201 foi resgatado pela ONE quando mais novo. Era apenas um filhote quando sofreu nas mãos do Dr. Watter com inúmeras sessões de tortura e maus tratos. No dia que saiu das instalações chovia muito e o que mais o fascinou foi os trovões, eram barulhen...
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Esses dias me sinto estranha. Tontura, cansaço e vômitos estão frequentes no meus dias. Com a correria da biblioteca acabei deixando de lado. Mas de fato quando vomitei três ontem sabia que precisava urgentemente ir ao médico.
Porém qual médico?
Aqui em Homeland tem um centro de hospital com várias áreas com tudo completo e de alta tecnologia. Se eu fosse me consultar, muitas perguntas seriam feitas e não sou muito de falar sobre minha vida. Desejo que meu passado fique bem longe de mim e de onde eu estou atualmente.
Conseguir o emprego de bibliotecária, além disso, construir uma biblioteca do zero foi incrível e cansativo. Um desafio eu diria. Coloquei todos os meus sonhos no projeto, como se de fato aquela livraria fosse minha e não dos Novas Espécies.
Por falar neles, fui bem recebida por eles. Principalmente por Justice North, o dono de Homeland por assim dizer e meu patrão. Ele e sua mulher foram tão gentis e atenciosos comigo, me assegurando de que o que pedisse e necessitasse seria rapidamente sanado. Me adaptei em poucas semanas, entendi que tinha locais que não deveria passar nem perto, outros que eu seria bem aceita e puxada para uma conversa em conjunto com as fêmeas N.E.
Os termos que eles utilizam ainda são complicados de me adaptar, já que estou acostumada com mulheres ou homes, aqui eles se direcionam como fêmea e macho. O mais complexo também para mim é o relacionamento deles, companheiros e companheiras. Pelo que pude notar, o elo entre os casais é forte, chegando até casos de morte em brigas se alguém tentar interferir no companheirismo deles.
Como também, o ciúmes.
Nossa, como eles tem ciúmes.
Um N.E em particular então, nem se fala. No começo tive medo por eles está me rondando, poderia ser curiosidade, mas algo me dizia que era mais do que isso. Até que ele entrou na livraria. Ali era meu refúgio, sempre que aparecia algum N.E eu tentava ficar o mais calma possível para não deixarem eles com raiva e me expulsarem daqui. Deus me livre. Não quero jamais sair daqui.
Dois meses atrás:
- Oi, em que posso ajudar? - falo tentando ficar calma.
- Seu nome. - a voz grossa fala e me estremece inteira.
- Como? - não entendo sua pergunta.
- Seu nome. - ele repeti com a mesma voz.
O observo.
Ele é lindo.
Acho que todos os N.E são lindos e gostosos. Pelo que escutei, eles não aceitam muito bem elogios, não acreditam que de fato eles são gatos. O trauma que eles carregam pelos experimentos e torturas sofridas bloqueia que eles vejam o que de eles são realmente.
Uns tremendo de gostosos.
O que está na minha frente está em um nível bem alto de gostosura, não posso negar isso. Seria uma louca se ignorasse sua beleza e o chamasse de feio. Sua pergunta me causa estranheza, não fazia muito tempo que estava em Homeland, era a única bibliotecária, muitos N.E me conheciam e sabia o meu nome. Mas nesse caso, esse macho em minha frente não sabia.
