Antônio Manginello é o consigliere da máfia de Chicago. Por fora é um homem extremamente sedutor e cavalheiro, mas por dentro sofre com inseguranças e traumas do passado. Tudo muda quando conhece a jovem, Lena Beqiri. Filha do chefe da máfia rival...
Termino de me arrumar para o casamento de Marina e pela primeira vez em muito tempo me sinto bonita. A futura esposa do Don foi muito gentil comigo, comprou roupas e itens de higiene pessoal para mim, e ainda por cima me convidou para seu casamento, mesmo sem me conhecer direito. Ganhei um carinho enorme por ela.
Antônio acabou comprando o vestido para mim de surpresa e me encantei mais ainda por ele. Além bonito, tem bom gosto. O vestido é longo e bem fashionista. A cor é uma espécie de rosé, com uma fenda e no busto, metade é rosé e a outra e coberta de pedras brilhantes. Estou usando um salto prata de tiras que combina com os brilhos do vestido e minha clutch de mesma cor. Nem perguntei o preço, porque sei que tudo foi muito caro, apesar de eu ter pedido que ele não exagerasse.
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A maquiagem foi algo mais pro nude mesmo, olho esfumado e um batom rosa queimado. Sempre fui muito vaidosa, gosto de me maquiar, usar roupas bonitas e sapatos também, mas nunca tive muita oportunidade de fazer isso. Agora que posso, vou aproveitar. Meus cabelos estão soltos, sem nenhum penteado e com meus cachos bem definidos. Escuto uma batida na porta do meu quarto.
- Pode entrar. - Antônio aparece no quarto e me sinto abalada com o que vejo. Ele está simplesmente uma perdição. Está com a barba bem feita, terno cinza escuro e com um relógio caríssimo no pulso. Em sua mão, está uma sacola azul marinho da Swarovski. Quando ele levanta o olhar, vejo seus olhos se arregalarem, seus lábios se separam como se ele fosse falar algo, mas nada sai da sua boca.
- Uau, você está... Uau. - dou uma risadinha. - Estou sem palavras, Lena.
- Você está lindo também.
- Obrigado. - ele estende a sacola. - Comprei para complementar sua roupa, espero que goste.
Pego a sacola, tiro dela uma caixinha azul marinho e abro ela. Fico em choque automaticamente. São brincos pratas, extremamente luxuosos, com diamantes e pedras preciosas.
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- Antônio... você não precisava ter comprado esses brincos, você já fez muito por mim. Eles devem ter sidos muito caros. - solto um suspiro. - São muito bonitos.
- Eu queria que usasse algo meu. A roupa foi minha mãe e irmã que escolheram, assim como os sapatos e as maquiagens. Quero que use algo que eu mesmo escolhi e mostre que você está comigo. - sinto borboletas no meu estômago.
- Então, usarei com muito prazer. Muito obrigada, Antônio. Não só por isso, mas tudo que fez. - me viro para o espelho e coloco os brincos. - Estou pronta.
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O casamento foi extremamente emocionante, é possível perceber que Leo e Marina se amam muito. Será que um dia casarei com alguém que me olha assim como ele olha para ela? Sonhar não custa nada.
Nesse momento, estou dançando com as meninas, Marina e Giovanna, irmã caçula do Antônio. Todos me trataram muito bem e me senti extremamente acolhida por todos. Os pais do meu salvador são fofos, imagino que a bondade dele seja de família. A música que toca é super animada e como já tomei duas taças de champanhe e uma piña colada, estou bem solta e alegre. As duas rebolam e dão risada, faço a mesma coisa. Sinto um arrepio na nuca, como se alguém estivesse me observando, olho para o jardim e vejo Enver acenando para mim. Vou em sua direção andando rápido, saio da casa de festas e vou até o gazebo onde ele está.
- Você está linda, Lena. - me jogo em seus braços e o abraço forte.
- Você está bem? Meu pai te machucou?
- Eu estou bem, vogël (pequena). - pergunto a ele o que faz aqui. - Consegui abrigo, depois que você falou com o Don, estou morando aqui agora.
- Fico tão feliz, Enver. Por que não me avisou?
- Queria fazer uma surpresa.
Ficamos conversando por muito tempo e como eu sentia falta disso. Hoje percebo que nunca me senti apaixonada por ele, eu o amo, mas como um irmão. Meu cabelo sem querer vai no meu olho, Enver o coloca atrás da minha orelha, sorrio para ele.
- Estou atrapalhando? - escuto a voz grossa de Antônio e me arrepio inteira. Me afasto um pouco do meu amigo e olho para o homem que deixa minhas pernas moles só de olhar para mim. Ele parece raivoso, vejo fogo nos seus olhos. Ele está com ciúmes?
- Imagina, consigliere. Estava apenas matando saudade da minha amiga. Já estou voltando para a festa. Com licença. - antes de ir Enver me abraça rapidamente, sussurrando. - Acalma seu homem. - ele pisca pra mim e sai.
- Não acredito que tenha superado sua paixão pelo seu amigo, Lena. - não gosto do tom que usa comigo.
- E se eu não tiver superado, o que você tem a ver com isso? Posso ter uma divida eterna com você, mas isso não te dá o direito de opinar sobre minha vida. - suspiro tentando me acalmar um pouco. - Nesses dias que fiquei na sua casa, percebi que nunca amei Enver como homem e sim como irmão.
- E o que te fez perceber isso? - tento sair, mas ele me puxa pelo braço suavemente. - Me diz, Lena. O que te fez perceber?
- Você. - sussurro. - Você. - falo mais alto. - O que sinto com você, nunca senti nem com Enver, nem com ninguém.
- O que te faço sentir? - ele se aproxima lentamente de mim.
- Meu batimentos ficam acelerados, minhas pernas tremem, sinto arrepios pelo meu corpo, um frio na barriga e... - engulo em seco. - Sinto um fogo que vem da minha alma, até minha pele, queimando ela. Eu sinto desejo, Antônio. Um desejo quase incontrolável.
- Seja minha, Lena. - ele diz isso antes de me tomar meus lábios.
Coloco meus braços ao redor do seu pescoço, enquanto ele envolve minha cintura com seus braços fortes e musculosos. O beijo é quente, sinto seus lábios generosos me devorando completamente e solto um gemido baixo. Ele me aperta mais, quase querendo juntar e unir nossos corpos, nos transformando em um só. Vamos diminuindo a velocidade e Antônio da uma mordidinha no meu lábio inferior que me deixa louca, finalizando com um selinho demorado. Nos encaramos ofegantes e desejosos sob a luz do luar.
