REMENBER ME, maze runner

CAPÍTULO IV

AURORA odiava com todas as suas forças aquele lugar. Era apenas o segundo dia que estava ali e ela queria se mandar o quanto antes.

A garota teve que começar a trabalhar assim como os outros. Após apresentar a clareira a ela, Alby disse que cada dia ela iria exercer uma função, para ver qual ela se adaptaria melhor, com a supervisão de um encarregado. Mas ela não pensou que fosse tão difícil.

Seu primeiro trabalho começou hoje, e foi no sangradouro, que tinha o Winston como encarregado.
Durante a primeira hora, Winston mostrou todo o lugar a aurora, indicando quais eram os cercados onde ficavam os diversos animais, onde ficavam as galinhas e os perus, o que ia para o celeiro. O cachorro, um labrador preto, agitado, chamado Tagarela, rapidamente adotou aurora, seguindo os seus passos durante toda a visita. Imaginando de onde teria vindo o cachorro, aurora perguntou a Winston, que disse que Tagarela sempre estivera ali. Parecia que seu nome fora dado como uma brincadeira, já que o cão era bem silencioso.
A segunda hora transcorreu em meio ao trabalho de verdade com os animais de criação −alimentando-os, limpando, consertando a cerca, dando um jeito no plong todo. Plong. Aurora definitivamente achava esquisito as expressões da Clareira.
A terceira hora foi a mais difícil para aurora. Ela precisou observar enquanto Winston abatia um porco e começava a preparar as suas diversas partes para o consumo futuro. Aurora jurou que nunca mais pisaria naquele lugar.
Apesar de ter gostado de Winston e da forma gentil que ele a tratou, ela definitivamente odiou a possibilidade de trabalhar em um lugar onde a função era matar os animais. Aquilo definitivamente não era para ela.

Quando Winston finalmente deu uma pausa para aurora, dizendo que seguiria em frente sozinho, aurora saiu do lugar o mais rápido possível.

Caminhando sem rumo pela clareira, aurora se deu conta que estava diante da caixa. E, ela se surpreendeu ao ver alguém entrar na clareira vindo do Labirinto, através da Porta Oeste, à sua esquerda.
Um garoto de origem asiática com braços fortes e cabelo preto cortado curto, ela o reconheceu imediatamente. Era minho.

O Corredor parou, deu três passos para dentro, depois se curvou e apoiou-se nas mãos sobre os joelhos, respirando com dificuldade. Parecia que tinha acabado de correr trinta quilômetros, o rosto vermelho, a pele coberta de suor, as roupas ensopadas.
Aurora ficou olhando, dominada pela curiosidade. Ela se lembrou da conversa que teve horas atrás com Alby, onde ela descobrirá que Minho era o chefe dos corredores. Era a chance de ver um Corredor de perto ou conversar com um deles. Além disso, com as informações que juntou, deduziu que o Corredor tinha voltado algumas horas mais cedo.

Aurora sorriu, definitivamente não deixaria aquela chance escapar.
A garota caminhou em passos rápidos e pesados até Minho, que continuava com as mãos nos joelhos, buscando desesperadamente por ar.

—Olá. —Aurora disse de forma firme, parando na frente de Minho, que ergueu a cabeça para olha-lo.

—O que você quer, fedelha? Estou cansado demais para responder suas perguntas estúpidas, vai encher o saco de outro. —Aurora o olhou incrédula, nem parecia o mesmo bobalhão envergonhado que conheceu a algumas horas atrás.

—Idiota! —Ela o xingou— Você é um idiota grosseiro. —Minho soltou um suspiro frustrado, tirando suas mãos dos joelhos e ajeitando sua postura.

Aurora engoliu em seco. Ele era muito mais alto do que ela se lembrava.

—Olha, gatinha. Não pense que irei pegar leve com você só porque é uma garota.

—Não me chame de "gatinha"! —minho sorriu.

—Tá bom, eu não chamo. —Zombou, antes de se afastar, caminhando para longe.