Seja Minha - Série Irmãos Manginello (Livro 4) / CONCLUÍDO

Capítulo 17

Lena

Me sinto completamente perdida, entrei no carro de Antônio e estamos há vinte minutos andando pelas ruas. Entramos à esquerda e seguimos reto, me pergunto várias vezes aonde estamos indo. Depois que aceitei testar o fetiche de Toni, ele não falou mais nada, só me levou até o carro e agora estamos aqui. Ele parece tão concentrado que até me sinto meio receosa de perguntar algo a ele.

De repente ele para seu carro, olho pela janela e vejo uma espécie de casa noturna. Será aqui seu clube de BDSM? Quando me preparo para abrir a porta do carro, Antônio me impede segurando meu braço levemente.

- Você tem certeza disso, Lena?

- Sim! - respondo firmemente.

- Aqui é um clube de BDSM, nunca frequentei, mas um amigo meu me indicou. Vamos testar juntos, o que acha? - concordo com ele.

Saímos do automóvel, mas antes de irmos para o local, Antônio vai ao porta-malas e pega umas bolsas. Vamos em direção a entrada. É um local diferente de tudo que já vi, vejo pessoas sentadas em sofás de couro e vestidas com roupas do mesmo material. Alguns casais de todas as orientações sexuais se levantam e vão para portas que te espalhadas pelos locais, outros se beijam sentados nos assentos. Seguro firme na mão de Toni e vamos para os fundos. Vejo uma recepcionista num balcão, ela sorri quando nos aproximamos.

- Quero alugar um quarto, por favor. - ele diz para ela. Antônio pega o cartão de crédito e paga tudo.

- Você trouxe seus acessórios? - ele acena. - O serviço de quarto está incluso, senhor. Aqui está a chave. Bom proveito.

Vamos em direção ao elevador e subimos uns cinco andares. Chegando no nosso quarto, meu queixo se cai. O quarto é todo vermelho, parece de estilo medieval, com iluminação sutil e o chão está coberto por um carpete vinho. Olho para tudo muito assustada. Tem uma estrutura em formato de X feita com couro vermelho e preto com amarras no cantos esquerdo e direito, e algumas outras coisas parecem máquinas para tortura da Idade Média.

A cama está no centro, feita de madeira escura e com lençóis e edredons vermelhos que combinam com o quarto.

- Eu sei que é demais para você, mas não vamos fazer tudo hoje. É apenas o começo. Vamos com calma. - me sento na cama. - Está tudo bem?

- Sim, só estou um pouco assustada. Nunca vi algo assim antes.

- Eu imagino, amore. - ele se ajoelha na minha frente e segura minhas mãos. - Se você se sentir desconfortável com algo, deve dizer a palavra de segurança. Pode ser uma cor, fruta ou número, o que for mais fácil para você memorizar.

- Vermelho. - eu li cinquenta tons e sei que eles usavam essa palavra, então vai ser fácil de lembrar. Eu o livro para entender mais sobre tudo isso.

- Tudo bem. Quando sentir dor ou desconforto, diga ela que eu paro imediatamente. Garanto que você vai sentir prazer, Lena. - Toni beija minhas mãos. - Aproveite e não se esqueça de me obedecer, pois aqui eu não sou seu namorado e sim o seu dono. - engulo em seco com a seriedade da sua voz. Ele levanta, vai até onde deixou suas bolsas e pega uma sacola. - Vai ao banheiro e vista isso. Vou estar te esperando aqui para começarmos.

Corro no banheiro e tiro meu vestido dourado. Estou sem sutiã e apenas com uma calcinha pequena preta. Abro a sacola que me entregou e me choco com o que vejo. É um conjunto de lingerie preta de renda, acompanhada de cinta liga e meia arrastão que vai até o meio da coxa.

Visto primeiramente a calcinha que é minúscula e deixa minha bunda toda de fora, o sutiã empina meus seios pequenos e os deixa mais atraentes. Coloco a cinta liga e a meia arrastão. Me olho no espelho e não me reconheço. Pareço uma mulher totalmente diferente, tipo uma atriz de filmes adultos. Me sinto poderosa e segura de mim, a lingerie deixou meu corpo mais atraente. Respiro fundo e tomo coragem para sair do banheiro.