Capítulo 21

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Antônio

Olho mais uma vez para as fotos, antes de queimá-las. Sei exatamente quem as fez e qual era seu objetivo com isso. Lembro exatamente que Rebecca me puxou para um beijo, senti flashes de câmera na nossa direção sendo que a cafeteria é uma região sem paparazzi, só pode ter sido uma armação. Na hora achei que não era nada demais, porém estava enganado.

Observo o envelope, vejo o nome da gráfica que o vende que está localizado no canto inferior esquerdo do papel junto do endereço. Isto prova o que e7 estava achando. Fica exatamente do lado do escritório onde a filha da puta trabalha.

Quando estou prestes a sair de casa para resolver essa história, ouço o toque do meu celular.

- Alô.

- Antônio, Kanun está pronto aqui no galpão Leste. Acho que deveria avisar a Lena, querendo ou não é o pai dela. - a voz que fala é de Luca.

- Pode deixar, tenho que resolver algo antes e depois vou falar com ela. Ciao, Luca. - desligo a ligação.

Pego as chaves da minha moto e vou resolver essa situação de uma vez. Se antes eu tinha medo que Rebecca se magoasse, hoje estou pouco me fodendo. A imagem do rosto magoado de Lena não sai da minha cabeça, mas o que me alivia é saber que confia em mim e sabe que eu nunca a trairia. Eu errei em ter omitido, fui burro e covarde, deveria ter falado, pouparia nossa briga.

Não adianta chorar pelo leite derramado, a merda já está feita, agora eu devo consertar e conseguir o perdão da minha mulher.

Não adianta chorar pelo leite derramado, a merda já está feita, agora eu devo consertar e conseguir o perdão da minha mulher

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- A senhorita Fakih já está te aguardado em sua sala, senhor Manginello.

Agradeço a secretaria e vou em direção a sala de Rebecca. Vejo seu nome na porta de madeira e já chego entrando na sala. Nunca vim aqui, meu relacionamento com a advogada sempre se resumiu a alguns encontros esporádicos e sem envolver nossa vida pessoal. Só sabia a localização do seu escritório por ser um local famoso em Chicago.

Ela estava mexendo no computador quando entrei, levantou sua cabeça e me olhou com um sorriso de orelha a orelha, afinal nunca a visitei no trabalho. No entanto, quando vê minha expressão facial, seu sorriso morre instantaneamente.

- Antônio, que surpresa boa. A que devo honra? - olho sério para ela. - Sente-se, por favor.

- Chega de dissimulação, Rebecca. Você sabe muito bem o porquê de eu estar aqui. O que passou pela sua cabeça fazer o que fez?

- Eu não sei do que está... - ela inicia, mas eu corto logo.

- Pare de mentir. - grito. - Você não deveria ter se metido na minha vida, você não me conhece e não sabe do que sou capaz de fazer. - nunca contei a ela que era mafioso. - Você enviou uma carta para a minha mulher com fotos nossas se beijando e ainda disse que ela era só mais uma. Um beijo forçado que eu não queria, diga-se de passagem.

Seja Minha - Série Irmãos Manginello (Livro 4) / CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora