Capítulo 27 - Dia, lugar e hora

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"Meu cérebro deve rir demais do meu coração!"

"Como não te julgar pela capa, se você não me deixa te ler por inteiro."

Rafael.

As pérolas caem do lençol para o chão no momento em que Karina se levanta puxando o lençol para cobrir seu corpo despido.
- O que acha que aconteceu? Você é corno, é simples.- O babaca afirma, não me controlo e praticamente subo na cama acertando um soco na cara dele, depois outro e mais outro, mesmo com sangue escorrendo de sua boca ele sorria como um louco.
- Ela foi minha! Pode me bater o quanto quiser, não vai mudar nada.- Diz.
Mesmo com uma quantidade absurda de pérolas ali era fácil de entender.
- Acha mesmo que eu vou cair nessa? Eu conheço muito bem você e seus planos, sim, talvez você tenha dormido com a minha mulher mas olha bem para ela, ela tem nojo de você e se aconteceu mesmo alguma coisa, o que acho que sim por conta das pérolas, foi sem autorização, contra a vontade dela, sabe o que o faz de você, não sabe? Você não é homem nem de conquistar alguém, pra ter uma mulher tem que ser na força, que pena.- Digo o soltando.
Karina apenas enrola mais o lençol em seu corpo e se aproxima de mim.
- Eu juro que eu não sei o que aconteceu, eu desmaiei e acordei assim, essas pérolas, ele pode ter feito algo mas eu juro que foi contra a minha vontade! - Chora.- Você acredita em mim? - Pergunta.
- Eu acredito, vamos esquecer que hoje existiu, me deixa só terminar o serviço.- Afirmo sacando a minha arma, Ed também pega a dele que estava em baixo do travesseiro mas não aponta para mim e sim para Karina.
- Atira em mim que eu atiro nela.- Diz.
- Só me tira daqui, Rafael.- Karina
pede, mesmo mancando eu a ajudo a andar, a expressão dela era nojo total.
- Eu acho que ele realmente fez algo.- Ela diz já dentro do carro.- As pérolas no chão..- Sussurra.
- Eu sei..- É tudo que digo, tento abraçar ela mas ela não me deixa toca-lá.
- Não é nada com você, eu só estou com muito nojo de mim mesma agora, pode me dar um tempo? - Indaga e faço que sim, eu só não sabia que esse tempo sem tocar ela não duraria alguns dias e sim um mês.

Karina.

1 mês depois.

Não é que eu não o amasse mais, eu apenas não conseguia mais gostar de contato, eu tinha nojo de mim e do meu corpo, tentava aceitar um beijo ou até quando ele segurava a minha mão mas logo me afastava, não era ele o problema, era eu, queria vomitar só de lembrar do Ed tentando me beijar, eu não sabia se agradecia por ter desmaiado e não ter visto ele..fazendo aquilo comigo ou se me xingava porque talvez se eu estivesse lúcida podia ter lutado mais, a culpa era minha, eu me coloquei em risco quando me afastei do meu segurança, talvez se eu tivesse me protegido mais ou gritado, qualquer coisa que eu fizesse podia ter impedido que ele...
Estou dentro da faculdade, pra ser mais exata na sala, pensava em Rafael e no quanto ele estava sendo compreensivo comigo e respeitando meu tempo, quando uma mensagem chega no meu celular.
"Quero repetir a nossa noite, sereia."
Só em ler aquilo meu estômago embrulhou, não tive tempo de pegar minhas coisas, sai correndo da sala em direção ao banheiro, ao alcançar a privada eu vômito de nojo, não foi a primeira vez que aquilo acontecia, desde que conheci Ed isso era recorrente mas não explicava as tonturas que eu vinha sentindo, ao sair do banheiro peço a Elliot que pegue minhas coisas e seguimos dali para um hospital, explico a situação ao médico, sobre a tontuta e vômitos, pulo a parte do Ed, ele faz vários exames e eu espero quase uma hora para descobrir o resultado.
- Positivo para gravidez, senhora, meus parabéns.- O médico afirma.
- Quanto tempo estou grávida? - Pergunto querendo chorar.
- 1 mês de gestação.- Afirma.
Há um mês eu transei com Rafael no sofá de casa e no mesmo dia o Ed..me forçou.
Então como eu saberia? Quem era o pai do meu filho?
Pior, se fosse do Ed, Rafael aceitaria? Eu não tenho certeza de quem é o pai do meu filho, Rafael vai me odiar, sei que sim ou vai me mandar tirar? Meu Deus, me ajuda!

Shell Girl || Luan Santana Onde histórias criam vida. Descubra agora