Prólogo

2.3K 165 2
                                    

Antônio

19 anos atrás

Tomar essa decisão foi muito difícil, mas não posso fingir que concordava com tudo o que acontecia lá. Sou uma criança, mas são um idiota. Esperei a hora em que todos dormiam para escapar, só não contava que encontraria Samantha. Nós viemos juntos para os Estados Unidos há dois anos e sempre contamos um com o outro, mas sua alma inocente foi corrompida pelas manipulações deles.

- Você está abandonando sua família, Toni? Papai fez tudo por você e você ainda vai nos abandonar? - ela diz com ódio.

- Ele não é meu pai e nem o seu, Sam. Eles te manipulam dia após dia, nós somos apenas um soldado nas mãos deles. - tento alerta-la. - Blake não é a pessoa que você pensa.

- Você só está com inveja, porque eu consegui me destacar e você ficou pra trás.

- Não tem nada a ver. Um dia você entenderá, Sam, mas pode ser tarde demais. Adeus, prima.

Saio sem olhar para trás, não posso me desviar do meu caminho.

Ando pelas ruas de Chicago tentando encontrar o local que procuro, está frio e não tenho roupa apropriada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ando pelas ruas de Chicago tentando encontrar o local que procuro, está frio e não tenho roupa apropriada. Passo em frente a uma espécie de boate e vejo um casal com roupas chiques e caras e uma criança, parece ser filho deles, saindo do local. Penso como seria se eu tivesse minha própria família, pais que me amassem ou irmãos para brincar. O garoto olha pra mim e diz:

- Mamãe, aquele menino deve estar com frio. Posso dar meu casaco pra ele?

- Claro, meu amor.

O menino chega perto de mim e me entrega o casaco dele preto e bem quentinho.

- Obrigado.

- Qual é o seu nome? - ele me pergunta.

- Antônio e o seu?

- Sou Leonardo, mas pode me chamar de Leo. Aquele ali é meu pai, Carlo, e aquela mulher linda é minha mãe, Olivia.

A mulher, que agora sei se chamar Olivia, se aproxima de mim e faz um carinho no meu rosto. Nem lembro a última vez que recebi carinho de alguém, talvez a minha mãe fazia quando eu era mais novo, porém não me lembro.

- Cadê seus pais, Antônio? - ela pergunta.

- Não sei, senhora. A última vez que os vi, eu era um bebê.

- Você está com fome, rapaz? - o homem que tem cara de mau, pergunta de maneira doce.

- Estou, senhor.

- Venha conosco, vamos comer algo. - ele diz.

Mal sabia eu que minha vida iria mudar drasticamente depois de conhece-los.

Seja Minha - Série Irmãos Manginello (Livro 4) / CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora