a alguns meses, não gostou? – Ele sorri me jogando no ombro e me levando para dentro do lugar.

Shell Girl || Luan Santana Onde histórias criam vida. Descubra agora