Capítulo 18 - Meteoro

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"Eterno enquanto durou, encanto que o tempo levou, deixou teu cheiro em todos os cantos."

Karina.

– Acontece bruxinha, que eu acho que já te amo.– Diz me fazendo sorrir.
– O quê? Pode repetir, por favor? – Pergunto, queria ouvir novamente, aquilo foi tão bom e ninguém nunca disse aquelas palavras para mim na vida. "eu te amo."
– No momento que te vi na lanchonete, de alguma forma você me chamou atenção, foi atração instantânea, depois foi carinho e amizade, queria te ter por perto e te proteger então te levei pra casa, não queria te machucar ou te iludir porque não tinha certeza ainda do que eu sentia e por isso te afastei e tentei achar nas outras mulheres alguma coisa, sem perceber. estava te magoando, sem querer..me desculpe.– Pede, ele coloca a mão na minha nuca e aproxima seu rosto do meu.– Eu quero você Karina, não sou de namorar mas também está cedo para falar em casamento no papel, que tal então minha mulher? Minha rainha e se quer ouvir de novo eu digo, eu te amo, posso repetir quantas vezes quiser...minha mulher.– Conclui e então aproxima mais seu rosto, nossos narizes se encontram.
– Sua mulher, gostei disso.– Sussurro.
– Eu também.– Afirma então me beijando, sua língua toca a minha, suas mãos se enroscam nos meus cabelos e eu apertos seus ombros.
– Nunca mais vai fugir de mim.– Diz nos virando na cama e me deitando.
– Nunca mais vou fugir de você.– Afirmo com as mãos dele invadindo minha regata e apertando meus seios, ele beija o meu pescoço.
– Eu vou ser sua única mulher, mais ninguém.– Digo mordendo seu orelha, ele solta um gemido rouco.
– Você é minha única mulher, mais ninguém.– Repete, em minutos estamos nus e mais rápido ainda ele está dentro de mim invadindo meu corpo assim como fez com o meu coração.
Fazemos amor como loucos que se procuram e pérolas rolam pela cama e caem no chão sem parar, ele parece gostar de me ver soltar elas porque não para de sorrir.
– Vamos fazer mais, tantas que você vai poder abrir uma joalheria.– Diz voltando a me beijar.

Estamos abraçados no meio da madrugada, Rafael brinca com meus cabelos enquanto estou quase adormecendo em seu peito, não nego que estava com muito sono.
– Cansada? – Pergunta.
– Chegar aqui foi cansativo e ainda fizemos três vezes, perdi o fôlego.– Confesso.
– Nem acredito que eu realmente quase te perdi.– Diz.
– As coisas tendem a mudar rápido, estamos juntos agora, não é? – Indago de olhos fechados, sonolenta.
– Estamos.– Afirma.
Nos ajeitamos na cama para dormir quando alguém bate na porta.
– Esperando alguém? – Rafael pergunta.
– Essa hora? São 3:46 da madrugada, fora que ninguém sabe que eu estou aqui e principalmente, quem se interessaria em saber? Só você.– Esclareço.
– Não, tem mais alguém que se interessa em saber onde você está.– Diz ele.
Mais batidas na porta e dessa vez são fortes, eu me assusto, parecia que queriam quebrar a porta.
Na mesma hora Rafael se levanta e se veste as pressas, cueca e calça, depois tira uma arma da sua bolsa e me olha fazendo sinal para que eu ficasse quieta.
Caminha até a porta e devagar a destranca, depois  gira a maçaneta e puxa a porta, seguro forte o lençol em meu corpo, o apertando, estava aterrorizada.
Mas não tinha ninguém ali, ele até sai do quarto para olhar melhor mas não tinha ninguém, quando retorna ao quarto pisa em alguma coisa, um envelope.
Me aproximo de Rafael que abre o mesmo, fotos minhas de mais cedo saindo da mansão sozinha, fotos minhas na faculdade e entrando no carro.

"Quero minha sereia de volta, o que é meu deve ficar comigo, ela teve sorte que hoje você chegou primeiro, na próxima, trago ela arrastada pelos cabelos, ela e minhas pérolas que aliás estou com saudade de fabricar."
O bilhete atrás de uma foto deixava bem claro quem havia enviado, Ed, não só isso, ele tem me seguido e espionando esperando um erro, uma chance de me fazer mal.

Shell Girl || Luan Santana Onde histórias criam vida. Descubra agora