CAPÍTULO X

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AURORA havia acordado enquanto clint aplicava o soro nela e depois disso, entrou na transformação, perdendo totalmente a noção de tempo.
Sentia como se seu corpo estivesse flutuando no espaço e tudo o que podia ver era um vazio negro. Não via nada, não ouvia nada, não sentia nenhum cheiro. Era como se alguém tivesse roubado os seus cinco sentidos, deixando-a num vácuo.

O tempo se estendeu. E continuou se estendendo. Por fim, depois de uma espera interminável, as coisas começaram a mudar.

Um vento distante soprou. Então um redemoinho de neblina muito branca apareceu a uma grande distância − um tornado rodopiante de fumaça que formava um funil comprido, que foi se alongando até um ponto em que aurora não conseguia ver nem a parte de cima nem a de baixo do torvelinho branco. Então ele sentiu as rajadas, sugadas para dentro do ciclone quando passaram por ela atingindo-a por trás, sugando com violência as suas roupas e os cabelos, como se fossem bandeiras em frangalhos vergastadas por uma tempestade.

A torre de neblina espessa começou a mover-se na sua direção aumentando a velocidade de uma forma alarmante. Onde segundos antes ela fora capaz de ver a forma distinta do funil, agora só via uma expansão contínua de branco.
E então aquilo a consumiu. Ela sentiu a mente tomada pela neblina, sentiu as lembranças inundarem os seus pensamentos.

Tudo o mais transformado em dor.

—Aurora.—Uma voz soou
um pouco distante, enquanto a visão
de aurora focava aos poucos.

—Aurora, você consegue me ouvir? Ele repetiu.

Quando os olhos de aurora finalmente
se abriram por completo e focaram, ela
deu de cara com um garoto, que não
parecia ter mais de 15 anos.
O garoto de cabelos escuros sorriu assim
que aurora o olhou. Os olhos puxados
do garoto se fecharam durante o sorriso
e duas covinhas surgiram em suas bochechas.

—Pensei que não ia acorda mais, gatinha.

—Minho? —A garota se sentou na cama, olhando para o garoto que estava parado diante de si —Como conseguiu entrar no meu quarto?

—Pelos dutos de ventilação. —O garoto disse, como se fosse óbvio.

—Você não deveria estar aqui. Se eles descobrirem...

—Eles não vão. —O garoto interrompeu, sorrindo— E também, não ligo que descubram. Eles já me impediram de fazer muitas coisas, não vão me impedir de ver a minha namorada. —Aurora sorriu.

—Deixa eu adivinhar... Você não está conseguindo dormir. O garoto deu um sorriso tímido se jogando na cama ao lado da garota, após retirar seus sapatos.

Não consigo dormir sozinho. Você sabe que eu só consigo dormir abraçado com você...

—Bebezão. —Aurora zombou.

—Eu não sou um bebezão. —Minho reclamou, franzindo as sobrancelhas e aurora riu, segurando o rosto do garoto com ambas as mãos.

—Certo, me desculpe. —ela deu um selinho demorado nos lábios do garoto, que sorriu.

—Só te desculpo se me der mais beijos. —Aurora riu, antes de unir seus lábios com os do garoto, em um beijo demorado.

REMENBER ME, maze runnerOnde histórias criam vida. Descubra agora