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Acordar em si não é bom

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Acordar em si não é bom. Acordar para ir para a escola, é pior. Acordar e ter que ver as palhaçadas de Rodrick Heffley e seus amigos? É horrível!

— Alissa pelo amor! Para de drama.

— Não estou com drama, eu só não quero que você passe para o lado do mal!

Dylan estava me dizendo que queria entrar numa banda, mas não qualquer banda. Ele queria entrar na Löded Diper, cuja banda do Rodrick! Talvez eu deite e morra mais tarde.

— Lado do mal Alissa? Sério? Ele me convidou, e eu vou.

— Mas ele te convidou justamente por minha causa! Ele quer me provocar, só não vê quem não quer.

— Exatamente, e eu não quero.

— Por acaso eu estaria atrapalhando a conversa dos dois aí atrás? – O professor nos chamou atenção.

— Nos desculpe professor. Não queríamos atrapalhar sua aula! – Digo.

— 'Nos desculpe professor, não queríamos atrapalhar sua aula' – Rodrick tenta imitar meu tom de voz, fazendo seus amigos caírem na gargalhada.

— Tá vendo? – Digo num sussuro só para meu irmão ouvir.

O sinal para ir embora finalmente havia tocado. Eu sempre esperava na sala até uma quantidade considerável de pessoas ficar no corredor. Tenho uma lista de todas as maneiras toscas de morrer, ser atropelado por um mar de pessoas está nela.

— E aí Alissa – Me virei ao ouvir meu nome, encontrando a pior visão de todas. Rodrick. – O gato comeu sua língua? – Diz após eu não responder seu cumprimento.

— Não, mas pode ter certeza que eu comi sua mãe. Idiota.

— Qual é, minha mãe não tem nada a ver com isso! – Fala, fazendo uma voz embargada como drama – Mas tanto faz. Vim te perguntar se não gostaria de ver seu irmão com a banda hoje.

—  E vê-lo me traindo? Não, obrigada.

— Para de ser dramática garota. Ele tem talento e lábia, com toda certeza, eu aprecio isso.

— Eu reconheço o talento do meu irmão, só não achei o da sua banda.

— Ai ai, pode parar. Me ofende, bate no meu cachorro, chuta meu vô, sequestra meu irmão, cospe na minha comida, mas nunca em hipótese alguma fale mal da minha banda!

— Lá ele, depois a dramática sou eu.

— Ah quer saber? Para mim deu. Eu tentei ser legal, te fiz um convite legal. Não quer aceitar? Tudo bem, seu irmão é melhor sozinho! – Exclama saindo da sala.

Esse garoto me dá náuseas.

Eu ia para a escola e voltava para casa à pé, todo santo dia. Meus pais não tinham tempo para me dar carona, mas tinham tempo para conversar com a família do topo da rua.

— Mãe? Cheguei! – Falo entrando em casa e colocando a chave em cima de uma mesinha que havia do lado da porta.

— Oi querida, estou aqui na cozinha! – Disse se afastando do telefone e voltando rapidamente. Havia muito barulho de panelas, ela provavelmente estava cozinhando.

Fui até lá tentando descobrir com quem ela estava falando.

— Falando com o Reginaldo Rossi? – Ela negou com a cabeça dando um sorriso de desaprovação enquanto ainda mexia nas panelas. – Tudo bem, errei.

Peguei uma maçã do fruteiro em cima do balcão da cozinha e parti em retirada para o meu quarto, meu cantinho de conforto.

Fiquei um tempo deitada lá escutando música e lendo uma revista teen, até minha mãe terminar sua conversa no telefone e chegar no quarto.

— Cadê seu irmão? – Perguntou enquanto estava escorada na porta.

— Casa dos Heffley. – Respondi simples enquanto ainda olhava a revista. Robert Pattinson estava mais atraente que o normal.

— Fazendo o que?

— Provavelmente dando para os membros da banda do Rodrick.

— Alissa, olhe a boca!

— Ai mãe, é o vocabulário jovem!

— Vocabulário jovem é o escambal! Mas é sério, o que seu irmão está fazendo lá? Ultimamente ele só vem falado do Rodrick.

— Acha que ele está apaixonado por ele? – Fechei a revista olhando para o rosto dela, apenas para ver um olhar de 'Fale logo e pare de graça' – Ele está ensaiando com a banda. Rodrick o convidou para entrar. De acordo com ele, Dylan tem 'Talento e lábia' e ele aprecia isso.

— Céus, que horror. Tantas bandas para ele entrar e o garoto entra logo nessa!

— Tenho que concordar com você mãe. Digo, ele provavelmente só convidou Dylan para me provocar.

— Vocês ainda tem essa rixa infantil? Pelo amor. – Ela sabia o quanto eu odiava Rodrick – Mas, não duvide do talento do seu irmão. Ele é bom no que faz. Pare de ser egocêntrica.

— Como vou parar de ser egocêntrica se eu sei que o mundo gira ao meu redor? Podemos dizer que eu sou tipo o Sol.

— Pois para acabar com seu egocentrismo, saiba que hoje iremos jantar na casa da família do topo da rua. – Pois bem, a família do topo da rua, era a família Heffley.

Minha mãe é a melhor amiga de infância da Susan, elas até resolveram se mudar para o mesmo bairro, já que de acordo com elas "Nossos filhos serão melhores amigos, assim como nós!" Veja a gente agora.

— Ah mãe, isso é tão paia e clichê! O básico de um enemies to lovers. – Digo voltando para a revista, deixando minha mãe com uma cara confusa.

— Que porra de vocabulário jovem é esse? Fala português!

— Mãe! Olha a boca! – A repreendi, acho que isso estava lhe deixando irritada.

— Meu Deus. Vou voltar á cozinhar que eu ganho mais. – Disse partindo em retirada para a cozinha.

Irritar minha mãe era uma coisa que eu sempre amei fazer, desde pequena. Ela não ficava visualmente irritada, mas pelo seu tom de voz, era claro que ela estava brava.

Ela nunca ousou levantar a mão para nós. Dizia que isso não era uma forma de educar, e sim violência. Ela preferia diálogo, e às vezes alguns gritos quando estava muito irritada.

 Ela preferia diálogo, e às vezes alguns gritos quando estava muito irritada

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𝘊𝘰𝘮𝘰 𝘌𝘶 𝘘𝘶𝘦𝘳𝘰 || 𝘙𝘰𝘥𝘳𝘪𝘤𝘬 𝘏𝘦𝘧𝘧𝘭𝘦𝘺Onde histórias criam vida. Descubra agora