Demon Slayer: Seigi No Kitsune

Capítulo 41: ''Presságio - Parte I''

< OPENING - INÍCIO >

< TÉRMINO >

[CAMPOS RISATSU - 15 ANOS ATRÁS...]

POV: LAYLA NKOSI

Eu não entendia nada. Quando dei por mim, acordei no meio de uma floresta próxima com as roupas rasgadas e sujas. Minha pele tinha ferida que não estavam ali antes. O ambiente ao meu redor lentamente começa a se transformar, não era uma floresta e sim uma caverna, mas com a entrada próxima dali. Eu não havia entendido nada, na minha cabeça, só o que ecoava era um zunido constante.

Saindo de lá cambaleando eu me vejo no meio de uma floresta com árvores altas. Elas não me pareciam estranhas, mas familiares. Era da floresta que ficava próxima à minha casa.

Layla: Mas o que...? Ai, minha cabeça... - Ao passar a mão percebo meu cabelo um pouco áspero e todo bagunçado.

Meus sentidos me desnorteavam, fazendo com que eu ficasse tonta enquanto caminhava descalça por aquele ambiente desconhecido. Ao avistar uma poça próxima, eu me aproximo e tento ver meu reflexo, percebendo sangue ceco no meu rosto e um machucado cicatrizado levemente.

A dor ao tocar naquilo era grande, me fazendo grunhir. Meu cérebro parecia explodir, tentando me mostrar algo, mas que eu não conseguia compreender por conta da dor. O máximo que conseguia entender eram palavras soltas e sem significado à princípio.

Um som de galho é emitido atrás de mim, com folhas caindo e um leve rosnado acompanhando-os. Ao olhar para trás lentamente, me deparo com um animal felino quadrúpede, com os olhos quase na cor dos meus e um estado de alerta. A longa cauda seguia os movimentos dela que caminhava da direita para a esquerda lentamente, como se me analisasse. O olhar penetrante dela me gelou, por reflexo eu dou alguns passos para trás, mas ela parece preparar um ataque com aqueles olhos fixados em mim. A maior caçadora de todas, uma pantera negra.

Layla: "Droga... droga... não dá pra fazer movimentos bruscos..." - Eu penso, engolindo seco e encostando as costas em uma árvore, sem saída "Que ótimo..."

A pantera lentamente se aproxima de mim. É enorme e muito forte... pelas feições, eu pude perceber que se tratava de uma fêmea, provavelmente tentando proteger os filhotes que estariam em algum lugar. O estranho é que a caverna estava vazia, só tinha a mim, algo não batia nessa história. Agora apenas alguns centímetros separavam essa caçadora implacável de mim, eu sentia que cada respiração minha poderia ser a última dependendo do que fizesse.

Por reflexo, percebo um pedaço de madeira ao meu lado e o seguro um pouco escondido. Ela percebe minha atitude, rosando e dando um leve passo para trás com suas garras à mostra. A postura dela parecia preventiva, provavelmente me atacaria na menor ameaça que sentisse.

Layla: Eu sei que não vai me entender..., mas eu não vou te machucar... eu só quero ir- Argh! - Minha cabeça pulsa em dor e eu caio para frente ajoelhada e com aqueles pensamentos explosivos.

A pantera se assusta, rapidamente rugindo para mim e se colocando em uma postura de ataque. Aquele seria o meu fim, morta por um animal sem saber onde eu estava, por qual razão. Os segundos que se seguiam pareciam durar uma eternidade, minha visão ficou turva enquanto eu a ela se aproximar lentamente de mim... até eu eventualmente desmaiar.

[HORAS DEPOIS...]

Um estranho som me acordou. Um gotejar constante. Ao abrir meus olhos e lentamente voltar a mim mesma, ainda fraca, pude perceber que era um som de chuva, mas que ecoava estranhamente. Percebo, enfim, que estou na caverna de novo.