Shell Girl || Luan Santana

Capítulo 37 - Inesquecível

"Hoje morreu um sonho, que ele descanse em paz."

Karina.

Meus olhos ardem um pouco até se acostumar com a luz, olho ao redor, um quarto totalmente branco alguém segura a minha mão, eu sinto.
– Rafael.– Chamo baixo num sussurro.
– Finalmente você acordou, meu amor.– Afirma me olhando, seus olhos vermelhos e seu rosto inchado de chorar me fazem ficar assustada.
– O que houve? Porque você está chorando? – Pergunto sem entender.
– Não se mexe muito, você acabou de dar a luz, não se recuperou ainda.– Diz.
– Você está estranho, o que aconteceu? – Pergunto.
– Preciso que me prometa que vai ficar calma, você não pode se descontrolar, lembra dos pontos, ok? – Questiona.
– Cadê a minha filha? Rafael? Cadê a Marisol? Manda trazer ela pra mim que eu quero vê-la.– Me desespero.
– Por favor, meu amor, se acalma..– Ele chora, eu quase nunca via o Rafael chorar.
– Me diz.– Peço.
– Ed e a Scarlett, levaram a nossa filha.– Afirma e eu sinto uma dor tão forte no peito que me falta o ar, tento me levantar mas ele me impede, tento me soltar, tento não chorar.
– EU QUERO A MINHA FILHA! VAI BUSCAR A MINHA FILHA, RAFAEL! – Grito me depadendo, tentando me soltar dele, eu previsava levantar.
– Calma, por favor..– Ele prende meus braços e chora.
– A MARISOL..– Estava descontrolada.
– A culpa é minha, por favor, me perdoa.– Pede.
– Minha filha, minha filhinha..– Sussurro sentindo algo se rasgar em mim, literalmente.
– ESTÁ DOENDO! – Grito o empurrando, ambos olhamos para baixo, o sangue no lençol que me cobria.
– Os pontos..– Rafael diz, meu corpo estava suado e eu sentia dor nele mas principalmente dentro de mim, meu peito queimava.
– MÉDICO! – Rafael ae afasta de mim indo até o corredor procurando por alguém, aproveito para me levantar, tinha que buscar minha filha..
No primeiro passo caio no chão, estava fraca e sangrando muito, tento me arrastar mas não vou muito longe, Rafael volta com um médico e enfermeiros, eles me levantam e colocam de volta na cama, novamente tento me levantar e sinto algo na minha coxa.
– Sinto muito mas os pontos precisam ser refeitos e você precisa se acalmar.– Rafael afirma drpois que o médico me dá uma injeção, o sono vai tomando conta do meu corpo.

Rafael.
– Minha filha.– Sussurra fechando os olhos devagar.
– Eu vou trazer ela de volta, bruxa, eu prometo.– Concluo e ela apaga ali, a injeção faz com que ela durma.
– Cuida dela e qualquer coisa me liga.– Digo ao médico que concorda.
– Mas onde o senhor vai? – Indaga.
– Você não ouviu? Ela quer nossa filha então vou trazer ela.– Concluo.
– Como? – Pergunta.
– Sem fazer quase nada.– Digo saindo do quarto, volto para a minha casa e ligo para cada boate que eu tinha, cada empregado, cada sócio e contrato mais homens, o triplo, todos esperam em um galpão que eu tinha, trago também políticos e polícias que tinha na mão, por último ligo oara cada chefe de máfia e tráfico que ru conheço.
Bandidos, políticos, mafiosos, policiais, garçons e seguranças, todos esperavam pelas minhas ordens.
– Como sabem, minha fortuna hoje se aproxima dos 9 bilhões de reais, sou o homem mais rico do nosso país nesse exato momento mas ainda sim me falta algo, algo que o dinheiro não compra mas pode ajudar a ter de volta, minha filha Marisol foi levada por esse homem e essa mulher. – Digo e as fotos deles eram passadas por toda aquela multidão que se encontrava ali.– Não vou perder tempo enrolando até porque o que eu tenho para dizer é simples, quem me trazer esses dois e a minha bebê que eles levaram vai receber toda a minha fortuna e virar a pessoa mais rica do país, entenderam? Quem me trazer eles vai ganhar nada mais, nada menos que 9 bilhões de reais a partir desse exato momento.– Concluo e assim que termino de dizer começam a fazer ligações, outros saem dali entrando em seus carros, todos de olho na fortuna.
Eles podiam se enfiar até dentro da terra que eu os acharia, idiotas, não sabiam do que eu era capaz?
Então apenas sento e espero porque não dou 24 horas para que achem eles, esse prêmio vazaria no mundo todo, eles não tinham saída, não mais.