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Depois daquele fatídico jantar, eu desejei nunca mais pisar em casa

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Depois daquele fatídico jantar, eu desejei nunca mais pisar em casa. A única coisa que minha mãe sabia falar era daquilo, dia e noite, noite e dia. Nem meu pai aguentava mais.

— Pela milésima vez mãe, a culpa não foi minha! Se o Rodrick não tivesse surgido do inferno, eu não teria derrubado a travessa!

— E pela milésima vez Alissa, para de culpar o Rodrick por causa dessa briguinha infantil que vocês sempre tem! Além de que eu perdi uma travessa. – Ela olhou para o papai – Eu quero outra!

— Querida, você já tem muitas. Para que mais? – Meu pai tentou argumentar contra.

Ele seguiu sem resposta, apenas recebendo um olhar mortal dela, o que fez ele ficar quieto e voltar a atenção para seu suco.

Estávamos no clube que éramos membros. Estava bem vazio, o lado bom de ter condições financeiras.
À alguns anos atrás, havíamos ido na piscina pública, foi um convite da Susan. Nunca mais fomos, o motivo é óbvio.

— Mãe... – Dylan começou. Ele estava prestes à pedir algo. – Eu tava pensando aqui comigo mesmo, e se convidarmos a família Heffley para vir ao clube? Tipo um pedido de desculpas.

— Cada dia que passa eu desconfio mais ainda que você é gay – Falei, logo após recebendo um tapa na cabeça vindo da minha mãe.

— Na verdade, eu concordo com o Dylan – Meu pai só estava falando isso para ver se ela finalmente parava de brigar.

— Sendo assim, convidaremos. Não vejo o porquê não.

Dylan sorriu vitorioso. Ele provavelmente estava esperando algum tipo de agradecimento mais tarde.

No outro dia, eu estava me encaminhando para a escola junto ao Dylan, quando uma van parou do nosso lado. Podia ser uma van preta que me sequestrasse e me levasse para longe desse fim de mundo, mas não. Era a van da banda.

— Aceitam uma carona? – Rodrick teve que gritar, já que a van fazia mais barulho que qualquer carro naquela estrada.

— Nem se essa fosse nossa última opção – Cochichei para Dylan.

— Qual é, isso é melhor do que ir a pé – Sussurou de volta.

— Você ao menos tem carta? – Questionei gritando para Rodrick.

— Tenho de baralho, serve? – Me gritou de volta, rindo.

— Mas que filho da put... – Fui interrompida por Dylan, que puxou meu braço e me arrastou até à lateral da van, onde abriu a porta e praticamente me jogou lá dentro.

— Considere isso um sequestro – Falou antes de fechar a porta.

Ele entrou e se sentou no banco do passageiro.

— Aí, isso não é justo! – Disse me ajoelhando entre os dois bancos à minha frente – Por que eu tenho que ficar nessa situação precária e vocês nesse bem bom?

𝘊𝘰𝘮𝘰 𝘌𝘶 𝘘𝘶𝘦𝘳𝘰 || 𝘙𝘰𝘥𝘳𝘪𝘤𝘬 𝘏𝘦𝘧𝘧𝘭𝘦𝘺Onde histórias criam vida. Descubra agora