CAPÍTULO III

13.4K 1.3K 313
                                    

QUANDO AURORA finalmente tratou dos seus ferimentos e se retirou da enfermaria junto com Alby, o sol já havia nascido totalmente.
Do lado de fora da sede, em uma mesa de piquenique velha, vários garotos estavam reunidos, comendo.

—Busque algo para comer com o caçarola, antes que esses trolhos comam tudo. —disse alby, apontando.

Aurora olhou para onde Alby apontava, se deparando com um garoto um pouco mais a frente. O garoto usava um avental velho e estava diante de um balcão improvisado com caixotes, servindo.
A garota caminhou até ele, sentindo o olhar dos garotos ao redor em si.

—Uh, oi. —Aurora murmurou sem jeito, assim que parou de frente para o garoto— Você que é o acerola? —A garota se virou para trás, assim que ouviu as risadas altas dos garotos, notando que eles estavam rindo dela.— Do que estão rindo, idiotas? —Ela questionou, irritada.

—Caçarola. —O garoto de avental disse e ela voltou a olha-lo, vendo ela com um sorriso divertido no rosto.

—Que?

—É caçarola, não "acerola". —Aurora murmurou um "ah", envergonhada e caçarola riu.— Você deve está com fome, aqui está. —Estendeu um prato de plástico com um sanduíche e, assim que aurora pegou o prato, caçarola estendeu um copo de plástico com suco, que também foi pego pela garota.— Não liga para eles, são uns idiotas. —se referiu aos outros meninos Se serve de consolo, gostei muito mais de ser chamado de acerola, do que de caçarola. —A garota sorriu, antes de se afastar.

Aurora se aproximou da mesa de piquenique, sem jeito.

—Eu... Posso me sentar aqui? —Perguntou, ganhando a atenção dos garotos que estavam na mesa.

—Não. —Um deles respondeu e aurora o reconheceu imediatamente.

Era gally, o garoto que no dia anterior havia levado ela grosseiramente até o amansador.
Ela fez uma careta e se sentou mesmo assim, arrancando risadas baixas de alguns meninos.

Aurora comeu em silêncio, sentindo os olhos de alguns garotos sobre si. Ela se sentia como um peixe fora d'água e os garotos realmente a faziam se sentir assim, principalmente porque olhavam para ela como se tivesse vindo de outro mundo.
Fora isso, ela não demorou muito para acabar sua refeição. Tratou de adiantar, pois percebeu que Alby ainda a esperava.

—Eu vou te mostrar a clareira. —disse Alby, assim que aurora se aproximou dele, após terminar de comer.— E eu não quero saber de perguntas, me entendeu? —ela acenou com a cabeça, mesmo não concordando com o que lhe foi pedido.

Alby começou o  "passeio" pela Caixa, o lugar de onde aurora havia saído e que, estava fechada naquele momento. As portas duplas de metal eram no nível do chão, cobertas por uma pintura branca, desgastada e rachada. E, se encontrava no centro da clareira.

Alby apontou para a caixa e se pôs a explicar.

—Esta aqui é a Caixa. Uma vez por mês, recebemos um Calouro como você, nunca falha. Sempre um garoto, exceto ontem, que veio você. E uma vez por semana, recebemos suprimentos, roupas, algum alimento. Não precisamos de muito... a maior parte produzimos sozinhos na Clareira.

Aurora concordou com um movimento da cabeça, sentindo uma vontade imensa de fazer perguntas, mas não queria levar um esporro de Alby, então permaneceu calada.

—Não sabemos nada sobre a Caixa, está me entendendo? —continuou Alby—  De onde ela vem, como chega aqui, quem é o responsável. Os trolhos que nos mandaram para cá' não nos contaram nada. Temos toda a eletricidade de que precisamos, cultivamos e produzimos quase todo o nosso alimento, recebemos roupas e tudo mais. Tentamos mandar um Fedelho de volta na Caixa uma vez... a coisa não se mexeu enquanto não o tiramos de lá.

REMENBER ME, maze runnerOnde histórias criam vida. Descubra agora