REMENBER ME, maze runner

CAPÍTULO XXIV

Aurora não se arrependia de nenhuma das suas escolhas.

Todas as nossas escolhas, falas e posicionamentos sempre nos levam a algum lugar. E a garota se sentia feliz por saber que tudo o que fez a levou ao momento em que estava.

—Nunca te vi tão nervosa assim. —Comentou Vince, com um sorriso divertido no rosto.— Do que tem tanto medo, garota?

—Não estou com medo, só... —Murmurou aurora— E se ele se arrepender? Quer dizer, eu não sou a pessoa mais fácil do mundo e... —Vince soltou uma risada, fazendo a garota parar de falar.

—Esse é o seu medo? Tem medo que aquele garoto idiota, que só falta lamber a sola do seu sapato, se arrependa de se casar com você?

—Não chame ele de idiota... —Resmungou alisando o longo vestido branco que sonya havia dado de presente— Só eu posso chama-lo assim.

—Tudo bem, não chamo. Mas entenda, aquele garoto é completamente apaixonado por você e esse amor não vai se desgastar com o tempo.

—Você acha mesmo?

—Eu tenho certeza.—Vince sorriu de forma encorajadora.

—Tudo pronto? —Sonya adentrou a tenda improvisada— Chegou a hora.

   Aurora soltou um suspiro trêmulo, enquanto aceitava o buquê de flores que sonya lhe oferecia.

—Vamos acabar logo com isso, essa tranqueira está me dando nos nervos. —Resmungou Vince, afrochando a gravata, o que fez aurora rir enquanto entrelaçava seu braço ao do homem.

—Acho que vou desmaiar. —Minho falou, enquanto newt colocava a mão no ombro dele, se segurando para não rir.— Por que ela tá demorando tanto?

—Deve ter desistido do casamento—Comentou gally, recebendo uma cotovelada de Thomas.

—O que? Você acha que ela desistiu? Ela te falou que queria desistir?

—Minho. —Chamou newt.

—Gally, ela te disse que queria desistir? —Minho perguntou, com os olhos arregalados.

—Minho! —Newt aumentou o tom de voz, ganhando finalmente a atenção do asiático.

  Minho olhou para newt, vendo o loiro apontar com a cabeça para algo atrás dele. O asiático se virou imediatamente, sentindo a sensação de alívio preencher seu corpo assim que a avistou.
 
   Aurora estava com um vestido longo e branco de renda. Seus pés, livres de sapatos, tocavam a areia com delicadeza enquanto ela caminhava até Minho.
   Minho, mesmo com as lágrimas em seus olhos, não deixou de rir junto a garota quando o vento ameaçou levar a coroa de flores em sua cabeça.

   Depois do que pareceu uma eternidade, aurora parou diante de Minho e, só então, o garoto notou Vince ao lado dela. O homem não parecia nada contente com a roupa que usava, principalmente com a gravata que ele não parava de mexer.

—Deixo ela em suas mãos agora, garoto. Espero que cuide dela.

—Obrig... —Minho parou de falar assim que Vince o puxou pela gola da camisa.

—Isso foi uma ameaça. —Minho engoliu em seco, ouvindo a risada dos seus amigos.

—Tudo bem...

—Você tem um péssimo gosto, querida. —Vince deu um beijo na bochecha de aurora, que riu baixo— Espero que esse idiota te faça feliz.

—Ele vai... —Aurora sussurrou, olhando para Minho com um sorriso em seus lábios.

—Caramba, você não fica nada mal de noiva.

—Você até que está bonitinho. —Minho riu.

—Quando é que vai parar de me humilhar?

—Nunca. —Aurora brincou.

   Alguém pigarreou, então aurora e Minho se viraram, dando de cara com Vince diante do pequeno altar.

—Vince? —Aurora questionou confusa— É você quem vai nos casar?

—Sim. —Resmungou Vince— Eu faço tudo nessa merda de lugar. —Uma risada coletiva foi ouvida, enquanto Vince retirava a gravata e a jogava para longe.

—Não sabia que ele padre. —Minho sussurrou para aurora.

—Ele não é.

—A porra do mundo acabou por causa de uma doença, ninguém liga se eu sou padre ou não! Se eu falar que vocês estão casados, vocês estão casados.

—Esse é o melhor casamento que já fui. —Comentou caçarola.

—Você já foi a quantos casamentos? —Questionou Thomas, curioso.

—Esse é o primeiro.

—Bom, estamos reunidos aqui, neste sol infernal, para celebrar a união desses dois pombinhos. —aurora apertou a mão de Minho, enquanto segurava a risada— Apesar dos empecilhos da vida, eles deram um jeito de se encontrar e ficar juntos. Infelizmente esse amor resultou em uma união que eu estou tendo que celebrar. —vince pigarreou, pegando uma folha de papel amassado no bolso de sua calça— Eu não sei o que costumam falar em casamentos então vou pular logo para o final. Minho, você aceita se casar com aurora, para que possa ama-la e respeita-la, na saúde e na doença, até que a morte os separe?

—Aceito.

—Aurora, você aceita se casar com esse garoto e fazer as mesmas coisas que ele prometeu? —Aurora riu, concordando.— Ótimo, então eu vós declaro marido e mulher! —Aurora agarrou Minho pelo colarinho da camisa e o beijou— ...Pode beijar a noiva—Completou Vince, balançando a cabeça negativamente.

—A morte não vai nos separar. —Minho sussurrou para aurora, em meio aos gritos dos seus amigos— Nós nos encontraremos em todas as vidas que virão após essa e eu juro que vou te amar em todas elas.

—Eu também vou te amar, Minho... Vou te amar em todas as vidas.

FIM.

A parte 2 dessa fanfic é uma colaboração com outra escritora e pode ser encontrada no perfil SPAC3BLUE .